sábado, 19 de fevereiro de 2011

UM MOMENTO TRISTE QUE SERVE PARA MEDITAÇÃO

Acabei de perder, na sexta-feira, dia 18, uma das pessoas que eu mais admirava e amava. Minha irmã Dóris morreu, aos 63 anos, no Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre, vítima de câncer de mama. Além de expressar minha dor, aproveito este espaço para fazer um sério alerta às mulheres: não se distraiam nos sinais de doenças, não guardem para si seus sintomas, não tentem esconder como se, com isso, o problema deixará de existir. Displasia mamária, como todo mundo sabe, tem chances enormes de ser curada desde que detectada a tempo. Incompreensivelmente, a Dóris não foi atrás do atendimento e, mesmo indo ao médico, não revelou o carocinho que surgira, mesmo quando provavelmente já sabia que se tratava de um tumor. Quando os médicos tentaram salvá-la, já era muito tarde, desgraçadamente muito tarde.
 Dóris era uma pessoa de um enorme coração. Sempre se preocupava com os outros e nunca negou uma ajuda. Quase todos os cinco irmãos, em algum momento, moraram na casa dela, e o mesmo aconteceu com uma série de cunhados. Nascida em Bagé, em 14 de agosto de 1947, Dóris casou-se com um vizinho de infância, outra pessoa dotada de uma alma especial, José Luiz Funari Pradier. Teve três filhos, sete netos e um bisneto.
Teve momentos de felicidade, mas também sofreu muito. Em 2005, perdeu um dos filhos, Luiz Augusto Nunes Pradier, vítima de um acidente de moto em Candiota. Dois meses depois dessa tragédia, perdia o marido, que sofreu um enfarte. Antes, em 1999, depois de cuidar da mãe, Ítala, com câncer de intestino, viu-a morrer no Hospital da PUC, na Capital. O pai, Walter, teve Alzheimer e outras doenças, foi cuidado com um amor desmedido pela Dóris e morreu em 2003, aos 81 anos.
  Relembro momentos lindos na minha infância, quando ela, com uma diferença de sete anos a mais, me ajudava nas lições e nas brincadeiras. Até teatro improvisávamos. É claro que nunca vou esquecê-la, assim como tenho certeza de todos os que a conheceram sempre vão se lembrar da pessoa maravilhosa que ela foi. Que sua alma siga em paz, velando por nós, que a amamos tanto.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

SE RIR É O MELHOR REMÉDIO, UMA HOMENAGEM AOS DOUTORES DO RISO

                                             Atualizado em 9/9/2011
       O tema de hoje é a sogra, a personagem preferida dos humoristas. Não é a mãe de ninguém, é que nem mãe de juiz. Escolhi as pérolas a seguir do manancial de piadas de três humoristas gaúchos: Paulinho Mixaria, Guri de Uruguaiana e André Damasceno:


 Sogra não pode morar nem muito perto para não vir de pantufas nem muito longe pra não vir de malas.
Sogra é que nem onça.Todo mundo defende a preservação da espécie, mas ninguém quer ter ela em casa.
Para minha mulher não reclamar, eu disse que ela era uma pessoa mais sortuda que eu porque a sogra dela é muito melhor do que a minha.
 Não tenho nada contra as sogras. A sogra da minha mulher, por exemplo, eu adorava.
  Mandei fazer todas as peças redondas na minha nova casa. É que minha sogra perguntou se quando eu me mudasse não haveria algum cantinho para ela ficar.
Minha sogra apareceu lá em casa e disse que iria ficar até a gente enjoar dela. Aí perguntei: mas a senhora não vai tomar nem um cafezinho?
Sogra é que nem trator. Pro serviço é bom,  mas pra passear não serve.
Não se deve casar com mulher cuja mãe tem o nome de Esperança. É a última que morre.
Parachoque de caminhão: Só não mando minha sogra para o inferno porque tenho pena do diabo. 
    Vocês tão achando muita maldade? Então eu pergunto: alguém aí tem foto da sogra na carteira?




                                PAULINHO MIXARIA
Paulo Roberto Alves da Silva, nasceu em Taquari no dia 5 de outubro de 1969. Aos quatro anos de idade e foi morar em Parobé, onde ficou até os 18 anos. Depois, se mudou para Gramado onde vive até hoje. Começou a compor poesias e músicas aos 11 anos de idade tendo lançado quatro livros, três deles de poesias regionais gaúchas e um de piadas e sonetos. Todos de produção independente e esgotados. Mas sempre teve o sonho e a vocação para ser humorista.
Ele nos conta sua história com suas próprias palavras:
ndo eu tinha quatro, talvez cinco anos de idade, assisti pela primeira vez a um palhaço de circo atuando. Eu não sabia, até então, que existiam pessoas que faziam os outros rirem. Aquilo me encantou porque desde as criancinhas de minha idade, passando pelos adolescentes até os idosos riam juntos ao mesmo tempo e das mesmas coisas. Aquela magia do riso tomou conta de minha alma e não tive dúvidas, daquele momento em diante tive a certeza que meu destino seria este: fazer os outros rirem.
Na escola já fazia teatrinhos, sempre de humor, nunca gostei de drama, pois acho que quando uma pessoa sai de casa para ir ao teatro é porque quer, ou precisa, se divertir, então ela precisa voltar pra casa bem melhor de que quando saiu. E o drama, na minha ideia, só piora, não é?
  Eu sempre me preocupei em fazer humor sem palavrão. Não sou puritano, mas, pra mim, humor é cultura e assim pensando, acho ridículo fazer um show de humor e dizer que criança não pode entrar. As crianças, mais do que nós adultos, precisam sorrir e ser feliz. Eu ficava louco da vida quando queria assistir aos shows de humoristas e não me deixavam entrar. É só usar de criatividade que dá pra fazer rir sem apelar pra baixaria. Mas tem que ter pra usar, né?
Em Gramado, tínhamos um grupo de dança que se apresentava em churrascarias e eu sempre procurava um espaçozinho para contar alguns causos. Depois comecei a trabalhar em hotéis e restaurantes, fazendo versos de improviso e contando causos e piadas. Até que, em 1997, gravei meu primeiro CD de piadas "Paulinho Silva e… As Grosserias do Tio Juca", vendia nos shows para melhorar minha renda, já que com o cachê que os restaurantes e hotéis pagam fica difícil de viver da arte. O sucesso só veio pra mim quando lancei meu quatro CD, "A Fotocópia da Maleza" em dezembro de 2002.

                        "Mas vão rachá lenha"

De lá pra cá nunca mais parei, graças a Deus. Íamos às rádios e, salvo raríssimas exceções, não queriam meu CD nem de graça. E muitas das rádios só rodavam se eu pagasse. Eu pensava: "Vão rachar uma lenha, eu quero ver quando os artistas fortes começarem a cobrar das rádios para rodar eles, o que as rádios vão fazer, falar o dia inteiro?" Fiquei traumatizado e até hoje não me sinto à vontade dando entrevistas em rádios, parece que me bloqueia as idéias e não faço nada direito. Já fui convidado a participar de alguns programas de TV em rede nacional entre eles Hebe, Gilberto Barros e Show do Tom. Valeu a experiência…
No total, já lancei 6 CDs. Estou escrevendo um livro contando as minhas aventuras e desventuras para chegar até aqui, conseguindo lotar teatros por quase todo o Brasil, sem ter padrinho e nem apoio da grande mídia, pois creio que servirá de exemplo pra muita gente que grava um disco e fica olhando pro céu esperando que o sucesso caia de alguma nuvem.


Para contratação de shows, contato para (54)3286-4258, (54)9933 1822 E-mail: magra.mari@gmail.com



    JAIR KOBE
      O Guri é de Uruguaiana, mas Jair Kobe, seu criador, é natural de Porto Alegre. Nascido no século passado, no dia 6 de setembro de 1959, Jair casou-se com Silvia Helena dia 5 de abril de 1986 e tem duas filhas: Rafaella, de nove anos, e Júlia, de cinco anos. É de uma família grande (sete irmãos, todos com J, para comprovar a procedência) e, por incrível que pareça, todos se dão bem. Herdou de seu pai o bom humor e a musicalidade, e de sua mãe a tranquilidade. Cursou três faculdades: Análise de Sistemas, na PUC (79/81); Música, na UFRGS (80/82); e Ciências Contábeis, na UFRGS (81/83). Obviamente, não terminou nenhuma delas…
Trajetória
- 76 a 82 - Jair trabalhou em escritório de contabilidade;
- 82 a 86 - Vendeu roupas (que chique) como sacoleiro;
- 86 a 95 - Tornou-se dono da boutique Atmosfera (cansou de ser sacoleiro) e do restaurante Catamarã, em Capão da Canoa, mesmo sem saber cozinhar;
- 1995 - Trabalhou em uma agência publicitária, na qual atendia a clientes e criava até 2001 .
- Realizou e apresentou eventos como "Concurso de Cães", "Domingo na Praça" e "Concursos de Beleza".
- 1997 - Tornou-se fotógrafo profissional e cobriu o Festival Internacional de Cães em Milão, na Itália, em 2000;
- 2001 - Depois de passar por tantos trabalhos na vida, Jair descobriu seu talento reprimido ao apresentar o show "Seriamente Cômico", no Teatro Ipê, ingressando a partir de então na carreira artística. Está na vida de comediante até hoje.





Site: http://www.jairkobe.com.br/



      ANDRÉ DAMASCENO
    Engenheiro civil e professor de matemática, André Damasceno ficou nacionalmente conhecido quando interpretou o personagem Gaúcho do Bonfa na Escolinha do Professor Raimundo. Em 1993, foi eleito Revelação de Humor pela Rede Globo de Televisão. Um dos aspectos que diferencia seu trabalho é a criação dos próprios textos.
62 Caricaturas de Personalidades
Destaques: Leonel Brizola, Lula, Silvio Santos, Pelé, Clodovil, Lima Duarte, Alexandre Frota, Juca Chaves, Chico Anysio, Agildo Ribeiro, Lúcio Mauro, Paulo Henrique Amorim, Jânio Quadros e Gil Gomes.
22 Personagens Próprios
Destaques: Magro do Bonfa (gaúcho), Flavinho (jogador de futebol), Finco (mentiroso), Odair Edson (locutor de FM), Manezinho da Ilha (morador de Florianópolis) e Joel (o mineirinho).
Na televisão: De 1993 a1995, escolinha do Professor Raimundo
De 1999 a 2001- Turma do Barulho, Rede Record
Damasceno fez sucesso comn a imitação do ex-presidente Lula no Programa Zorra do Total, da TV Globo
Site: http://www.andredamasceno.ato.br/


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Além desses três humoristas, faço aqui uma homenagem a todos os outros humoristas gaúchos, entre eles o Carlos Henrique Iotti, dono do engraçadíssimo personagem Radicci, o Alemão Von Mitzel (Olídio Volpato) e o Batata Pimentão (Luiz Carlos Medeiros Albuquerque), os três participantes do Programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha.

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