sexta-feira, 29 de maio de 2009

SÓ NÃO ESTAMOS NO FUNDO DO POÇO PORQUE O POÇO NÃO TEM FUNDO

Quando a gente pensa que já viu tudo e acha que uma situação já é tão ruim que não pode piorar, eis que surge algo que apaga essa ideia. Foi o que aconteceu na semana passada. A soltura por parte da Justiça de ladrões de caminhões após prisões em flagrante em Canoas é um marco do caos no qual está se transformando a segurança gaúcha. É inaceitável a alegação de que os presídios estão superlotados e de que os criminosos presos não praticaram violência ou ameaça para cometer os furtos. Não teria sido violência o que sofreram os donos do caminhão (especialmente aqueles que usavam o veículo para sustentar suas famílias)? E, se olharmos por esse prisma, os grandes estelionatários que destrem este país não merecem ficar atrás das grades.
Eu entendo a posição do juiz de forçar a solução desse problema grave dos presídios. Mas é preciso encontrar urgentemente uma solução para o problema e não aumentar a insegurança da população. A decisão de liberar presos, embora os motivos sejam aceitáveis, não só aumenta o sentimento de impunidade, como acelera o número de criminosos em liberdade. Cadeia foi feita, em primeiro lugar, para segregar quem não tem a consciência de que pode fazer o que quer sem pensar nos direitos dos outros. Mais do que punição,a privação da liberdade deveira impedir a continuação dos crimes. E se eu já estava preocupado com a repetição continuada de foragidos do regime semiaberto envolvido com crimes, fico ainda mais perplexo.
Não posso deixar de observar que a população sofre sempre duas vezes quando o Estado e a totalidade do povo não cumpre suas suas obrigações. Sempre que é reivindicada alguma coisa, ainda que justa, a maneira de pressionar atinge colateralmente as próprias pessoas. São ônibus que param, são ruas trancadas, serviços que não funcionam.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

PARA QUEM GOSTA DE DESCOBRIR A ORIGEM DAS PALAVRAS

Capela é uma pequena igreja. Segundo a maioria dos estudiosos, a palavra é diminutivo de capa_ o nome teria sido aplicado a um santuário onde se achava a capa de São Martinho de Tours. Nos palácios reais, havia um armário onde se guardavam as capas dos nobres, chamada cappela. (Do livro Curiosidades, como se aprende, distraindo-se, de autoria de Valmiro Rodrigues Vidal, editado em 1963)
Quem era São Martinho de Tours? Segundo a wikipédia, ele era filho de um tribuno e comandante do exército romano. Nasceu e cresceu na cidade de Sabaria, Panónia (atual Hungria ), em 316, sob uma educação da religião pagã dos seus antepassados, deuses mitológicos venerados no Império Romano. Aos 10 anos de idade, entrou para o grupo dos catecúmenos (aqueles que estão se preparando para receber o batismo). Aos 15 anos de idade, e contra a própria vontade, teve de ingressar no exército romano e dirigir-se para a Gália (região na atual França). Foi nessa época que ocorreu o famoso episódio do manto. Um dia um mendigo que tiritava de frio pediu-lhe esmola e, como não tinha, o cavalariano cortou seu próprio manto com a espada, dando metade ao pedinte. Durante a noite o próprio Jesus lhe apareceu em sonho, usando o pedaço de manta que dera ao mendigo e agradeceu a Martinho por tê-lo aquecido no frio. Dessa noite em diante, ele decidiu que deixaria as fileiras militares para dedicar-se à religião. Ele se tornou bispo da cidade de Poitiers. Quatro mil igrejas eram dedicadas a ele na França, e o seu nome dado a milhares de localidades, povoados e vilas; como em toda a Europa, nas Américas, enfim em todo o mundo.


Agora, divagações minhas:

Entendo que faz sentido capela ser diminutivo de capa que, em latim, significa capuz, peça que cobria a cabeça das pessoas. A raiz da palavra, cap, dá idéia de cabeça, que, em latim vulgar, conforme o Dicionário Aurélio, é capitia. Daí surgiram palavras como capacete (do catalão cabasset pelo espanhol capacete, ainda segundo Aurélio), capelo (espécie de quépi usado em formaturas), capuz, capitão (que, em algum momento, foi o cabeça do exército) e capital (a cabeça, no sentido de liderança, de uma região ou país). A palavra capacidade também sugere qualidade de quem tem cabeça para fazer alguma coisa. Pode ser que algumas dessas deduções minhas não estejam certas, mas me parecem lógicas.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

CURIOSIDADE GRAMATICAL

Li em um blog, o seguinte desafio:

Utilizando um ponto e duas vírgulas, dê sentido à frase:


Maria toma banho porque sua mãe disse ela pegue a toalha.

(O autor do blog não deixou claro que era o criador do desafio e outras pessoas me disseram que já haviam lido isso, portanto não tenho a quem creditar a autoria). Resposta bem abaixo.



































Parece sem solução? Pense um pouquinho mais...




Tá bem aí vai a resposta:


Maria toma banho porque sua. Mãe, disse ela, pegue a toalha.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

VÍRGULA, CURIOSIDADE RECEBIDA POR E-MAIL

A campanha dos cem anos da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), inclui um texto bem legal sobre a vírgula


1. Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.


2. Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.


3. Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.


4. Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.


5. E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.


6. Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.


7. A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.


Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.

Frase adicional repassada por e-mail

Se o homem soubesse o valor que tem a mulher andaria de quatro à sua procura.

Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.
Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

MAIS FATOS QUE MEUS DOIS NEURÔNIOS NÃO ME DEIXAM ENTENDER

O Tico e o Teco, os meus dois neurônios sobreviventes, realmente não se entendem e, por isso, tenho dificuldade de compreender certas coisas. Uma delas é a atividade dos bancos.
Faz um mês e pouco que comecei a notar, no meu extrato, descontos de coisas que eu não havia gasto. Aí fiquei sabendo – o banco não me avisou – que, a partir da 11ª vez que eu fizesse saques no terminal bancário em um mês me cobrariam uma taxa de R$ 1, 40. Pior: Se o saque fosse na boca do caixa seria o dobro. Mas o que é isso? Quer dizer que usam o meu dinheiro e, quando eu quero retirá-lo ainda me cobram.
Ao me dar conta disso, pensei em trocar de banco, mas desisti. Fiquei sabendo em que essa técnica é comum em todos os bancos e que, em algumas instituições é ainda pior. Um banco privado cobra R$ 4,00 por saque que for feito a partir da sétima vez no mês.
Aí, quando leio nos jornais a propaganda sobre o grande lucro obtido neste ano pelo meu banco, eu fico fulo da vida. É parte do meu dinheiro que está indo para esse instituição. O que parece ser resultado de uma excelência de administração, na verdade é usurpação do povo.
Para escapar de pagar essa expropriação cometida pelo banco, o correntista pode tirar tudo de uma vez logo após o pagamento. E então corre o risco de ser assaltado ou até de não controlar direito as finanças. Mas, meu Deus, se a gente já paga manutenção de conta e altos juros, ainda tem que pagar para retirar o dinheiro do banco? Mas onde é que estamos?
Não entendo por que bancos têm esse privilégio de poder explorar o povo.


E OS CARTÓRIOS

Outro fato que me impressiona são os cartórios. Uma simples carimbada em um documento já nos custa uma fortuna. Um reconhecimentinho de firma, uma procuração redigida a mão para uma ação burocrática qualquer já é taxada de forma inexorável. Isso sem falar em negociações de venda de imóveis


Pergunto: por que os serviços de cartório são tão caros já que não têm gastos a não ser papel, que não se compara a um jornal, e pouquíssimos funcionários. Para onde vai esse dinheiro? Por que só algumas pessoas são eternas donas de cartórios? Se estou dizendo bobagem, por favor me corrijam. Eu devo estar errado e não conheço nada de nada.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

MAIS UM CASO DE DESAPARECIMENTO MISTERIOSO


Assim como milhares de famílias, os parentes de Ernesto Rodrigues de Borba, 73 anos, não conseguem entender como uma pessoa pode desaparecer tão misteriosamente.
A história do seu Ernesto é a seguinte: funcionário público estadual aposentado, no dia 5 de maio de 2005, ele havia saído de casa na BR-290, no distrito rural de Divisa, em Eldorado do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre e não voltou. A família descobriu que ele havia sofrido um acidente e encaminhado para o posto de saúde do município. Não há informações precisas do que aconteceu com ele, provavelmente foi atropelado. Do posto, por indicação do médico, Ernesto foi levado para o Hospital de Pronto Socorro, na Capital.
Depois de medicado, Ernesto voltou na mesma ambulância para Eldorado do Sul, mas, confuso, deve ter dado ao motorista o seu endereço antigo. no Bairro Sans Souci. A partir dali, ninguém mais soube mais nada sobre ele. Se você tem alguma informação que possa ajudar a localizá-lo ou descobrir o que aconteceu com ele, ligue para o telefone 9689-1580 ou nos avise aqui no Vidacuriosa. Se puder, ajude essa família a retirar essa angústia que pesa sobre suas vidas.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

MAIS DIVAGAÇÕES

Sei que a maioria das pessoas gosta de megalópolis, com grandes edifícios, muita gente, baladas, praias lindíssimas, movimento intenso. Já eu me encanto com cidades pequenas, tranquilas que tenham uma população inteligente, criativa e feliz. Cidades grandes têm grandes problemas, insolúveis problemas.
Cidades pequenas, em sua maioria, conseguem curar suas feridas logo que elas surgem. Um forasteiro com problemas é logo abordado, e o caso é resolvido. Na cidade grande, é imenso o número de pessoas com fome e precisando de ajuda. Eles são ignorados e, como bichos, vão se transformando em bandos. No pequeno município, todo mundo se conhece. Quem pensa em cometer um delito, na maioria dos casos, fica até com vergonha. Na megalópolis, o anonimato permite aos criminosos cometerem seus delitos e se esconderem na multidão.
É claro que, hoje em dia, nenhuma cidade está livre da violência. O crime se expande, viaja e pega todo mundo desprevenido. Mas, mesmo assim, na cidade pequena, desde que não haja preguiça ou conivência da polícia, é mais fácil de perseguir bandidos, que não têm onde se esconder. E os criminosos sabem disso.
Ninguém gosta de tédio. Para evitar isso, moradores criativos de cidades pequenas sem os pontos de diversão constroem seus próprios locais de divertimento. Se podem, viajam, visitam outros locais e depois voltam. Cidades grandes, com arranha-céus e muito cimento, são como jaulas que transformam seres humanos em feras que extrapolam seus sentimentos em jornadas insanas de carros em alta velocidade ou em viagens não convencionais.
Um pequeno poema de Mario Quintana sempre me vem à mente quando eu penso nisso: "Cidade grande, dias sem pássaros, noites sem estrelas."
Não era para ser assim. Quanto maior o número de pessoas comprometidas com a cooperação o trabalho e na contribuição financeira, mais facilidade teria uma cidade. O problema é que o egoísmo, causador da corrupção, e o despreparo de alguns, transformam essa vantagem em prejuízo. O que eu desejava era que nas cidades populosas, todas as pessoas fossem felizes. Para isso, seria preciso mudar o espórito das pessoas. Só a paz e a solidariedade trazem a verdadeira alegria e felicidade. É o que espero para meus netos, já que não tenho esperança de mudanças tão breves.