sábado, 12 de setembro de 2020

PATROCINADO PELA INSÔNIA

    Sou vidrado na origem das palavras e dos ditados. Hoje pensei em "A curiosidade matou um gato". Não consegui descobrir ainda de onde saiu esse adágio, que tenho lido e ouvido com frequência, posto que sou a segunda pessoa mais curiosa do mundo. Como não achei a origem desse ditado, inventei uma historinha para justificar outro brocardo parecido, também ficcional: "A curiosidade matou a fome de um gato". Num velho galpão, no Interior, um felino foi deixado preso, sem comida. Desesperado, pôs-se à caça pelos cantos em busca de alimento. Qualquer coisa cairia bem. Depois de muito procurar, sem nem um ratinho, ou barata ou até mesmo mosca, estômago roncando, o bichano teve a curiosidade despertada para um fio preto que se estendia de uma parte do armário. Parecia rabo de camundongo, só que mais fininho. O gato pôs-se a investigar e daí para puxar o fio foi um passo. Imediatamente a porta do armário se abriu e com o cordão preto se veio um belo queijo redondo e delicioso. E então o ditado se fez.

   Outros ditados são mais autoexplicativos e não precisam de fatos ou histórias para justificar suas existências: Quem não tem cão caça como o gato. (Sem alarido, sozinho, com paciência e perseverança) Gato escaldado tem medo até de água fria. (Experiência traumática semelhante a "macaco velho não mete a mão em cumbuca" e a "cachorro mordido por cobra tem medo até de linguiça.)


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