sexta-feira, 4 de setembro de 2020

PATROCINADO PELA INSÔNIA NA QUARENTENA

         A bicicleta ergométrica, prima da original, que é aventureira, lépida e faceira, é uma espécie de símbolo da quarentena, do fique em casa, ainda que seu inventor, ou adaptador, que um dia descobrirei quem foi, certamente não tenha se inspirado em confinamento e distanciamento social forçado por pandemia. A original tem inúmeras vantagens, como o sabor da liberdade, o suave vento no rosto, bulindo com os cabelos de quem ainda os têm. Leva a vantagem da maravilha de cenário, em lugares privilegiados pela natureza. Mesmo que o ergociclista monte um telão pra projetar as mais belas imagens do Planeta, não é a mesma coisa.

      Mas a ergométrica também tem seus detalhes que superam sua prima. A principal delas é a segurança. A chance de colisão com outra ergométrica é absolutamente zero. Abalroamento de um carro é quase impossível, para não se desprezar os motoristas bêbados que invadem casas. Também protege o ciclista da chuva e do frio. E de assaltos. A principal importância é combater o sedentarismo, que engorda. Para os mais preguiçosos, a grande vantagem da ergométrica é que, diferentemente da bicicleta de rodas, você não precisa voltar quando estiver muito cansado ou quiser interromper o exercício para fazer outra coisa. Seja o tempo que for do início das pedaladas basta parar que já está em casa.



Um comentário:

  1. Nem a ergométrica, que me machuca a buzanfa, nem a prima dela, que não sei bicicletar. Me resta caminhar, bípede que sou, contar com a sorte que até agora me acompanhou por estas ruas de São Paulo. Abração!

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