domingo, 20 de dezembro de 2015

PARABÉNS AOS VENCEDORES DO PRÊMIO ARI

JORNALISMO IMPRESSO

1) Reportagem Geral

 Lugar 
Letícia Duarte 
Refugiados - Uma história 
Zero Hora

2º Lugar 
Paula Milano Sória Quedi 
Aids: O silêncio que mata - 
Jornal do Comércio 

Menção Honrosa
Larissa Franke Roso - Último Desejo - 
Zero Hora


2) Reportagem Esportiva
1º Lugar
Mauricio Tonetto 
O Submundo das Lutas
 Zero Hora
2º Lugar
 Carlos Rollsing 
Trago FC 
 Zero Hora
Menção Honrosa
 Rodrigo Martins de Oliveira 
Coronéis do Futebol – 
Zero Hora

3) Reportagem Econômica
Joana Colussi
1º Lugar
– Joana Colussi 
– Matopiba Tchê
 – Zero Hora 
2º Lugar
– Caio Cezar Cigana 
–  A CEEE por um Fio
 – Zero Hora
Menção Honrosa
 – Juliana Bublitz
 – Precatórios - Uma Longa Espera 
– Zero Hora

4) Reportagem Cultural
Cristina Ferraz Pasko
1º LUGAR 
Priscila Ferraz Pasko 
Vida de Artista na Terceira Idade 
Extra Classe

2º LUGAR – Cristiano  Dias Vieira
  – Sinfonia do Descaso –
 Jornal do Comércio

Menção Honrosa 
Luísa Roig Martins –
Não Deixe o Talian Morrer 
- Zero Hora


5) Crônica

Claudia Laitano

1° Lugar 
Claudia Laitano - 
Saudades do Brasil -
 Zero Hora

2º  Lugar 
Paulo Ricardo Cunha Mendes 
O Homem, o cavalo e o guri
Correio do Povo.

Menção Honrosa: 
Claudia Laitano – 
O Circo e o Shopping 
- Zero Hora



6) FOTO JORNALISMO

1° Lugar
 Júlio César Bello Cordeiro
Últimos Desejos
Zero Hora
2º Lugar
Mateus Bruxel
Inferno na Terra Prometida
Zero Hora
Menção Honrosa
Júlio César Bello Cordeiro
Guaíba Transbordou
Zero Hora

6) Planejamento Gráfico

1º Lugar
 Gilmar de Oliveira Fraga
- Vítimas de Abrigos 
- Zero Hora
2º Lugar
 Bruno Schmit
Caderno Planeta Ciência
Zero Hora
Menção Honrosa  
– GILMAR DE OLIVEIRA FRAGA
 – O QUE APRENDEMOS (OU NÃO) COM 0 7 A 1 
– ZERO HORA

7) Charge
          
1º Lugar
Neltair Rebés Abreu -
Pobre Rio Grande
Extra Classe.
2º Lugar 
– Gilmar de Oliveira Fraga
Toró de Ideias
Zero Hora
Menção Honrosa 
Neltair Rebés Abreu (Santiago)
Lei Áurea
Extra Classe

RADIOJORNALISMO

1) Reportagem Geral
1º LUGAR –
 José Renato da Silva Freiras Andrade Ribeiro
 – Filhos à Venda  – 
Rádio Santa Cruz AM

2º LUGAR- 
CID MARTINS – 
POR TRÁS DAS ESTATISTICAS CRIMINAIS –
 RÁDIO GAÚCHA

MENÇÃO HONROSA 
– MARIA EDUARDA FORTUNA
 – DCOMÉRCIO ILEGAL À EXPULSÃO DE MORADORES: O DESCONTROLE EM CONDOMÍNIOS DO MINHA CASA MINHA VIDA NA RESTINGA – RÁDIO GAÚCHA

0) Reportagem Esportiva

MENÇÃO HONROSA – GUSTAVO HENRIQUE HENEMANN – VÔLEI GAÚCHO EM 5 SETS – RÁDIO ABC 900AM

1º LUGAR – RODRIGO MARTINS DE OLIVEIRA – CORONÉEIS DO FUTEBOL – RÁDIO GAÚCHA
2º LUGAR – JOSE RENATO DA SILVA FREITAS ANDRADE RIBEIRO – FÁBRICA DE MÚSCULOS -  RÁDIO SANTA CRUZ AM

TELEJORNALISMO

01) Reportagem Geral

MENÇÃO HONROSA – VANESSA DA ROCHA GONÇALVES – CRIMINOSOS CRIAM QUADRILHA PARA ROUBAR CELULARES SOB ENCOMENDA E REVENDER PRODUTOS NO CENTRO DE PORTO ALEGRE – GRUPO RBS/TVCOM/RBSTV
2º LUGAR –  LÉO FLORES VIEIRA NUNEZ – ENCHENTE NO RIO GRANDE DO SUL – TVE RS
1º LUGAR – ANGELICA CORONEL COUTO – TVE REPORTER IMIGRANTES NO RS – PARTE 1 PARTE 2

02) Reportagem Esportiva


1º LUGAR – GLAUCO DE OLIVEIRA PASA - A GRANDE DECISÃO DE CAIO – RBS TV
2º LUGAR – LÉO FLORES VIEIRA NUNEZ – ESTÁDIO OLÍMPICO MONUMENTAL – TVE RS
MENÇÃO HONROSA – GUILHERME BERTUOL CANAL – AMÉRICA AZUL- 20 ANOS DA CONQUISTA DO BI DA LIBERTADORES PELO GRÊMIO – RBSTV PORTO ALEGRE

WEBJORNALISMO

1º LUGAR – JONATHAS DE ALMEIDA COSTA – TRAGÉDIA HISTÓRICA NO ANO DO CINQUENTENÁRIO – O ALVORADENSE
2º LUGAR – BRUNO SCHMITZ FELIN – MEMÓRIAS INJUSTAS – ZERO HORA
MENÇÃO HONROSA – JULIANA BUBLITZ – PRECATÓRIOS-UMA LONGA ESPERA – ZERO HORA

JORNALISMO UNIVERSITÁRIO IMPRESSO
1º LUGAR – CASSIANA MACHADO MARTINS – MAPA DO ESTUPRO – FAMECOS

JORNALISMO UNIVERSITÁRIO RÁDIO
1º LUGAR - CASSIANA MACHADO MARTINS – FEMINISMO NA PUBLICIDADE - FAMECOS

JORNALISMO UNIVERSITÁRIO TELE
1º LUGAR – RÉGIS DE OLIVEIRA JÚNIOR – FASE-MENORES INFRATORES - UNISC

JORNALISMO UNIVERSITÁRIO WEB
1º LUGAR – RAYSA PAULA OLIVEIRA GUAGLIARDO – NÃO SOMOS RIVAIS, SOMOS A REVOLUÇÃO - FAMECOS

CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL À COMUNICAÇÃO SOCIAL – PRÊMIO ANTONIO GONZALEZ
JORNAL JÁ EDITORA
ZERO HORA
JORNAL CORREIO DO POVO 120 ANOS  - REFORMA EDITORIAL E GRÁFICA
HOMENAGEM ESPECIAL A REVISTA GOOOL

HOMENAGEM ESPECIAL À AGÊNCIA PAIM

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

DEPOIS DE OITO ANOS, BIBLIOTECA É ENTREGUE AO PÚBLICO


Foi com muita alegria que tomei conhecimento de que a Biblioteca Pública Estadual reabriria ao público depois de longo tempo de reformas. Oito anos depois do início anunciado para a interdição do prédio, com parte do acervo encaminhado para a Casa de Cultura Mario Quintana, finalmente a população pode, desde ontem, novamente deliciar-se com a bela arquitetura neoclássica e com as joias dispostas nas prateleiras.
 Lembrei-me de um post que publiquei no meu blog Vidacuriosa em 2013, relacionando vários locais de Porto Alegre que viviam um período de eternos consertos e promessas de construção. Na lista estava, a Biblioteca Pública, a Cinemateca Capitólio, o incendiado Mercado Público e a nova ponte do Guaíba. A Cinemateca foi inaugurada também neste ano. O Mercado segue aguardando. E a ponte do Guaíba, que em alguns momentos separa e não une, como é o caso de permitir a passagem de navios pelo meio dela, já teve início, segue sozinha embora já tenha ocorrido o anúncio de início de nova ponte, mas, para variar, as obras estão paradas devido a problemas. Com certeza, como nos outros casos, o prazo de conclusão não deverá ocorrer na data programada. Para ver o post, clique em http://migre.me/spELs .

(Na minha correria diária, não pude fazer mais fotos que dariam a grandeza da biblioteca nem pesquisar outros dados para este post)

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

CUIDADO COM O MOSQUITO DA DENGUE E VIRUS ZIKA E DA FEBRE CHIKUNGUNYA

As notícias sobre a proliferação da fera chamada Aedes egypti, que agora ataca com novas armas, como um terrorista implacável, insistente e incansável nos ofensivas sempre surpreendentes, me lembraram de um post que publiquei no meu blog www.vidacuriosa.blogspot.com.br em 2013. Naquela época, descobri na Internet uma forma de construir armadilhas para mosquito. Como eu trabalhava em uma prefeitura da Região Metropolitana, ousei sugerir uma campanha contra a dengue (naquela época ainda não havia os vírus Zika e Chikungunya, nem a possibilidade de grávidas serem picadas pela mosquita e gerarem crianças com microcefalia). 
    A ideia era envolver a Vigilância Sanitária com a secretaria da Educação e fazer os alunos trabalharem sobre a questão da dengue e criarem uma armadilha para capturar os mosquitos Aedes egypti. Se cada criança levasse a armadilha para casa, a caça ao mosquito cobriria praticamente todo o território do município. Além da importância de alertar e lutar contra os mosquitos, daria uma boa repercussão positiva para a prefeitura. Mas o pessoal da Vigilância Sanitária não achou uma boa ideia. Os dirigentes dessa seção, especializados em zoologia, biologia e entomologia, alegaram que não teriam funcionários suficientes para desenvolver a campanha. Um deles achava até que precisaria ter um especialista para acompanhar cada aluno. Temia que as crianças derramassem a armadilha e libertassem os mosquitos capturados desde a larva contribuindo para aumentar a população dos insetos em fez de dizimá-los. Então desisti. Coloquei apenas no blog. Veja mais em  http://migre.me/soUUU e mais em http://migre.me/soVEb

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

SOBRE A FACILIDADE COM QUE ATRIBUEM AUTORIAS EQUIVOCADAS DE TEXTO NA INTERNET

Publiquei recentemente por aqui um post com uma comparação entre as antigas enciclopédias e a Internet. Um dos pontos era a facilidade com que muitas pessoas cometem plágios. Outra imbecilidade é pegarem um texto de alguém e atribuírem a alguma outra pessoa aproveitando-se da popularidade do nome escolhido. Descobri um desses casos recentemente. Chegou ao meu conhecimento um belo texto que começava com "Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de amoras."O texto era atribuído a Mário de Andrade. Depois li o mesmo texto com autoria creditada para Rubens Alves. Decidi investigar e descobrir que a poesia não é de nenhum dos dois citados, mas sim do teólogo Ricardo Gondim, de 61 anos. Alguém pegou o texto do blog de Ricardo, suprimiu partes em que falava sobre objetos e coisas modernas, trocou as jabuticabas por amoras e inventou que o autor era Mario de Andrade. Até mesmo o ator Antonio Abujamra, quenos deixou nesse ano, havia gravado o texto acreditando de que era de Mario de Andrade. Se alguém tiver alguma informação nova, por favor me ajude.

Tempo que foge!
Ricardo Gondim

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não vou mais a workshops onde se ensina como converter milhões usando uma fórmula de poucos pontos. Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio.
Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos parlamentares e regimentos internos. Não gosto de assembleias ordinárias em que as organizações procuram se proteger e perpetuar através de infindáveis detalhes organizacionais.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de “confrontação”, onde “tiramos fatos a limpo”. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário do coral.
Já não tenho tempo para debater vírgulas, detalhes gramaticais sutis, ou sobre as diferentes traduções da Bíblia. Não quero ficar explicando porque gosto da Nova Versão Internacional das Escrituras, só porque há um grupo que a considera herética. Minha resposta será curta e delicada: – Gosto, e ponto final!
Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: “As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos”. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos.
Já não tenho tempo para ficar dando explicação aos medianos se estou ou não perdendo a fé, porque admiro a poesia do Chico Buarque e do Vinicius de Moraes; a voz da Maria Bethânia; os livros de Machado de Assis, Thomas Mann, Ernest Hemingway e José Lins do Rego.
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita para a “última hora”; não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja andar humildemente com Deus. Caminhar perto dessas pessoas nunca será perda de tempo.


Mais sobre "plagios" em http://migre.me/smZvf

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

REFLEXÕES NA LONGA CAMINHADA

Existem dois tipos de idosos: os que enfrentam doenças físicas ou mentais graves que lhes tiram a autodeterminação e os relativamente saudáveis. Entre estes últimos há também dois grupos: O primeiro é o que conjuga o particípio passado do verbo ir: já se sente "ido" ainda que tenha ficado. Ele (ou ela) vive o que já foi, curte novamente as coisas boas e sofre de novo com as coisas ruins. Alguns deles seguem um ciclo vicioso, entregam-se ao sedentarismo que os leva a doenças, que, por sua vez, os mantêm na inatividade. Eles acham que não têm mais chances de novas aventuras, negando-se a correr os riscos do presente mesmo em coisas que não lhe exijam as mesmas forças que tinham na juventude e na maturidade. Isso porque seus gostos ficaram lá em uma esquina esquecida do tempo. Eles negam-se a acompanhar as evoluções do presente como as novas tecnologias e acreditam que têm pouco futuro. E não entendem que o futuro é imprevisível: o fim pode se dar amanhã, ou muitos anos depois. A morte, como qualquer criança descobre facilmente não foi feita exclusivamente para os velhos.
O segundo tipo de idoso é o que, mesmo tendo ido por tantos caminhos por tanto tempo, segue gerundiando na vida. Sabe que precisa se manter atualizado para combater preconceitos, procura aprender novas técnicas e novas informações. Só mergulha no passado, quando precisa buscar algo, seja uma lembrança boa, seja uma informação importante, como quem joga um balde no poço para buscar a água do saber. A experiência é uma ajuda que os jovens ainda não vivenciaram e que podem obter diretamente com os velhos. O idoso inteligente é o que conhece os limites que pode superar e se prepara para isso com fé e persistências necessárias. Ainda que as agruras que a longevidade possa causar ao corpo e à mente, ele busca meios de burlá-las para marcar gols e atingir a meta da felicidade enquanto o Grande Árbitro da partida não soar o apito final.

sábado, 5 de dezembro de 2015

PREMIO ARI 2015

domingo, 29 de novembro de 2015

REFLEXÃO EM MAIS UM DOMINGO DE FOLGA

Ser feliz, em qualquer idade, é entender que a vida humana segue um ciclo como acontece com tudo o que nos rodeia. Metaforicamente, o Sol nasce, brilha em momentos em que não há nuvens espessas, e morre. E ressuscita no dia seguinte para repetir incansavelmente a sua saga, de leste a oeste pelo céu. Isso ocorre relativamente aos nossos olhos e outros sentidos. Porque ele segue vivo, fazendo a sua performance no outro lado do mundo.
Ser feliz é viver entendendo que a gente não tem capacidade para compreender tudo e que o negócio é conviver com o que se sabe de útil, procurando, sem angústias, mais informações. É concordar com Sócrates, o pensador grego, não o jogador de futebol, que tinha consciência de que havia infinitamente muito mais coisas que ele desconhecia. Há que acreditar em algo sem se deixar levar por falsos profetas ou supostos líderes com seus interesses egoístas escondidos.
A única coisa clara, cristalina, é o fim do ciclo, que chamamos morte e que se dá, inevitavelmente para tudo o que nos cerca. O templo de duração de cada vida, seja humana ou não, é que varia e, se há recomeços e motivos, ou não, isso é um mistério que o ser humano talvez nunca descubra.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

REFLEXÕES NA MADRUGADA

Não há tristeza que resista nem obstáculo que paralise quando te negas a te recolher ao casulo antes isolador do que consolador. A frase do espanhol Ortega Y Gasset de que "o homem é ele e sua circunstância" é perfeita. Quem convive com pessoas alegres ainda que tenham motivos para ficar tristes, acaba ficando feliz também. Uma dessas pessoas é o dono de uma fruteira do meu bairro. Ele e o irmão, Roque, são descendentes e italianos, mas os vizinhos chamam o estabelecimento de "Fruteira dos Alemão". Natural de Lajeado, José Inácio já foi assaltado, levou tiro na altura da coluna, passou um período em cadeira de rodas e hoje usa muletas. Mesmo lamentando o temor de trabalhar sem segurança, na tensão e no medo de ser novamente assaltado, tem sempre um sorriso e uma palavra amiga para os clientes. E, para os palhaços como eu, sempre uma piada e a espera de outra piada. Ontem de manhã, me contou esta, que eu já conhecia, mas eu ri de novo.
"Sujeito deu carona a uma bela mulher na saída de Porto Alegre. No meio do caminho, ela levantou um pouco a saia, que já era curta, mostrando as belas pernas.Ele não resistiu: simulou que ia fazer uma mudança no câmbio e botou a mão em uma das pernas dela. A jovem sorriu e disse:
- Se quiseres, podes ir mais longe.
Quando ela se deu conta, já haviam passado de Torres, já na divisa com Santa Catarina.

domingo, 22 de novembro de 2015

REFLEXÃO NA MANHÃ DE GRE-NAL

Uma das coisas que noto em alguns seres humanos é a incoerência e a incapacidade de observar o que está fora do perímetro do seu próprio umbigo. A pessoa diz que ama os cães e tão logo o seu time conquista um título ou o seu adversário perde, sai a soltar foguetes. Se você me perguntar o que uma coisa tem a ver com a outra, você é uma dessas pessoas. Ou não.

UMA HISTÓRIA DE AMOR E DE TRAGÉDIA

Dois anos depois que ele havia sofrido o maior revés da sua vida amorosa ao se separar da mulher, por conta de tantos desencontros, mantinha-se firme no seu propósito de não mais se apaixonar nem se envolver em qualquer relacionamento. Sua cota de confiança nas mulheres era mínima. Até o dia em que passeava pelo aeroporto e se encantou com uma funcionária de uma locadora de automóveis.
  Ontem, ao ver um avião cruzando o céu sobre o pátio de casa, lembrou-se de uma das mulheres que mais o marcaram. Seu pensamento voltou-se para aquele dia em que a viu pela primeira vez. Morena, um pouco tímida, olhos claros, lindos, cabelo preto, crespos. não curtos nem compridos, magra, mas não muito, a jovem o tocou tão profundamente que ele decidiu transformá-la no novo amor da sua vida, abdicando daquela decisão inicial de nunca mais experimentar um relacionamento. A primeira ideia foi abordá-la diretamente, mas ficou com medo de ser rejeitado. Afinal, na única vez que ela o viu, não demonstrou qualquer sentimento que não fosse o de uma funcionária de uma empresa a um possível cliente. Por isso, tratou um plano diferente e ousado. Se iria dar certo ou não, só a tentativa responderia. Antes isso, por alguns dias, foi se informando sobre ela. Notou que não usava alianças, deduzindo que não era casada nem noiva. Nem lhe passou pela cabeça que pudesse não dar bola para convenções. Também percebeu que nenhum homem a esperava à saída do trabalho, exceto um jovem bem mais moço do que ela. Como os dois eram muito parecidos, concluiu que o rapaz era irmão dela.
 No dia em que o plano seria executado, ele tomou o banho mais bem tomado de sua vida, o mais longo e o mais cuidadoso possível. Fez a barba com esmero penteou o cabelo, repartindo-o para o lado direito e perfumou-se com discrição e caprichou no desodorante. Escovou os dentes com galhardia, ou melhor, com a pasta da melhor qualidade que encontrou. 
Antes de chegar ao aeroporto, passou em uma floricultura e escolheu um ramalhete com as mais belas gérberas que havia. Pegou um cartão e colocou um nome que escolhera ao acaso, torcendo que não coincidisse com o nome dela, que ainda desconhecia. No cartão, escreveu duas frases caprichando na caligrafia e na gramática.
"Marina,
Já que decidiste sair mesmo da minha vida, leva estas flores como uma última e boa lembrança minha. Se quiseres voltar, sabes que o meu telefone é (51) xxxx-xxxx." No banheiro do aeroporto, treinou por alguns minutos uma fisionomia de surpresa antevendo o que aconteceria. Depois, conferiu e revisou sua aparência e vestimentas e olhou outra vez para o espelho na despedida. A sua imagem repetida dublou o som de sua voz que deixava um incentivo:
- Vai que é tua, Taffarel  - lembrando-se da Copa do Mundo.
  Tenso, foi ao saguão principal e a viu em um canto. Ela recém havia saído da locadora e se preparava para ir embora. Ele chegou pelas costas dela e enlaçou-a com a mão direita, segurando o buquê de flores na esquerda e a beijando no pescoço. Assustada, ela se desvencilhou dele e desferiu-lhe um tapa no rosto. Ao mesmo tempo, ela estranhou a cara de surpresa que ele fez. Ele então pediu-lhe desculpas e alegou que a confundira com uma pessoa extremamente parecida com ela, mesmo tipo de cabelos e roupas. As flores e o tom do pedido de desculpas a levaram a entender que havia mesmo ocorrido um engano.
      Ele afirmou que havia ido ao aeroporto para se despedir de uma ex-namorada. Acrescentou que, diante do lamentável equívoco e do seu constrangimento, entregou a ela o ramalhete de flores dizendo que ficara desconcertado e que desistira de fazer a despedida que pretendia. Ela segurou as flores e ficou estática por alguns segundos, enquanto ele saía rapidamente do local.
  Em casa, à noite, diante do espelho, ele apalpava o rosto e sorria ao olhar o vermelhão que o tapa lhe produzira e ficou feliz porque era algo dela que ficara com ele. Mais tarde, depois de ler e reler o cartão, ela decidiu telefonar. A primeira palavra que ela falou foi "desculpa", os dois conversaram e marcaram um encontro no dia seguinte. Um mês depois, decidiram "juntar os trapinhos" como ela disse, relembrando os tempos em que morava em São Gabriel. Os dois fizeram questão, porém, de uma cerimônia simples, apenas para familiares. Nesse dia, ela disse uma frase marcante: "Vamos ser felizes até que a morte nos separe". E ela estava certa. Seis anos depois, no dia 17 de julho de 2007, ela viajou para São Paulo para visitar uma tia. Pouco depois das 19h, ele viu o noticiário da televisão informando que o voo 3054 da TAM terminara em acidente, ao aterrissar na capital paulista com 187 pessoas a bordo. Nenhuma sobreviveu.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

REFLEXÕES EM UMA MANHA CHUVOSA

Uma pessoa sábia é aquela que compra um guarda-chuva na bela manhã e sol subsequente ao temporal que destruiu seu equipamento protetivo. É a mesma pessoa que reconhece a importância dos bombeiros mesmo em cidades onde não são comuns os grandes incêndios. Se não há tragédias, possivelmente seja resultado do trabalho correto de prevenção.

domingo, 8 de novembro de 2015

AVOLICES DE NOVEMBRO

Minha neta vai crescendo e mudando a forma de me deixar sem respostas para algumas perguntas. Agora, aos 10 anos, vive pra lá e pra cá com um dicionário. Hoje veio me mostrar o que significa gêmeos e a fruta toranja. De repente, me chamou e disparou uma das suas perguntas mais complicadas:
- Vô! Se Deus criou as pessoas e todas as coisas, quem criou ele? Ele mesmo?
Pensei um pouquinho e respondi sem nenhuma convicção:
- Não sei, Luísa. Quem sabe foi outro Deus.

sábado, 31 de outubro de 2015

AVOLICES DE FIM DE OUTUBRO

Meu Pequeno Chefe está concentrado nos joguinhos no meu laptop. De repente, me chama:
- Vô, chama a Luísa?
- O que tu queres com ela, Raphael?
- Preciso que ela me ajude com o jogo do carrinho.
- E por que tu não vais lá no quarto chamar ela?
- Porque daí tu pega o computador.

DA VIDA PREGRESSA DO AMIGOMEU

Amigomeu, antes de casar, namorou mulheres de todos os tipos: morenas, 
negras, louras, ruivas, indígenas, orientais, de quase todas as cores às quais
o Martinho da Vila referiu. Mas a que mais fez o meu amigo feliz por algum
tempo foi uma loira de farmácia. Ele ganhava descontos fabulosos nos 
medicamentos além de balinhas de menta.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

HOMENAGEM AO NICO FAGUNDES NA RUA DA PRAIA

A Rua da Praia é como um rio que no dia seguinte já não conta com a mesma água. Batizada de Rua dos Andradas, é conhecida mais popularmente pelo nome antigo, do tempo em que o Guaíba não havia sido aterrado e empurrado, estreitado na direção da cidade homônima. Berço dos casais açorianos, é ainda a principal via de Porto Alegre, foco de grandes histórias, algumas tristes, outras engraçadas, mas quase todas elas fantásticas. Cheia de ladrões misturados a gente decente, a Rua da Praia que já foi local de footing (local de caminhadas recheadas de fofocas, namoricos e golpes.  
           Na terça-feira, a Esquina Democrática, onde os nomes do Borges de Medeiros e dos irmãos Andradas se cruzam, foi palco de uma homenagem ao folclorista, antropólogo, radialista e apresentador de televisão nascido em 4 de novembro de 1934, em Alegrete, e falecido em Porto Alegre, em 4 de junho deste ano. O também alegretense Derli Vieira da Silva, o Chapéu Preto, apresentou uma escultura em madeira que criou para lembrar o conterrâneo autor da letra da música Canto Alegretense.
            - Em janeiro deste ano eu decidi homenagear o Nico Fagundes, autor do hino do Alegrete. Levei seis meses para terminar a obra. Em junho, o Nico morreu e decidi divulgar a escultura. Não é parecido com a fisionomia dele, é apenas uma homenagem pelo grande homem que ele foi.
  A obra, apelidada de Nico pelo autor, tem dois metros de comprimento. Chapéu Preto mostrou-a na Rua da Praia em cima de uma espécie de triciclo que o próprio escritor construiu e o chamou de Cascamóvel Atômico. Em Alegrete, o triciclo é puxado a burro. Na Capital, o próprio Derli o puxa, como ontem, quando desfilou com a sua homenagem pela praça da Alfândega. Depois de estar na Capital, Chapéu preto vai voltar para o Alegrete onde manterá a estátua em exposição no seu ateliê. Na Capital, o artista tem uma outra escultura em exposição. É "O Carteiro", erguido a pedido dos Correios no Bairro Serraria.