segunda-feira, 30 de setembro de 2019

RIR É SIM O MELHOR REMÉDIO

Quando eu acordo triste, meio desesperançado da vida, eu uso um remedinho pra mudar o meu astral. O nome é YouTube. Basta escolher na embalagem a dosagem correta e estou salvo. Sempre ouvi falar que rir é o melhor remédio. E é verdade. Quando o astral está bom, eu uso música, que é para manter a boa sensação. Quando não está, e às vezes quando está, uso boas doses de humor. Um dos medicamentos é nordestino. É um paraíba da Paraíba mesmo, um cabra da peste chamado Ariano Suasuna, que já se foi mas não se foi. E, com ele, rio tanto como se navegasse num rio de felicidade.





terça-feira, 10 de setembro de 2019

A ARTE MUSICAL NA RUA DA PRAIA

Mais uma joia musical colhida nos canteiros dos jardins da Rua da Praia. Eu ia passando pela esquina com a Rua Doutor Flores quando ouvi a música do Raul Seixas. Meus pés pararam, meu pescoço e orelhas se viraram para que eu pudesse ouvir melhor. O som era do baiano Rangel Roza, 32 anos. Quando ele acabou tocar a música do Maluco Beleza, ele passou a executar "As Rosas Não Falam", outra preferida minha, de autoria do Mestre Cartola. Quando parou de tocar, meu espírito de repórter foi buscar as informações.
   Rangel Roza está em Porto Alegre há cinco anos. Advinhem por que esse baiano chegou à capital dos Pampas e ficou por aqui? Acham que tem mulher na parada? Pois tem. A responsável pela permanência de Rangel em Porto Alegre foi uma gaúcha que o conheceu em Salvador e o arrastou para o Sul. Curiosamente, repete-se o motivo de outro músico que toca Raul, o paulista Igor Fernando, cujo trabalho, história e fotos apresentei aqui no VidaCuriosa. Igor também teve o coração pealado por uma gaúcha há mais de cinco anos e por aqui ficou. A diferença que Igor toca Raul mais original, Rangel dá à música do Maluco Beleza uma levada reaggae. 

terça-feira, 3 de setembro de 2019

AMIGOMEU APRONTANDO NA PRAÇA DA ALFÂNDEGA

O Amigomeu Silva da Silva, vocês sabem, é uma grande figura. Uma mistura de Sancho Pança com Don Quijote de La Mancha. Como é nascido e meio que crescido na solidão da campanha gaúcha, tem esse espírito aventureiro e interativo com as pessoas. Muitas das vezes se dá mal.
No dia do meu aniversário, que não teve festa nem bolo, o amigo meu foi lá em casa no dia 30, me dar um quebra-costelas, como ele diz. E receber também um abraço, já que nascemos no mesmo dia, mês e ano.
Entre um chimarrão e outro, conversamos sobre as trapalhadas do presidente e ele me contou de suas próprias trapalhadas.
Me dizia ele que, na semana anterior, caminhava pela Rua da Praia, quando teve a sua atenção despertada para um grupo que participava de um jogo de tabuleiro sobre os bancos, entre a banca de revistas Vera Cruz e as estátuas dos poetas Drummond e Quintana.
Curioso, aproximou--se do grupo e perguntou, com aquele jeito dele:
- Ainda que mal lhes perguntem, mas como é o nome desse jogo aí?
- Um baixinho que estava na ponta do grupo que assistia à partida disputada por um gordo de bigodes e suspensórios e um magro alto de bigode fininho, perguntou?
- Tu não é daqui?
- Não. Sou bagual dos campos de Seival. Vi esses dois com um bando em volta que nem "os corvo nas carniça" e fiquei curioso. Como é o nome desse jogo tchê?
É claro que ele sabia o nome mas estava meio sem ter o que fazer, já havia lavado a louça em casa e dado ração pro cachorro e não era homem de passear com cachorrinho na rua, decidiu dar umas risadas.
Para se livrar logo do chato, ou pelo menos fazer o gaudério calar a boca, um dos integrantes do grupo explicou:
- Isso aqui é jogo de damas.
- Amigomeu então complementou:
- A la maula, tchê. Se é jogo de damas, por que é que só tem cavalheiro?
Se não tivesse um brigadiano no local pra apartar, Amigomeu estaria apanhando até agora. Que "cosa"!

Foto meramente ilustrativa