Adoro trocadilhos. Não aquele de pé quebrado, incompreensível que a gente até usa nas batalhas verbais com outro amigo viciado nessa arte, o chamado trocadilho infame. Gosto do trocadilho denso, criativo, surpreendente e bem-humorado. Admiro o trocadilho que surge de repente, no decorrer de uma conversa até mesmo séria. Quando não surge um trocadilho, para combater a abstinência eu mesmo crio um, especialmente em madrugadas de insônia. Julguem-me à vontade.
"Uma réstia de luz do sol entra por um cantinho da janela e dá à sala da casa, naquela manhã,, um ar cênico. Assemelha-se ao cenário ainda vazio de uma peça de teatro. Na parte mais alta da estante, protegido das crianças, ao lado de um livro aberto, jaz um vidrinho de veneno. É arsênico. Na vida real também está para começar uma tragédia.
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