quinta-feira, 12 de novembro de 2020

OUVINDO SEMPRE BELCHIOR


 Ouvir Belchior é a melhor pedida para qualquer momento da vida. E a cada música, pelo menos uma frase de efeito surge. A do momento é: "Estou mais angustiado do que o goleiro na hora do gol." Isso me leva à lembrança da situação atual do país e da vida na Terra. Belchior é gênio, mas me permito divagar sobre essa frase. 

     Passando pra minha situacão atual, digo que estou preocupado, mas otimista como certos goleiros na hora do pênalti. O otimismo provém dos tantos pênaltis que já defendi na minha vida, de tantos que esbarraram na trave, de tantos chutados para fora. E, se sofrer o gol, que não seja definitivo para minha derrota final. 

     Que os apoios que o goleiro recebe e a pressão e as vaias para o chutador o levem a se perturbar e a chutar para fora, na trave ou no ponto da goleira em que eu estiver. Oremos, cada um com sua crença ou o pensamento positivo de quem não tem religião.

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

VIVER É MELHOR QUE SONHAR (BELCHIOR)

A natureza é sábia em todos os seus aspectos. O canto belo e sonoro dos pássaros é um aviso sobre a existência das flores para quem eventualmente está impedido dr sair ás ruas.

 

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

GRANDES PERDAS EM 2020



Atualizado rem  8 de novembro de 2020

HOMENAGEM AOS QUE NOS DEIXARAM NESTE ANO

     Não consegui publicar em 2 de novembro as mortes de conhecidos e de personalidades como venho fazendo. Por dificuldades de saúde, não tive tempo nem condições ideais para completar este post como eu queria. Mas não poderia deixar de publicar as passagens de ex-colegas e homenageá-los, especialmente aquela com as quais convivi. A ideia do post é infornar colegas que eventualmente não tenham tomado conhecimento dos óbtitos. Com a publicação no blog os dados vão para o Google, para que possam ser acessados em pesquisa. O motivo é impedir eventuais gafes como a de uma colega que perguntou sobre um amgo a que mão via havia algumtemo:

- Fulana, onde anda o Dedé Ferlauto? Eu gosto muito dele.

- Ele já passou para a redação lá de cima, respondeu a amiga.

- Ai, Fulana! Tu sempre espirituosa. Onde anda o Dedé?

- Faleceu já faz mais de cinco anos.

- Meu Deus. Eu, eu não sabia!


  


11 de janeiro  - Valdir Joaquim de Morais, 88 anos, goleiro. Jogou no Vasco e no Palmeiras. Criou, em 1969, a função de preparador de goleiros.

24 de janeiro - Ibsen Valls Pinheiro, político, promotor, jornalista, advogado, ex-conselheiro do Internacional, nasceu em 5 de julho de 1935, em Sâo Borja-RS. Ex-colega na Caldas Júnior e na RBS. Tinha 84 anos. Pai do jornalista Márcio Pinheiro.

Arnaldo Sacomani, produtor musical, morreu aos aos 71 anos, em Indaiatuba - SP. Tinha problemas renais.Produziu discos de Tim Maia e Elis Regina, entre outros.O último trabalho dele foi como jurado no Programa do Ratinho.



20 de abril - Renan Antunes de Oliveira, 70 anos, em Rio Vermelho, Florianópolis. Natural de Porto Alegre, foi reporter das revistas Veja e Isto É, Zero Hora . Entre suas façanhas jornalísticas, entrou na Coreia do Norte, na convenção da supremacia branca nos EUA e se acorrentou a um pilar na China. Ganhou Prêmio Esso. 

   4 de maio - Flávio Miglaccio, 85 anos, suicídio, no sítio, no Rio. Era ator, produtor, diretor e roteirista. Seu papel mais famoso foi na série de TV Shazan e Xerife e Cia, em dupla com Paulo José. Seu último papel foi o do comerciante Chalita, na série Tapas & Beijos, da Rede Globo de Televisão. 


4 de maio -
 Aldir Blanc, compositor e cantor, vítima de coronavírus. Entre as cancões, ficou famoso por compor, em parceria com João Bosco, "O Bêbado e a Eliquilibrista, sucesso na voz de Elis Regina. Nasceu em setembro de 1946 e morreu no Rio de janeiro.


     9 de maio - Little Richard, 85 anos, músico, vítima de câncer.



20 de junho - Júlio Mariani, jornalista e pintor de quadros, 79 anos. Ex-colega da Folha da Tarde (Caldas Júnior) e de Zero Hora. Aposentou-se no jornalismo em 2002 e se concentrou na pintura.Mariani foi repórter, fotógrafo, diagramador, editor e articulista. Em sua carreira, passou pelas redações de Zero Hora, Correio do Povo, Folha da Tarde,  Folha da  Manhã, Jornal do Brasil, editora Abril, rádios Difusora e Farroupilha, além das TVs Piratini e Gaúcha. Como artista, teve longa trajetória no Atelier Livre de Porto Alegre e também pela Arena, chegando a realizar a exposição 'Julio Mariani - Desenhos', composta por obras em pequenos e médios formatos, com diferentes técnicas.

O jornalista deixa dois filhos e a esposa Elisabeth Mariani.




 28 de agosto - Flávio Wornicov Portela, 55 anos, ex- colega na Gaúcha. Trabalhou na Rádio Guaíba e na comunicação di Ministério Públic.



6 de setembro- Emídio Perondi. Ex-presidente da FGF. e conselheiro do Internacional.

25 de setembro - Elaine Linhares Pereira, prima, filha de Pedro Pereira, irmão de minha vó materna, Luciana Nunes Pereira.

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4 de outubro - Zuza Homem de melo, 86 anos morre em São Paulo.


8 de outubro de 2020 -
Gilberto Verardi. Locutor, ex-colega na Rádio Guaíba e na Rádio Gaúcha, aos 75 anos, com múltipla falência nos órgãos. Estava havia dois meses internado no hospital Divina Providência, quando foi detectado Covid19.


8 de novenbro -.Cantora Vanusa Santos Flores, conhecida como Vanusa (Cruzeiro, 22 de setembro de 1947, morreu, aos 73 anos, vítima de uma doença degenerativa, em Santos..Vanusa deixou os filhos Amanda e Aretha Marcos, filhas do cantor Antônio Marcos, e Raphael Vanucci, filho de Augusto César Vanucci.

S
23 de novembro -   Fernando Vanuncci, jornalista, radialista e apresentador de esportes.

morreu aos 69 anos.



sexta-feira, 23 de outubro de 2020

RIR PARA ALIVIAR AS TENSÕES

 Nestes tempos tão bicudos, rir é mesmo o melhor remédio. Ele era puxa-saco de carteirinha do deputado. Concordava com tudo que ele fazia ou dizia. E brigava com quem o contrariasse. Quando o parlamentar morreu, caiu em lágrimas. E se encarregou do discurso de despedida. À beira do caixão, enumerou tudo o que o político fez em vida, ignorando, claro as burradas e as más decisões. Já estava cansando os familiares do morto e amigos presentes ao velório. Ao se engasgar numa proparoxítona escolhida entre os elogios, deixou cair sua dentadura sobre o caixão. Mas não perdeu a pose. E encerrou de forma dramática o seu discurso: - Vai, meu amigo! E leva contigo o meu último sorriso!

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

SOBRE SER UNIVERSAL

 Se quiseres ser universal

serás apenas um provinciano

se contares apenas histórias alheias.

Se quiseres ser universal

Como dizia o poeta Leon Tolstoi

canta a tua própria aldeia.


sábado, 17 de outubro de 2020

SOBRE PALAVRÕES

      Não acho criativo nem interessante o uso disseminado de palavrões nem os termos em inglês no meio do Português. Diz a cultura médica que a Sindrome de Tourete leva a pessoa a usar palavras de baixo calão. Mas não são todos que têm essa doença que fazem isso. E muitos dos que não a tem apresentam esse costume. Acham bonito e criativo. Atribuo à falta de vocabulário, além da influência dos outros, algo como uma moda. Não é nem uma prova de protexto nem necessidade de ser diferente já que ficam todos iguais. Somos o que lemos, ouvimos e vemos. 

      Tá, não sou santinho de nunca usar palavrões, mas tudo tem seu limite e a sua circunstância . Se o presidente atual e o seu maior opositor usam palavrões, por que seus simpatizantes seriam diferentes. Mas tudo tem seu local e sua hora. Eu mesmo tenho um grupo fechado onde todo palavrão e piada "forte" é aceitável, mas entra quem quer e quem eu aceito. Não me imagino dizendo palavrões diante do papa ou para a mãe de algum amigo, que mal conheço. Da mesma forma, no idioma, não peço que se use apenas termos antigos.

       Aceito estrangeirismo quando não houver correspondente em Português, ou quando, na tradução, fica muito feio. Assim, procuro limitar os termos em inglês no meu texto, preferindo telentrega a "delivery" e pague e leve a "take away". Mas do drive-thru não consigo escapar.

UTILIDADE PÚBLICA

 UTILIDADE 


Sempre que posso, clamo às autoridades para que solucione o caos do sistema penitenciário no país. Luto incessantemente para que o trabalho prisional seja obrigatório para todos os presos independentemente de suas condições financeiras. Mente vazia é a oficina do Diabo. E que se construam cadeias decentes em número suficiente para que autoridades judiciais não aleguem superlotação ou Covid para libertar seus presos de estimação, especialmente criminosos que voltam imediatamente aos crimes. Fazer presidiário sofrer não o melhorá em nada quando sair. Pelo contrário. E muitos nem parecem estar presos com suas livres comunicações com as quadrilhas do lado de fora, ajudados por celulares, familiares e advogados. Por falar em celulares, criminosos presos ou soltos estão clonando Whats Up adoidadamente fazendo-se passar por parentes e amigos para extorquir dinheiro. Mude a programação no whats. Vá nos 3 pontinhos verticais acima à direita, clique em "conta" e depois em "confirmação em duas etapas". Mude o PIN, mas anote em algum lugar para não se esquecer quando o whats pedir.

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

DICA SOLTA DE CRASE



"O filme esperado finalmente ganha as telas" ou "ganha às telas". Diferentemente dw outros textos da Internet, que tortura curiosos, deixando a resposta para o final, aí vai a resposta. O correto é o primeiro caso, sem crase. E agora a explicação.

Para a existência de crase é preciso haver a contração da preposição "a" (sinônimo de para), com o artigo feminino "a", no caso em tela, "a", ou com a inicial de demonstrativos começádos pela letra "a", como aquela, aquele, aquilo.

Para a crase é necessário também que o verbo seja transitivo indireto' ou seja, necessite de complemento indireto, como não é o caso do exemplo apresentado. Quem ganha, ganha o jogo,, não ao jogo.

Exemplos:

Assisti à partida (ao jogo) no estádio. Vi a vitória do meu time, o Guarany.

A enfermeira assistiu a cirurgia (auxiliou) da mãe, com profissionalismo e carinho.

O filme esperado chegou às telas (para as telas). Chegou aos cinemas nesta semana.

Com o calor e o descuido governamental, o Pantanal incendiou-se.

Os interessados em terras do governo incendeiam as florestas.



quarta-feira, 7 de outubro de 2020

AS BOAS IDEIAS DO PENINHA


O jornalista Eduardo é um pândego. Mas quem disse que pra ser bom precisa ser carrancudo, sério. Meu ex-colega de Zero Hora é um "stand up" ambulante na vida pessoal e profissional. O canal dele, Buenas Ideias, é diverdíssimo e necessário para quem quer conhecer a história do Rio Grande do Sul, do Brasil e do mundo, para além dos livros escolares. É autor de vários livros, todos com grande pesquisa e um texto leve e saboroso. Vou parar de elogiá-lo porqu ele já não é modesto, vai ficar se autoelogiando ainda mais, o sátiro. 

Veja você mesmo com seus próprios  olhos e ouvidos.

htps://youtube.be/O7DtOdI8u






domingo, 4 de outubro de 2020

DICA DE REDAÇÃO

 U m texto claro, simples, correto e sem erros ou possibilidade de mais de uma interpretação economiza o tempo de todos: dos leitores que comentam errado e têm que perguntar o que houve e do autor, que é instado a explicar o que queria dizer com o que escreveu. Bem disse Quintana, em seu poema: Quando o leitor pergunta ao autor o que ele quis dizer, um dos dois é burro. Eu acrescento: ou os dois.

sábado, 3 de outubro de 2020

DICA SOLTA DE PORTUGUÊS

     Há horas eu estava para dizer isto. Quem diz que a expressão "meio ambiente" está errada precisa pensar um pouco na função gramatical das palavras. Meio, no caso, não é advérbio, como meio tonto, meio cansado. É um termo que integra um sujeito composto.          Assim como existe meio jornalístico, meio aquático, meio artístico. Você nunca pensou em jornalismo pela metade, né? Você nunca diz o jornalístico hoje está desprestigiado, mas sim o jornalismo está desprestigiado. Assim, o ambiente precisa ser explicitado. Qual ambiente? O de uma casa, de uma empresa? O que pode ser sinônimo é o ambiente natural. Por ora, era isso.

AVOLICES ATÉ EM MOMENTOS CRÍTICOS

Lua Gabriela é uma figura. Com sete anos, me faz rir o tempo todo. Peguei ela de novo ao perguntar quem fala errado: a Mônica ou o Cebolinha?

     O Cebolinha, respondeu.

 E eu: O Cebolinha fala "elado". Quem fala "errado" é a Mônica. A Lua riu muito lembrando que já havia caído nessa. Aí a Cris, mãe dela, perguntou: 

 - Quem veio primeiro, o ovo ou a galinha? 

 E a Lua:


 - O ovo. 

 - E quem botou o ovo?

 -A galinha.

 - E de onde veio a galinha? 

- Do ovo. 

- E o ovo? 

 As duas iam seguir noite adentro e então eu falei: - A galinha nasceu de um ovo com mutação colocado por uma outra ave, que não sei qual é. Foi então que a Lua se saiu com essa:

 - Pode ter sido um índio. 

Longe de ver qualquer preconceito nisso, brinquei: 


 - Faz sentido. Índio tem penas. E rimos bastante.

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

VOCÊ SABE POR QUE CHAMAVAM POBRE DE PÉ-RAPADO

Você sabe o que é um pé-rapado e qual é a origem dessa expressão?
E já viu ou ouviu falar de um frade de pedra?

 
Escrevemos e falamos sobre aquilo que ja vims ouvimos. Com as mudanças nas nosvas,vamos conhecendo ou criando novas palavras e expressões. E vamos ponde de lado antigos termos por absoluta falta de uso.

 

   Pé-rapado era chamado o integrante mais despossuído da sociedade brasileira na época colonial, império, início da República. Às vezes, o termo é pronunciado nos tempos atuais sem que saibam a origem do nome mas sim o significado: muito pobre, miserável.
 A origem do termo está ligada exatamente às desigualdades. No século 17,, as cidades e vilas não eram dotadas de calçamento. Para evitar que pessoas com os pés embarrados entrassem nas igrejas, repartições públicas e até residências, foram instaladas, na entrada, um equipamento de ferro, nos quais os que chegavam raspavam seus sapatos ou, no caso dos mais pobres, os seus pés. 
     O nome pé-rapado foi atribuído exatamente aos despossuídos, já que os ricos não utilizavam o equipamento por chegarem em carruagens. Do veículo até à porta eram  transportados em liteiras. Outros utilizavam  carroças, cavalos ou burros.
Não se sabe exatamente como e quando o termo começou a ser utilizado. Na metade do século XVII, o poeta Gregório de Matos fez um poema dedicado a uma baiana que lhe havia pedido um cruzado para mandar consertar os sapatos:

"Se tens o cruzado, Anica,
Manda tirar os sapatos,
E senão lembra-te o tempo
Que andaste de pé rapado."

                   Frade de pedra

        Esse é outro nome que já ficou esquecido.  É da mesma época do pé-rapado. Também era um equipamento instalado diante de estabelecimentos comerciais e repartições públicas mas com objetivo diferente. O equipamento em forma de cilindro, fabricado em pedra ou granito, era usado inicialmente para estacionar os cavalos. A ponta da rédea era amarrada na parte superior dos pilares. Por terem uma forma cilíndrica e parecida com um frei da ordem dos capuchinhos, aqueles padres que usavam capuzes, foram chamados de frades de pedra.
  Uma outra função dos frades de pedra era impedir a passagem de veículos. Essa utilidade foi a única que restou com a modificação da sociedade após  o desaparecimento dos cavalos das cenas urbanas. Hoje, em pedra, cimento ou de ferro, são usadas para impedir que automóveis avancem sobre as calçadas. Mas o nome, frade de pedra, desapareceu. Ficou restrito aos livros antigos e à memória de pessoas com bastante idade.



sábado, 12 de setembro de 2020

DICAS SOLTAS DE PORTUGUÊS

  Os verbos fazer e ter, no sentido de existir, de fazer tempo, são impessoais, ou seja, não vão para o plural, assim como o haver no sentido de existir. Já o verbo existir é regular e flexiona o plural normalmente. 


Exemplos para entender melhor: 

 Faz um ano que vivo aqui. Faz dois anos que vivo aqui. (É o tempo que faz não os anos.)

 Tem uma coisa que não consigo entender. Tem coisas que realmente não consigo entender. 

Há uma coisa me preocupando no momento. Há coisas que sempre me despertaram a atenção.

 Houve muitos erros no governo. 

Houveram é erro feio de Português

Havia cadáveres no mato. 

Existem mais mistérios entre o céu e a Terra do que sonha a nossa vã filosofia. (Shakespeare)

PATROCINADO PELA INSÔNIA

    Sou vidrado na origem das palavras e dos ditados. Hoje pensei em "A curiosidade matou um gato". Não consegui descobrir ainda de onde saiu esse adágio, que tenho lido e ouvido com frequência, posto que sou a segunda pessoa mais curiosa do mundo. Como não achei a origem desse ditado, inventei uma historinha para justificar outro brocardo parecido, também ficcional: "A curiosidade matou a fome de um gato". Num velho galpão, no Interior, um felino foi deixado preso, sem comida. Desesperado, pôs-se à caça pelos cantos em busca de alimento. Qualquer coisa cairia bem. Depois de muito procurar, sem nem um ratinho, ou barata ou até mesmo mosca, estômago roncando, o bichano teve a curiosidade despertada para um fio preto que se estendia de uma parte do armário. Parecia rabo de camundongo, só que mais fininho. O gato pôs-se a investigar e daí para puxar o fio foi um passo. Imediatamente a porta do armário se abriu e com o cordão preto se veio um belo queijo redondo e delicioso. E então o ditado se fez.

   Outros ditados são mais autoexplicativos e não precisam de fatos ou histórias para justificar suas existências: Quem não tem cão caça como o gato. (Sem alarido, sozinho, com paciência e perseverança) Gato escaldado tem medo até de água fria. (Experiência traumática semelhante a "macaco velho não mete a mão em cumbuca" e a "cachorro mordido por cobra tem medo até de linguiça.)


PATROCINADO PELA INSÔNIA

 Adoro trocadilhos. Não aquele de pé quebrado, incompreensível que a gente até usa nas batalhas verbais com outro amigo viciado nessa arte, o chamado trocadilho infame. Gosto do trocadilho denso, criativo, surpreendente e bem-humorado. Admiro o trocadilho que surge de repente, no decorrer de uma conversa até mesmo séria.                Quando não surge um trocadilho, para combater a abstinência eu mesmo crio um, especialmente em madrugadas de insônia. Julguem-me à vontade.

"Uma réstia de luz do sol entra por um cantinho da janela e dá à sala da casa, naquela manhã,, um ar cênico. Assemelha-se ao cenário ainda vazio de uma peça de teatro. Na parte mais alta da estante, protegido das crianças, ao lado de um livro aberto, jaz um vidrinho de veneno. É arsênico. Na vida real também está para começar uma tragédia. 


quinta-feira, 10 de setembro de 2020

ÔNIBUS NO LUGAR DE TORCEDORES

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Outro dia, em mais uma saída necessária de casa, furando a quarentena antivírus, tive minha curiosidade despertada para uma cena incomum: dezenas de ônibus da Carris estacionados no pátio do antigo estádio Olímpico. Curioso por natureza e por profissão, estranhei, porque até então não tinha lido ou ouvido nada sobre essa notícia. Antes de criticar meus colegas de profissão por não terem divulgado esse fato, fui ao Google, onde todo mundo satisfaz suas curiosidades. E então vi que o desinformado era eu. Em julho, a Rádio Gaúcha e a Zero Hora, pelo menos, já haviam noticiado sobre um acordo entre o Grêmio e a Carris para utilizar o pátio do antigo estádio para o depósito de 98 veículos retirados de circulação e substituídos por novos carros. 
      O acordo, que vale até 31 de dezembro, não envolveu dinheiro. A empresa de transporte se comprometeu a cuidar da segurança do imóvel, que vinha sendo invadido por vândalos e viciados em drogas desde que ficara abandonado enquanto se aguarda o complicado desfecho da troca pelo local onde funciona a Arena. Mais ou menos na mesma época, a prefeitura divulgou notícia com foto dos primeiros 30 ônibus colocados na área.

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

PATROCINADO PELA INSÔNIA NA QUARENTENA

         A bicicleta ergométrica, prima da original, que é aventureira, lépida e faceira, é uma espécie de símbolo da quarentena, do fique em casa, ainda que seu inventor, ou adaptador, que um dia descobrirei quem foi, certamente não tenha se inspirado em confinamento e distanciamento social forçado por pandemia. A original tem inúmeras vantagens, como o sabor da liberdade, o suave vento no rosto, bulindo com os cabelos de quem ainda os têm. Leva a vantagem da maravilha de cenário, em lugares privilegiados pela natureza. Mesmo que o ergociclista monte um telão pra projetar as mais belas imagens do Planeta, não é a mesma coisa.

      Mas a ergométrica também tem seus detalhes que superam sua prima. A principal delas é a segurança. A chance de colisão com outra ergométrica é absolutamente zero. Abalroamento de um carro é quase impossível, para não se desprezar os motoristas bêbados que invadem casas. Também protege o ciclista da chuva e do frio. E de assaltos. A principal importância é combater o sedentarismo, que engorda. Para os mais preguiçosos, a grande vantagem da ergométrica é que, diferentemente da bicicleta de rodas, você não precisa voltar quando estiver muito cansado ou quiser interromper o exercício para fazer outra coisa. Seja o tempo que for do início das pedaladas basta parar que já está em casa.



quinta-feira, 3 de setembro de 2020

HUMORISTA JOSÉ SIMÃO MERECE UM PRÊMIO

 


Não sei se existe algum prêmio para humoristas  como tem para músico e ator. Se existe, José Simão merece um destaque especial por dizer que

 "O Brasil é o país da piada pronta!!"

Não conheco uma afirmação que seja tão confirmada quanto esta. Pena que seja tão hilária quanto trágica. A cada dia, o Brasil dá razão ao humorista. Paulista de 76 anos, José Simão tem uma conuna na Folha de S.Paulo e outra na Rádio Bandeirantes FM. Todos os dias, rio muito com a maneira como Zé Simão e seus colegas da Bandeirantes analisam os fatos hilários que ocorrem no Brasil.

 O fato real mais recente foi relatado ontem sobre vereadores de Penha, em Santa Catarina, que aprovaram lei para impedir que os cachorros latam, perturbando a vizinhança. Para isso, foi criada uma multa a ser aplicada aos donos de caninos que não os impeçam de ladrar. Imagine-se um ladrão entrando em um pátio de residência às quatro da tarde. Quando o cão se prepara para latir, o gatuno põe o dedo indicador em sua própria boca e avisa:

- shiii! Oha a multa!!!!!

Ainda bem que os vereadores de Porto Alegre não pensaram nisso. Caso contrário, eu teria que ensinar o Rum, que late até pra borboleta, a manter-se em silêncio e bater três vezes na porta da cozinha com sua patinha direita pra avisar de eventual ladrão na área.

 Está certo que há casos que precisam mesmo de providência, quando latidos lancinantes de cães tomam conta da vizinhança e prejudicam o repouso das pessoas, em muitos casos, com problemas sérios de saúde. Os cachorros ladram por algum motivo, muitas vezes maus-tratos como abandono, falta de comida ou até mesmo frio. Mas criar uma lei específica para punir donos de cães que latem é hilário.


quarta-feira, 2 de setembro de 2020

PATROCINADO PELA INSÔNIA

       O Português, no geral de suas palavras é um idioma lindo. Tem belos vocábulos, proparoxítonas como plátanos, belas árvores frondosas e coloridas que, com suas cores, junto com as oxítonas jacarandá e ipê, são explêndidos trailers da primavera. Mas também tem palavras tão feias quanto o seu significado. A antiga uxoricídio, importada do latim, anunciando crueldade do homen matando a própria esposa e a atualização do termo, feminicídio, estendendo o significado para todos os tipos de mulher. Aumentaram as penas, tomaram-se mais cuidados para evitar crimes anunciados, mas não se chega à solução, como em grande parte da criminalidade.

 Até quando o ser humano vai conviver com a incapacidade de domar e proteger-se da fera que carrega em si mesmo? Além desse aspecto do crime, seguem sem solução uma série de outros delitos como a corrupção endêmica e a disseminação irrefreável de criminosos nas ruas. Autoridades iludem-se e iludem com armas, grades, policiamento, tornozeleiras eletrônicas e cadeias superlotadas. Tudo isso são falácias que servem de mercado para certos segmentos como a indústria bélica, os aparatos de proteção inócuos como tornozeleiras.          

 Ninguém parece entender que a solução está no trabalho prisional completo em cadeias seguras e suficientes para segregar todos os criminosos reincidentes que andam aos montes na rua. E, paralelamente, investir nas vagas de trabalho, na Educação e nos cuidados com a saúde. É uma tarefa para muitas gerações. Com a queda na criminalidade, o dinheiro das despesas com o setor, acrescido da renda do trabalho prisional, poderá ser usado nos outros setores. Vendo as autoridades que estão aí e os que se apresentam para ser eleitos, a maioria sem capacidade e querendo só se arrumar, percebo que o que digo é apenas utopia.

sábado, 29 de agosto de 2020

JORNALISTA FLÁVIO PORTELLA MORRE AOS 55 ANOS


 Morreu na quinta-feira, em Porto Alegre, o jornalista Flávio Wornicov Portela. Ultimamente o jornalista,  que estava com 55 anos de idade e iria completar 56 em 2 de setembro, atuava como coordenador de comunicação do Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul. Portela sofreu um ataque cardíaco, foi levado ao Instituto de Cardiologia e não resistiu.
 Formado em comunicação social e jornalimo pela Famecos, Flávio Portela foi redator de notícias, editor e gerente de Jornalismo na Rádio Gaúcha. Foi gerente de jornalismo na rádio Guaíba. De 1997 a 2008, foi chefe de reportagem do Correio do Povo. Atuou também como apresentador de programa na TV2 Guaíba, que depois passou a ser Recors TV RS. Deixa a esposa, Maria  Inês Mölllman e os filhos Maria Angélica e Guilherme.
 


sábado, 22 de agosto de 2020

O AMIGOMEU E O BINÓCULO

 

O Amigomeu é uma figura. Um primo meu de Porto Alegre apareceu um dia lá nos Campos do Seival com um binóculo bem moderno e superpotente. Amigomeu tinha uns dez anos e ficou extasiado diante daquela maravilhosa tecnologia. Ele já tinha ficado dois dias sem parar olhando funcionar a máquina de debulhar milho a manivela. Imaginem, dizia e repetia, entra uma espiga inteira por um buraco, a gente dá manivela e sai nos outros dois buracos, separados, os grãos de milho e o sabugo.

Voltando ao binóculo, Amigomeu passou a manhã inteira olhando a propriedade. Viu lá longe, num canto, o alambrado com defeito, viu passarinhos comendo piolhos no lombo das vacas, viu os quero-queros voando e fazendo alarido em um lado pra não descobrirem que o ninho estava para outro. Viu preás caminhando pelas estradinhas do campo. Viu perdizes andando no chão e voando subitamente num voo curto ao pereceberem a aproximação de alguém.

E então o meu primo comentou com ele:

- Este equipamento é tão fantástico que traz a pessoa pra pertinho da gente.

  Amigomeu arregalou os olhos, pegou o binóculo e focou la longe, na beira do ruo Jaguarão do Meio, perto da ponte que divide os limites de Seival com Hulha Negra. Ali estava o irmão mais velho dele, pescando. Com voz em tom normal, Amigomeu falou pro irmão:

- Getúlio. Vem pras 'casa', que a mãe tá te chamando pra almoçar.

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

O LADO BOM E O LADO MAU DA PANDEMIA DA COVID-19

     Tudo, ou quase tudo, na vida tem lado bom e lado ruim. Cada fato repercute de forma positiva para uns e negativa para outros.  Alguns casos são extremamente maléficos, mas ainda assim apresenta-se como positivo para alguém ou algo.  A pandemia do novo coronavírus parece ser mais negativa do que positiva, mas, dependendo do ângulo  a ser observado, também contém aspectos positivos. Vamos analisar primeiro os pontos ruins, deixando as partes boas para o final,  como uma espécie de consolo, de reconforto, diante de tanta negatividade.

FATOS NEGATIVOS

1. AS MORTES. 
É o detalhe mais forte e lamentável, mais cruel da pandemia. As vítimas mais atingidas são os idosos e as pessoas enfraquecidas por outros tipos de enfermidades. Em agosto, o Brasil superou a marca de 510 mil mortos.

2. O FECHAMENTO  de empresas, que levam a demissões e ao aumento no número de desempregados, criando um efeito cascata, porque o comércio deixa de vender, em alguns casos é obrigado a fechar e corre risco de não ter  dinheiro para pagar dívidas e despesas, entre elas os salários dos funcionários, ainda que, por determinação legal, pudessem reduzir salários temporariamente e encurtar jornadas. Em alguns caso, empresas adiantaram horários para não ter que pagar adicional noturno.

3. AULAS presenciais interrompidas. 
Algumas instituições conseguem utilizar o tele-ensino, mas grande parte dos alunos não tem estrutura para ter aulas a distância. O prejuízo para os alunos com praticamente um ano sem aulas é incalculável.
 4. FECHAMENTO de creches e maternais, deixaram pais sem opção para o cuidado dos filhos para  poderem trabalhar. Sem as escolas, filhos ficam em casa, alguns na companhia dos idosos, as vítimas mais delicadas para o vírus. Além dos riscos de contaminação, as crianças ficam angustiadas, sem poderem, em alguns casos se movimentar e tomar sol, cuja vitamina D é necessária para a saúde.


FATOS POSITIVOS

1. Recuperação do meio ambiente. Com a orientação para as pessoas ficarem em casa e a determinação para a interrupção de indústrias, a circulação de veículos em grandes centros urbanos, caiu, principalmente nos primeiros meses, evitando a liberação de gás carbônico na atmosfera. Com isso, foram detectados índices altos de recuperação da camada de ozônio, que protege os seres humanos dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol.
2. HIGIENE.  Com a quarentena, pelo menos no primeiro mês, as cidades ficaram mais limpas, especialmente Porto Alegre. É que grande parte dos habitualmente relaxados que jogavam  lixo nas ruas passaram a fazê-lo no cesto de suas próprias casas. As cidades paasaram a ter um ar mais limpo, mais respirável sem os gases dos motores de carros e das chaminés das indústrias. E até agradável devido à quantidade de álcool gel e sabão por todo canto.
As medidas higiênicas de proteção ao vírus deverão tornar-se úteis mesmo após a eliminação do coronavírus. Antes o  simples  ato de lavar as mãos com sabão ao chegar da rua não era sequer um hábito, permitindo a vírus e bactérias se transmitirem com facilidade. Já a máscara não era sequer utilizada em aglomerações nem mesmo por quem estava gripado ou com tosse, contaminado,  sabendo ou não, por tuberculose.

3.Dificuldades para uns, oportunidades de negócios para outros. Com a quarentena e o combate à Covid, muita gente está ganhando dinheiro com a fabricação e venda de máscaras, álcool gel, testes para Covid e, com valores ainda mais altos, vacinas contra o vírus que já estão em fases supostamente bem avançadas. No caso das máscaras, cuja duração de uso de algumas é de três horas, imagine-se o tamanho da produção para atender populações tão grandes.
4. Os motoboys e biciboys tiveram como fato positivo o aumento na oferta de trabalho. Com o confinamento e fechamemento por um tempo de restarantes e lancherias, aumentou consideravelmente o serviço de tele-entregas.

4. Outro fato positivo é que os governos passaram a se preocupar também com moradores de rua. Não porque sintam piedade mas porque, se pegarem o vírus, podem passar também para as classes dominantes ou produtivas, já que o coronavírus não faz distinção de classes,  sem se importar com relatórios de bens nem extratos de contas  bancárias. 
5. Um dos pontos mais positivos em tempos de pandemia é a solidariedade. Mais pessoas e entidades se dedicaram a realizar campanhas em favor dos mais atingidos através de transmissões ao vivo na Internet.

sábado, 15 de agosto de 2020

SOBRE OS LIVROS DOS MEUS AMIGOS ESCRITORES II

 No final do mês passado, pouco depois do Dia do Escritor, dia 27,  fiz homenagens, aqui no blog e no Facebook,  aos meus amigos dos quais mantenho pelo menos uma obra em minha estante. Por uma falha, acabei deixando de fora três livros, simplesmente pelo fato de que não disponho mais da obra física: um emprestei e os outros dois doei. Como esses livros permanecem na estante do meu coração e da minha memória, especialmente dois dos quais fiz parte, é justo que eu corrija esta falha.



HILTOR MOMBACH  

O escritor produziu esse livro para relatar o que sentiu e o que fez para combater essa doença grave com a qual passou a conviver desde 1991. Mais do que um relato de história pessoal, é um auxílio efetivo para quem tem essa doença ou sofre ao vê-la em familiares. Com a orientação científica dos psiquiatras  José Facundo de Oliveira Correia e Gildo Katz, faz um retrato da síndrome e dos seus efeitos e ajuda outras pessoas a obter o alívio que ele conseguiu. É um orgulho ser colega de um escritor com essa qualidade de escrita e, principalmente, de caráter. Depois de ler com muita atenção, doei o livro para um colega, cuja esposa estava enfrentando problemas emocionais relacionados com o assunto relatado.

  Hiltor Mombach nasceu em Erechim, no Planalto Médio em 17 de junho ds 1953. Formou-se em jornalismo na PUCRS em 1979. Trabalhou na rádio Difusora de Garibaldi aos 15 anos como apresentador de um programa musical. Quando veio para Porto Alegre, atuou na Folha da Tarde e, depois, como repórter esportivo, no Correio do Povo. Depois que o Correio reabriu após dois anos fechado, Hiltor voltou para o jornal, no qual está até hoje como colunista de Esporte, mantendo um blog sobre o tema do futebol.

Hiltor recebeu inúmeras e merecidas homenages. Neste ano, é o patrono da feira do Livro de Garibaldi, marcada para o período de 20 a 24 de outubro.



LUCIANO KLöCKNER

O Anedotário Do Rádio do Rio Grande do Sul - 90 anos de História.

A primeira coisa que se tem a dizer sobre o autor é que é um apaixonado por rádio, assim como vários amigos dele, mas muito mais. A outra é a generosidade e o caráter, não tão fartos assim na categoria. Luciano foi generoso ao me convidar para participar da obra, toda ela criada pelo gênio agregador e criativo dele. Para ilustrar o trabalho, convidou o cartunista Santiago, um dos mais espetaculares deste Estado e do país.  Também participaram Alice Bragança e o editor Flavio Ledur. Repetindo sobre generosidade, Luciano determinou que uma parte das vendas do livro fosse doada para a instituição "Pequena Casa da Criança, na Vila Maria da Conceição, próximo de onde reside dwsde os quatro anos de idade.

     Luciano nasceu em Porto Alegre e gosta de dizer que é de Estrela, aqui mesmo no Estado onde, na verdade, passou quase todas as férias de infância. Fez Jornalismo, Mestrado e Doutorado na Famecos. Trabalhou na Folha da Tarde, na rádio Difusora (hoje Bandeirantes, na rádio Gaúcha e na revista A Granja, entre outros. É doutor em Comunicação Social com pós-doutorado no Instituto de Estudos Jornalísticos da Faculdade de Letras de Coimbra, Portugal. Teve larga experiência como professor titular de jornalismo na PUC,  Unisinos e ESPN. É autor do livro "O Repórter Esso  - A síntese radiofônica mundial que fez história, que conta as fases do noticioso de maior credibilidade nos anos 1940, 1950 e 1960 do rádio brasileiro, incluindo DVD com imagens e áudios originais.

Luciano é pai de Jakarina (desculpa, Karina, a piada está no livro, não resisti) e Gisele. É avô de quatro netos: Theo, Pedro, Lara (Maria Clara, essa é outra história que gera risos na família dele) e do Davi.

Realizou também outro sonho e, em 2015, editou um livro infantil intitulado Pedroca Nariz de Piooca, com ilustrações também de Santiago.



Mais do que um ex-colega, um grande amigo. 



OS DEZMIOLADOS

é uma produção da Farol Editora Três, coordenada pelo jornalista Auber Lopes dos Santos e sua sócia Vanessa Correa. O livro reúne textos de dez autores com enfoques particilares e especiais sem nenhuma linha editorial conectada. Os autores, grande parte com participação nos dois volumes anteriores são os seguintes:

Caco Belmonte

Flávio Dutra

Jorge Hugo Souza Gomes

Luciano Riques

Mateus Silva 

Paulo Leônidas

Plínio Nunes

Ricardo Azeredo

Vitor Hugo Castro Pereira

e Wilson Rosa.




Aproveito a oportunidade para divulgar o livro mais recente do meu amigo e ex-colega dos tempos do Diário Gaúcho, Eduardo Rodrigues. NNegras Melodias, volume Ii, publicado pela editora Capítulo I. 


EDUARDO RODRIGUES

Quem, como eu havia lido muito pouco sobre a história do jazz, ler o lívro do meu ex-colega dos tempos do Diário Gaúcho foi uma bênção. Apaixonadu por jazz, Eduardo fez um belo trabalho e reuniu outros especialistas nesse gênero musical, todos ex-colegas dos tempos de RBS. A começar por Paulo Moreira, que se encarregou da apresentação do livro, a chamada orelha, e Márcio Pinheiro, autor de biografias de Renato Borghetti e de Aiton dos Anjos, o Patineti. O livro foi editado pela  Editora Capitulo, com a participação de outros dois escolegas, Cláudia Coutinho na coordenação editorial e Diego Figueira na preparação de texto e revisão.

Natural de General Câmara (RS), Eduardo Rodrigues é autor também de "Sem Bossa Não Há Quem Possa! Cassino dos  operários, uma história, punlicado aqui em post anterior.




 








terça-feira, 11 de agosto de 2020

DICAS SOLTAS DE CRASE

Para identificar se uma expressão é caso de crase ou não é só se dar conta que tem artigo feminino diante do país ou da cidade que permite a contração com a preposição homônima que significa para. Se dizemos a Inglaterra, então é caso de crase. Vou à Inglaterra, ou para a Inglaterra. Já no caso de Roma, vou a Roma.

  Mas atente: se for à Roma dos Césares, aí existe um artigo feminino definido a, que determina a contração.

É o caso de "Fui à Tacuarembó dos meus avós" há artigo definido, com elipse da palavra feminina cidade.

Outra dica igualmente importante: para ocorrer caso de crase, é preciso que o verbo anterior seja transitivo indireto, ou seja, necessite de preposição. Alguns exemplos. Amo a Bahia. Vou à Bahia. A enfermeira assistiu à cirurgia. (Atuou nos trabalhos.) A enfermeira assistiu à cirurgia da mãe do lado de fora da sala de CTI. O patrão atendeu a funcionária e falou com ela sobre aumento. (Concordou em ouvi-la.) O patrão atendeu à reivindicação da funcionária. (Atendeu ao pedido dela.) O gerente visou o cheque do cliente. O gerente visava à promoção que o banco oferecia aos seus empregados.(ou visava àquela promoção) O show encerrou as transmissões do programa. O show encerrou-se pontualmente às 23h. A casa incendiou-se às 14h15min. O toco do cigarro aceso incendiou a casa. O fogo queimou até a garagem.(Inclusive à garagem. O fogo foi queimando da porta da frente até a entrada da garagem. (O limite foi a entrada da garagem.)

terça-feira, 28 de julho de 2020

MEUS AMIGOS ESCRITORES E SUAS OBRAS QUE ME FAZEM COMPANHIA

          Desde pequeno, gosto de ler. Ter amigos escritores é um privilégio. Como não tenho verba suficiente para comprar, satisfaço-me com os livros que ganho. E costumo utilizar as bibliotecas para pegar as obras clássicas. Alguns dos livros mais recentes que ganhei, tive também a honra e a alegria de participar da edição como revisor. Os escritores nem sempre podem doar seus livros para todos os seus amigos. Também não podem adquirir todas as obras escritas por eles.
 Por isso, é sermpre uma dávida quando recebo um exemplar, principalmente qando o livro vem acompanhado do autógrafo do autor. Apresento aqui os exemplares escritos por amigos que estão na minha estante com dezenas de outros.

Angélica Rizzi - Jornalista, cantora, escritora e poeta, Angélica é natural de Estrela (RS). Amiga virtual de quem já revisei vários livros, é autora de Todos os Amigos de Clarice, um livro dedicado ao público infantil.

Antonio Goulart -  Colega na Caldas Júnior e em Zero Hora, Antônio nasceu no distrito de Pinheiro Grosso, interior de Vacaria em 1 de julho de 1935.  Anotações de um Leitor Curioso - Editora Movimento / Porto Alegre, foi editado em 2019.

Ari Riboldi - Natural de Serafina Corrêa/RS, Ari é técnico em assuntos educacionais e professor de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira. É professor concursado da prefeitura de Porto Alegre. Amigo virtual. O Bode Expiatório - Origem de palavras , expressões e ditados populares com nomes de animais Editora AGE / Porto Alegre, 2009, está na minha agenda juntamente com o volume 2.

Carlos Urbim -  Nascido em Santana do Livramento em 4 de fevereiro de 1948 e falecido em 13 de feveveiro de 2015. Colega na Folha da Manhã e em Zero Hora. Formou-se em Jornalismo na Ufrgs. Entre outras funções, foi diretor da Rádio da Universidade. Os Farrapos, Zero Hora Editora Jornalística, foi lançado em 2005, com edição do meu ex-colega Pedro Haase.

Cássio Gomes Lopes-  Conterrâneo de Bagé e amigo virtual, Cássio é historiador. Foi um dos fundadores Núcleo de Pesquisas Histórias de Candiota. Mistérios da Noite - Causos de Assombrações, Editora Palotti, Santa Maria RS, 2014. É autor também de A Rainha da Fronteira - Fragmentos da história de Bagé, com a participação de Edgard Lopes Lucas. E também Batendo Tição, Causos de Gaúchadas estão em meu acervo. 


Darci Demétrio - Ex-colega da Caldas Júnior e de Zero Hora, com atuação nas editorias de Polícia. Com apresentação de Luis Fernando Verissimo, Não Quebre a Cara, Introdução à Prática do Jornalismo, foi publicado pela Editora Vozes em outubro de 1990, além de funcionar como um manual de jornalismo, é um retrato de como funcionava um jornal, no caso Zero Hora. Jornalista pratico-licenciado, Darci Demétrio da Silva começou sua carreira em 1958, no semanário Alvorada, de Caxias do Sul, sua terra natal. Trabalhou em agências publicitárias gaúchas e cariocas na década de 60. Ganhou Prêmio Esso Regional com a reportagem o Homem Errado, publicada em Zero Hora em 1976 e também o Prêmio Direitos Humanos do Movimento de Justiça e Direitos Humanos.

Eduardo Bueno, o Peninha. Ex-colega de Zero Hora. Jornalista, historiador, escritor e tradutor. A Viagem do Descobrimento - Um outro olhar sobre a expedição de Cabral editora Objetiva, 2006. Bom Humor e criatividade ao contar a história do Brasil. Peninha trabalhou nos principais jornais e TV brasileiros. Os dois primeiros livros da coleção "Terra Brasilis, a Viagem do Descobrimento" e "Náufragos, Traficantes e Degradados", ganharam a menção de altamente recomendadável  e o prêmio de melhor informativo  da Fundacão Nacional do Livro Infantojuvenil . A Viagem do Descobrimento ganhou prêmio Jabuti em 1999.
 O que realmente não deve deixar de ver é o Canal do Peninha, um show de informações e curiosidades sobre a história do Brasil e do mundo, contaa de forma criativa e hilária como só o gênio louco do Peninha sabe fazer.


Eduardo Guimarães - Ex-colega da Faculdade de Jornalismo da Ufrgs, escreveu Histórias de uma Guerra Absurda, pela editora Libretos, em 2000. Dramas reais sobre uma realidade local e nacional que não muda.

Eduardo Rodrigues - Ex-colega do Diário Gaúcho. Natural de General Câmara, Eduardo escreveu sobre o cassino de oficiais  da sua cidade. Sem Bossa Não Há quem Possa! Cassino dos Operários, uma história, foi editado pela Martins Livreiro, editora, e tive a honra de revisá-lo. Eduardo começou como repórter da jornal NH, do Grupo Sinos, de Novo Hamburgo. Trabalhou em assessorias de imprensa do governo do Estado e da prefeitura da Capital. Foi repórter do Correio do Povo entre 1999 e 2000 e integrou a redação do Diário Gaúcho.

Erika Hanssen - Nascida em Porto Alegre, Erika trabalhou na Folha da Tarde e em Zero Hora e em ambos os veículos foi colega do autor do blog. Atuou em outros órgãos de comunicação e é formada pela PUCRS. Em 1992, ganhou o Prêmio Esso Regional de Jornalismo. Um Pouco de Mim foi publicado pela Ideograf Gráfica e Editora.


Flávio DutraEx-colega de Zero Hora, Flávio Dutra participou da livro Os Dez Miolados-3, sob a coordenação de Auber Lopes de Almeida e com a participaçao do autor deste blog e mais oito integrantes. Dutra é autor, também, de Quando eu fiz 69, editado pela Farol3 Editores.     

Léo Iolovitch - Amigo virtual que impressionou com a publicação no Facebook de textos que incluíam uma música para cada tema. Léo publicou o Descendo da Nuvem, pela Paixão Editores, em 2015. Advogado, trabalha na empresa Brossard, Iolovicht Advogados. 


Luiz Coronel - Poeta consagrado e conterrâneo de Bagé, Luiz Coronel é  colega no Correio do Povo onde escreve suas poesias no Caderno de Sábado semanalmente. Seu livro de poema Os Retirantes do Sul tem inspiração no clássico Vida e Morte Severina, do pernambucano João Cabral de Melo Neto e dá uma versão dos retirantes gaúchos.

Luiz Osvaldo Leite - O vínculo do autor deste blog com Luiz Ovaldo foi o Curso de Jornalismo Aplicado realizado pela RBS em 1990, do qual o professor Luiz Osvaldo foi um dos organizadores juntamente com a saudosa jornalista Eunice Jacques. Se fosse relatado aqui todas experiências do professor, não haveria espaço nem tempo suficiente. Destaco apenas a sua presenca como ocupante da cadeira 33 da Associação Rio Grandense de Letras e a atuação como presidente da Ospa, além de uma centena de livros. Octogésima Advenius -Chegando aos Oitenta foi editado em 2012 pela Entrementes Editorial.

Mauro Castro - Escritor, taxista, músico, desenhista, natural de Porto Alegre. Ex-colega de Diário Gaúcho do autor do blog, que fez a revisão de um de seus quatro livros,  Taxitramas-Diário de Um Taxista - Volume2. No DG, Mauro tinha uma coluna semanal também intitulada Taxitramas. Sua obra já foi transformada em curta-metragem. Guardo também os volumes 3 e 4. Mauro está terminando de editar Taxitramas Volume 5, com histórias incríveis sobre o mundo dos passageiros de táxi, algumas engraçadas, outras tristes, todas exttremamente criativas.                              

Míriam Gusmão - Jornalista e ex-colega da Fabico (Faculdade de Comunicação da Ufrgs) natural de Santana do Livramento. Coração Cosmopolita foi lancado em 1990 com o apoio da prefeitura de Livramento

Nadiane Momo - Conterrânea de Bagé, Nadiane é jornalista especializada em Gestão de Pessoas e Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação. Seival: Passado & Memórias é um livro-reportagem sobre a história do 3º Distrito de Candiota-RS, que já pertenceu ao município de Bagé. Conterrânea de Bagé, Nadiane é jornalista especializada em Gestão de Pessoas e Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação.


Osório Santana Figueiredo - O autor deste blog conheceu Osório Figueiredo há alguns anos quando visitou São Gabriel, cidade em que o escritor nasceu, em 7 de fevereiro de 1926 na localidade de Passo do Ivo. Osório mostrou o local onde está o marco em homenagem a outro gabrielense, Plácido de  Castro, herói do Acre.  Sesquicentenário 'Caserna dos Bravos- 150 anos de história foi editado em 1996 pela Editora Palotti. Militar reformado, Osório Figueiredo era também historiador, pesquisador e escritor. Faleceu aos 91 anos, no dia 6 de agosto de 2017 na cidade onde nasceu.


  Paulo  Mendes  nasceu em Cacequi em 24/12/1962 e se criou em Júlio de Castilhos. Formado em Jornalismo na UFSM, é mestre em letras pela Ufrgs.  Paulo Ricardo Cunha Mendes é editor de Geral e capista-substituto do Correio do Povo e assina coluna dominical "Campereada" , no Caderno Rural, desde 2009. Campereadas - O Bolicheiro Nunca Morre, Editora Meridional Ltda, é um livro de crônicas que relembram a infância do autor em Júlio de Castilhos, que ele trata carinhosamente por Vila Rica, o primeiro nome do município.

Pedro Ernesto de Nardin -  Nascido em Porto Alegre em 6 de fevereiro de 1950, é narrador esportivo e apresentador do programa Sala de Redação na Gaúcha. Seu início de carreira foi na Rádio Farroupilha, também pertencente à RBS. Tornou-se narrador em 1995, na Gaúcha, com a aposentadoria de Armindo Antônio Ranzolin. Antes, em 1984, ajudou a fundar a Rádio Sucesso. 10 Copas "É Demais!!! foi lançado em 2017.

Sérgio Cortes - Alquimia da Palavra - Antologia de Contos, Oficina de Criação Literária Literária - 1992 - Porto Alegre, coordenado por Sérgio Cortes,  ex-colega da Rádio Gaúcha. Participaram desse livro Emílio Roberto Armani, Eliana Gudes Müssich, Paulo Henrique Pires Souto, Vera Regina Otero, Marinez Gozzer Crug, Faustino Machado, Amilcar Bettega Barbosa, Ane Carine Rocio, Maria de Lourdes Ferraz, Alexandre Mesquita e Alessandra Lopes Damian.

RBS Publicações - Os melhores contos para não deixar a vida esfriar. Esse livro, patrocinado pela Nescafé, conta com uma série de minicontos interessantes. As ilustrações foram feitas pelo colega de Diário Gaúcho Ricardo Machado, design gráfico de Clô Barcellos, a edição de Pedro Haas, e revisão do autor deste blog.



 Renato Dornelles. Ex-colega na Rádio Gaúcha, Zero Hora e Diário Gaúcho, Renato Dornelles, que saiu recentemente da RBS, é um consagrado jornalista pelo seu conhecimento, especialmente sobre notícias de Carnaval e fatos policiais. Com esse tema, escreveu o livro Presídio Central, que virou filme, dirigido por ele em coprodução e codireção com Tatiana Sager. Dornelles e Tatiana criaram a editora Falange Produções, com a qual lançaram A Cor da Esperança, que tem como palco histórias da periferia de Porto Alegre, cidade natal do autor.



Tibério Vargas Ramos - Ex colega na Caldas Júnior e em Zero Hora, onde desempenhou tarefas de repórter e editor de noticias policiais. Atuou também como professor na PUC. Natural de Alegrete, Tibério lançou em 2012, pela AGE Editora, Acrobacias no Crepusculo.

sábado, 25 de julho de 2020

FURO DE REPORTAGEM TROCADILHADA!!!!!!!

 POEMA À EMA

 Inconformado por não ser aceito por 70 por cento  da população e cansado do apoio bovino dos trouxas, Jair Bolsonaro decidiu conversar com os animais ditos irracionais e fazer poesias para eles. Como o casal presidencial teve que devolver o vira-latas que Michelle pegou na rua, Jair foi ao jardim do Palácio da Alvorada para conversar com as emas. Ficou feliz que elas não enterraram a cabeça no chão, mas também não foram receptivas. Ficaram tão chateadas com ele que até resolveram bicá-lo, ou picá-lo como informou uma parte da imprensa. Diante disso, Bolsonaro não desanimou e apelou para a poesia. Quando a ave o atacou, ele respondeu, com gestos teatrais, copiando Nero, com uma caixinha no lugar da lira:
- Pô, ema.

quinta-feira, 23 de julho de 2020

MANTRAS DE UM BOM REVISOR

Um bom revisor deve respeitar, por óbvio, as ideias do autor. Mas é preciso ir além de detecção de equivocos de gramática e ortografia. Para isso, é necessário que o revisor  tenha experiências da vida real e leituras sobre temas variados.

Ditado chinês

Quando você aponta um erro a um homem sábio, se ele não for arrogante, ele fica ainda mais sábio e você ganha um amigo. Quando você aponta um erro para um ignorante, se ele não for humilde, seguirá sendo o que é e você ganha um inimigo.

Quanto mais olhadas melhor

Mais de um revisor para um texto não é desperdício de energias nem retrabalho,  é um esforço em busca da perfeição. Cada revisor tem uma carga de experiências de vida e de profissão. O que um não capta, outro pode detectar. E vice-versa. A pluralidade só não pode atrapalhar o o andamento do baixamento.


O revisor e o goleiro

Um bom revisor é como um bom goleiro. Com a diferença que o público acompanha as boas atuações do jogador e só toma conhecimento dos equivocos cometidos pelo revisor. O bom goleiro ajuda a impedir gols, e, em alguns casos a fazer gols no adversário. Veja aqui neste blog o texto O Revisor e o Goleiro.

quinta-feira, 16 de julho de 2020

REFLEXÃO SOBRE A ARTE DA REVISÃO

Revisor é aquele cara que desafia o ego do escritor.

Autor esperto e orgulhoso é o que contrata dois bons revisores: um para tirar seus erros e o outro para frustrá-lo caso encontre tudo certo e mostrar com quem está lidando. Se o segundo pegar algum equívoco, se aproveitará para se vingar do primeiro e dar-lhe nos dedos, alegando que ninguém é perfeito.