sábado, 27 de outubro de 2012

MISTÉRIO COMPLETA UM ANO

Cristiane está sumida desde o dia 27 de outubro
O mistério do desaparecimento de Cristiane Oliveira de Oliveira, 32 anos, está completando um ano hoje. Uma das coisas que não consigo entender é o fato de uma pessoa sumir assim, de repente, evaporar, e a polícia não conseguir descobrir o que aconteceu. Isso em pleno século XXI, quando há equipamentos impressionantemente capazes de ajudar a descobrir como fatos acontecem. Eu não preciso procurar muito para saber qual é a causa, mas isso eu acho que todo mundo sabe. A polícia já tem equipamentos modernos, mas ainda age como se estivesse no século XVIII.
 
     Cristiane sumiu no dia 27 de outubro do ano passado. Moradora do bairro Restinga, estava afastada havia seis meses, por licença-saúde, do seu emprego de funcionária de uma farmácia, por conta de uma tendinite no pulso direito. Ela foi vista pela última vez logo após ter deixado a filha Gabriela, então com sete anos, à uma da tarde, no colégio, e seguido, de bicicleta, para ver como estavam as obras de sua casa no bairro Lageado, também na Zona Sul da Capital.
    Após registrar o desaparecimento de Cristiane, a família passou a procurar pelas ruas buscando alguma informação que permita descobrir o que aconteceu com ela. Os familiares alugaram até um helicóptero, que sobrevoou o local onde ela foi vista pela última vez, mas nenhum resultado foi obtido.
Um pedreiro que trabalha nas obras da nova casa, disse à família que Cristiane esteve no local, deu banho no cachorro e saiu dizendo que iria buscar a filha no colégio.
     Cristiane não foi mais localizada. Conforme a família, ela vestia uma camiseta branca, calça legging preta e boné de cor laranja. A bicicleta branca e azul que ela utilizava também não foi encontrada. Angustiados, os familiares dela - pais e sete irmãos - fizeram buscas nos hospitais da cidade e região e colocaram cartazes com a foto dela para tentar localizá-la. Policiais da 16ªDP e da Delegacia de Homicídios e Desaparecidos começaram a investigar o caso.
O marido de Cristiane, Rodrigo Veloso Freitas, 30 anos, disse que ela não tinha qualquer problema, que pudesse levar a um desaparecimento voluntário:
- Ela não bebia e não fumava. A gente não brigava, só as brigas normais de casal, nada alarmante – comentou Rodrigo, acrescentando que tudo estava pronto para a mudança e que o casal e a filha passariam o Natal na nova casa.

Qualquer informação para ajudar a localizar Cristiane ou descobrir o que houve com ela poderá ser dada para o órgão policial mais próximo.
* Com informações do Diário Gaúcho

domingo, 21 de outubro de 2012

PEDREIRO SE ENFORCA DEPOIS DE OUVIR BRINCADEIRA NO RÁDIO

Infelizmente, a maioria dos comentaristas ou comentadores de rádio, televisão ou jornal não tem consciência sobre quem está do outro lado, ouvindo, vendo ou lendo. Tivessem essa noção exata, não cometeriam barbaridades que se ouvem, veem e leem diariamente. Um exemplo disso me veio ao conhecimento nesta semana, em uma conversa ocasional com um vizinho. O relato que vou fazer é verídico, pelo que depreendi. Aconteceu em Porto Alegre. Não darei nomes dos envolvidos porque, hoje em dia, no final de tudo, mesmo com provas, quem erra se acha no direito de processar quem o critica. E, para mim, mais importantes são os fatos. Uma parte envolvida naturalmente é identificada por quem costuma ouvir rádio.
 Contou-me o vizinho que há três meses um pedreiro conhecido dele suicidou-se, por enforcamento, um dia depois de ter ouvido, em um programa radiofônico de grande audiência, algo que o chocou.  Com a palavra, o vizinho:
     “Esse meu amigo pedreiro andava com problemas de relacionamento conjugal. Trabalhava bastante, tinha um emprego fixo e fazia bicos nos fins de semana. Mas andava em constante atrito com a esposa. Enquanto ele estava no trabalho, a mulher costumava levar o filho pequeno a uma pracinha para brincar. Foi lá que ela conheceu outra mulher, que é lésbica. Essa mulher começou a botar coisas na cabeça da outra, sugerindo separação. O pedreiro suspeitou que as duas tivessem o caso. Tanto eu como esse meu amigo costumávamos ouvir com frequência a mesma rádio, que tem um programa sobre futebol na hora do almoço. Pois um dia, os participantes do programa abordaram o caso de um jogador de futebol que estava sendo traído pela mulher, que se apaixonou por um colega dele. Conversa vai, conversa vem, piada vai, piada vem, até que um deles disse o que, com certeza atingiu em cheio o meu amigo:
- Ser traído é coisa normal. Ser traído pelo colega de profissão é brabo. Mas o pior de tudo é perder a mulher para outra mulher. Aí, o cara tem que se suicidar. Todos riram muito, o autor da frase achou-se o cara mais criativo e inteligente do mundo. Tenho certeza absoluta de que ele estava ouvindo o programa naquele dia. Não perdia um.
 No dia seguinte, o pedreiro ficou com aquilo retumbando dentro da cabeça. Quando ele chegou em casa do trabalho, a mulher mais uma vez reclamou dele, eles se desentenderam, e ela ameaçou ir embora. No dia seguinte, um sábado, ele ligou para a irmã e avisou que não aguentava mais, que ia se enforcar. A irmã correu para a casa dele, mas, quando o encontrou, ele já estava pendurado.”
  Com certeza, nenhum dos integrantes desse programa conhece essa história, nem alguma outra semelhante que tenha acontecido. Se tivessem tomado conhecimento, certamente teriam argumentos para dizer que essa morte não teve nada a ver com eles. Eles precisariam disso para pôr a cabeça no travesseiro e dormir tranquilamente. Mas a vida é como ela é, como já dizia o dramaturgo Nelson Rodrigues. E alguns comunicadores são como são. Infelizmente. É triste. Muito triste.