quarta-feira, 27 de maio de 2020

SOBRE OS PALAVRÕES PRESIDENCIAIS

Quase todo mundo diz palavrão. Até o Papa, já que é argentino e gosta de futebol. Lembrei-me agora de uma piada verídica que meu irmão Valtuir me contou:
 Um colega era uma exceção: não dizia palavrão. Ou melhor, não sabia e não conseguia dizer palavrão. Um dia, ele dirigia seu carro, acompanhado da esposa, quando fechou um veículo. O outro motorista passou a proferir palavrões ilustrados com o dedo pai de todos apontado virado em sua direção e emparelhou os dois carros. Surpreso, o cara só ouvia os palavrões que o ofendiam, xingavam sua mãe e até sua mulher. A esposa não aguentou e perguntou:
 - Tu não vai xingar ele? Não vai dizer nenhum palavrão? O nosso amigo ficou vermelho, olhou pro seu agressor e falou, bem firme: - Sai o... o... o... bobão!!! O outro ficou estupefato. Foi tão inesperado que não soube responder e foi embora.

sábado, 23 de maio de 2020

RELATO DE UM COMBATE CONTRA A DIABETES

Explicação do editor

Não gosto muito de postar coisas pessoais, nem curto ler, em outros blogs, assuntos íntimos, a não ser que sejam curiosos, compatíveis com o título deste espaço. Se for o caso de ajudar alguém, faço esta exceção e vou em frente.


        Recentemente descobri que estava com diabetes, essa doença que atinge tanta gente e que está diretamente ligada ao fator genético ou ao tipo de alimentação. Não me recordo de alguém da família que também tivesse tido altos níveis de glicose no sangue. Soube que minha tia-avó Orphila Nunes Ponsati, irmã por parte de pai do meu avô paterno Anaurelino, teve diabetes. É até teve que amputar uma perna. Mas não tenho informações sobre algum outro caso.
        O outro motivo faz bem mais sentido. Além de não gostar de hortaliças, nunca me preocupei em controlar o açúcar. A quantidade desse adoçante natural que eu botava no café era descomunal. No fundo da xícara, ficava sempre um montinho daquela calda. Eu misturava arroz com massa, nem tinha noção do mal que estava fazendo ao meu metabolismo.
 Minha inconsequência e despreocupação era tanta que eu me atirava aos refrigerantes todo dia. E, pior, tomava com exagerada frequência aqueles sucos em pacotinhos por serem muito baratos3. Era natural que eu adquirisse diabetes.
 Foi o que eu descobri após uma consulta médica e um exame clínico. Meu índice de glicose atingia 288,8 mg/dL, extremamente alto já os valores de referência são, para adultos, entre 70,0 e 99,0 mg/dL.
A partir de um controle na alimentaçâo e administração de medicamentos - quatro comprimidos de Glifage diários e um de Azucon, consegui uma façanha. Exame recente diminuiu o índice de glicose para 110 mg/dL. Mais uma pequeníssima baixa e já estarei no ni vel recomendado pela Federação Internacional de Diabetes.
Abaixo, se alguém se interessar,
transcrevo a dieta repassada pela médica, cujo nome não estou divulgando porque ainda não consegui autorização. Assim que obtiver, divulgarei. Outra coisa:. informo a dieta que estou seguindo rigorosamente e os remédios que estou tomando apenas a título de curiosidade. Qualquer decisão deve ser tomada com autorização médica, porque cada caso é um caso.


1
Cardápio
1800 kcal
CAFÉ DA MANHÃ

2 ovos mexidos ou cozidos ou omelete
1 porção de fruta com 2 colheres de farelo de aveia
1 xícara de café sem açúcar + 200ml de leite desnatado ou 1 xícara de chá

Ou
2 fatias de pão integral/ preto + 1 colher de chá de requeijão light/cottage +3 colheres ( de sopa) de atum ralado em água
Ou
2 fatias de peito de peru.

LANCHE DA MANHÃ

1 porção de fruta (não repita a do café) com 2 colheres de farelo de aveia sem glúten.

ALMOÇO

Salada crua (adicione sempre folhas à vontade) alface, acelga, rúcula, agrião, almeirão, mostarda...
1 ou 2 vegetais crus (cenoura, beterraba ralada, pepino, rabanete, tomate...)
1 legume cozido/refogado: couve, escarola,brócolis, couve-flor, espinafre, repolho,  berinjela, abobrinha.
Arroz branco: 5 colheres de sopa.Arroz integral ou preto; 7 colheres de sopa ou
Batata doce ou inhame ou abóbora japonesa (7 colheres de sopa( ou aipim (6 colheres de sopa(

Feijões (todos os tipos) ou ervilha ou grão de bico ou lentilha (6 colheres de sopa)
Obs:
Deixar sempre os grãos se molho por 8 horas antes de cozinhar.
Carnes:  Peixe (sardinha é excelente opção, pescada, merluza, etc.) OU frango OU carne vermelha 200ģ aproximadamente (palma da mão) ou 2 ovos. Procure comer carnes assadas ou grelhadas ou cozidas.

LANCHE DA TARDE

Batata doce ou abóbora (assada, cozida ou grelhada: 3 colheres de sopa +
Frango grelhado ou
Sardinha em lata
ou carne moída: 4 colheres de sopa
Ou
2 ovos cozidos ou 2 fatias de pão integral/preto + 1 colher de chá de 8/Light/cottage  + 4 colheres de sopa de atum ralado em água.


JANTAR
Igual ao almoço.

CEIA

Abacate: 3 colheres de sopa (pode usar adoçante ou colocar canela, limão, cacau ou
Iogurte desnatado zero açúcar.

Café, chimarrão e chá sem adoçar e liberado todo o dia.

Beber 2 litros de água no dia

Em caso de fome, pode ingerir nos intervalos até 30g de castanhas ao dia.



sexta-feira, 22 de maio de 2020

SOLIDÃO A DOIS

Quando não há
 mais amor,
 até o respirar
                                               do outro irrita.

SOBRE A FOGUEIRA DAS VAIDADES

 Não sou poeta. Apenas crio uns versinhos para refletir. E, às vezes, rir. 

A fogueira das vaidades
 e o orgulho,
 na verdade,
 já queimaram
muitas carreiras
de quem se achava
uma sumidade.

sábado, 9 de maio de 2020

CENAS DE QUARENTENA III

Nas saídas obrigatórias de casa hoje (dentista e súper), aproveitei para observar o comportamento dos porto-alegrenses, em relação ao combate ao novo coronavírus. No supermercado do bairro Menino Deus, 99,9 por cento dos clientes usavam máscaras. Perguntei a um idoso que estava de rosto deprotegido apenas para conhecer justificativas, explicando que era uma pesquisa, não uma crítica. Ele respondeu que havia esquecido.
No ônibus, 100% de uso de máscaras por parte dos ocupantes, até porque é lei. Na Rua da Praia, calculo em 90 por cento o número de protegidos. Vi um idoso sem máscara e tentei também saber os motivos. Foi uma reação inesperada para mim. Sem falar nada, fez uma cara de reprovação como se a minha pergunta fosse sobre lgo muto absurdo. Nem precisou falar; acho que entendi seus motivos.
Entretanto, mesmo com a reabertura de alguns estabelecimentos, não vi aglomeração. Nem mesmo junto ao artista que tocava um instrumento duplo de cordas semelhante a um cavaquinho. Pareceu-me um indicativo de retorno à normalidade, embora vá ainda demorar. As notícias de Porto Alegre são positivas sobre o tal achatamento da curva no gráfico da propagação do vírus. O músico, coincidentemente, ou não, tocava Let It Be (Paul McCartney) e Imagine (John Lennon).

quinta-feira, 7 de maio de 2020

CENAS DE QUARENTENA II

     Nas saídas obrigatórias de casa de hoje (dentista e súper), aproveitei para observar o comportamento dos porto-alegrenses, em relação ao combate contra o novo coronavírus. No supermercado do bairro Menino Deus, 99,9 por cento dos clientes usavam  máscaras. Perguntei a um idoso que estava de rosto deprotegido apenas para conhecer justificativas, explicando que era uma pesquisa, não uma crítica. Ele respondeu que havia esquecido.
 No ônibus, 100% de uso de máscaras por parte dos ocupantes, até porque é lei. Na Rua da Praia, calculo  em 90 por cento o número de protegidos. Vi um idoso sem máscara e tentei também saber os seus motivos. Foi uma reação inesperada para mim. Sem falar nada, ele fez uma cara de reprovação como se a minha pergunta sobre algo absurdo. Nem precisou falar acho que entendi seus motivos.
Entretanto,  mesmo com a reabertura de alguns estabelecimentos, não vi aglomeração. Nem mesmo junto ao artista que tocava um instrumento duplo de cordas semelhante a um cavaquinho. Pareceu-me um indicativo de retorno à normalidade, embora vá ainda demorar. As notícias  sobre Porto Alegre não são tão pessimistas. Coincidentemente, ele tocava Let It Be (Paul McCartney) e Imagine (John Lennon).

CENAS DE QUARENTENA

     No supermercado, ao lado das verduras, o jovem comenta com um homem de cabelos brancos:
- Um dia a gente vai se lembrar dos dias de hoje e vai rir muito. Vai lembrar dessas cenas de filme de ficção científica e de catástrofes, com todo mundo usando máscaras, idosos e pessoas com fragilidades físicas mantidos dentro de casa, funcionários de empresas em home office e as discussões sobre caos ou gripezinha, como chamou um presidente Napoleão que contrariava a ciência e os governadores.
O idoso comentou:
- Nem todos vão lembrar e rir. Falo dos que perderam seus entes queridos, das empresas que faliram, dos empregados que perderam o ganha-pão, dos desvalidos que passaram fome. Dos que sofreram crise de pânico, achando que o mundo iria acabar. Esses certamente não vão rir.

quarta-feira, 6 de maio de 2020

MINICONTO, OU FINAL DE CONTO

E o homem diz,  à mulher, a sua última frase: "Nunca irás encontrar um marido como eu". Sem olhar para ele, ela sussura: "Rezo para que Deus te ouça!"