sábado, 23 de janeiro de 2016

REFLEXÃO EM MAIS UM SÁBADO DE TRABALHO

Todos os dias eu rendo homenagens aos grandes homens e mulheres que passam pela Terra e deixam suas marcas positivas em favor dos seus semelhantes. Suas invenções e adaptações melhoram a vida de todos e diminuem a ação de quem veio ao mundo apenas para usufruir ou torná-lo pior.
As pessoas que modificam nossas vidas para melhor me fascinam. Meu agradecimento específico de hoje é a Larry Page e Sergei Brin, que criaram oficialmente o Google em 1998 e a todos que colaboraram e colaboram com essa maravilhosa invenção.
O Google é como um imenso guarda-roupa em que qualquer pessoa do mundo pode pegar gratuitamente a vestimenta que necessita para se aquecer ou se enfeitar intelectualmente. Porém, é preciso escolher bem entre a variedade quase infinita de peças que aumenta diariamente nos cabides internéticos. Neles estão todos os tipos de vestes, algumas limpas e perfumadas, outras não. Ali há muitas roupas colocadas por pessoas altruístas, outras por maldosos egocêntricos que buscam vantagens para si mesmos ou apenas prejudicar os demais.
Busco diariamente o Google como me atirava às enciclopédias e, a cada consulta bem feita, saúdo Sócrates, o filósofo grego: "Quanto mais aprendo, mais me dou conta de que nada sei",

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

SOBRE O SIGNIFICADO DAS PALAVRAS

Em 1968, quando vereadores de Alegrete, terra natal de Mario Quintana, resolveram fazer uma homenagem ao famoso conterrâneo, pediram a ele que criasse um poema para constar na placa. O poeta, que nunca foi de fazer poemas por encomenda, negou-se a atender o pedido e explicou com uma das suas características frases: "Um engano em bronze é um engano eterno". Sem desistir da homenagem, os homenageadores colocaram na placa justamente essa frase. Eu concordo com Quintana e entendo que um erro na Internet, que o poeta não chegou a conhecer, é mais do que um erro eterno, é um erro contaminador e que se dissemina irremediavelmente. Quanto mais prestígio o autor tem, mais efeitos maléficos seu erro causará, porque não há nada que dissemine mais os erros do que aqueles que desfrutam de credibilidade. Disso se aproveitam os "pichadores de Internet", os vândalos que costumam atribuir textos a outras pessoas.
Foi pensando nisso que observei muitos erros que se repetem exatamente por causa da exposição na Internet. Hoje refiro-me a quatro palavras:


Intermitente
Iminente
Bagatela
Ímpia
Manemolente

Tenho lido muita gente usar "intermitente" com sentido errado, dizendo, por exemplo, que a chuva intermitente impedia o personagem de sair de casa. Ora, se a chuva era intermitente, era só aproveitar os momentos em que ela não estava caindo para sair. É que muita gente acha que intermitente é sinônimo de incessante. E não é. Intermitente é interrompido e retomado, como as luzinhas das lâmpadas da árvore de Natal ou dos vaga-lumes.

Iminente é o que está para chegar, e não eminente, mesmo que esteja para chegar o cardeal da igreja católica, que é chamado de Sua Eminência. Eminente é importante, iminente é o que está prestes a acontecer.

Bagatela, significa ninharia, micharia, mas tem gente que escreve essa palavra para se referir a uma importância significativa. É que esquecem de pôr aspas, o que indicaria uma ironia. Por exemplo, um lápis custa uma bagatela, dois reais apenas, um jogador ganha uma "bagatela", 50 mil reais por mês. Eu não tenho certeza da causa de não usarem as aspas, no resto do país, mas me lembro que em uma certa época, nos anos 1990, um diretor de um importante jornal gaúcho decidiu que não se usaria mais aspas em suas edições porque a repetição desse sinal gráfico enfeiaria os textos. Daí que passaram a não usar nem aspas nem itálico em palavras que indicariam ironias, como,no caso bagatela. Outros jornais e, depois, blogs copiaram essa imbecilidade.

Ímpia - Pouca gente sabe o que é ímpia. Como o termo faz parte do hino farroupilha ("...nesta ímpia e injusta guerra") algumas pessoas resolvem escrever o vocábulo sem se dar conta do que ele significa. Uma vez, durante uma reunião de pauta, uma jornalista comentou que ninguém poderia falar mal do jornal. "Afinal, somos uma redação ímpia", querendo ressaltar a honestidade dos jornalistas. Ninguém na sala comentou nada sobre isso. Na verdade, impia significa que não tem dó, não tem piedade.

Manemolente Quem lê assim até acha que está errado de tanto que ouve falarem em malemolente e malemolência. Ouço o termo equivocado com muita frequência. O badalado jornalista Pedro Bial que comanda um programa de grande audiência (ultimamente nem tanta) chamado BBB costuma usar o termo malemolente e malemolência para explicar um comportamento brejeiro dos brasileiros, com malícia e movimentos de corpo. Malemolente não existe. O que existe é manemolente, um adjetivo criado a partir de um personagem baiano chamado Mané Mole. Ser manemolente é ser como Mané Mole com sua ginga e trejeitos. Alguém que não presta muito atenção no significado das palavras, confundiu manemolência com malevolência e passou a falar ou escrever errado. Uns e outros também pouco letrados copiaram e assim certamente algum dicionarista já colocou como sendo palavra válida já que é pronunciada por tanta gente.





quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

ANALISANDO A ORIGEM DAS PALAVRAS

Sempre gostei de estudar Português, mas o que mais me delicia não é aprender as regras que permitem construir um texto inteligível e coerente. Sou fissurado mesmo é na origem da palavra, nesse mistério que leva os povos a dar nomes para depois se referir às coisas, às pessoas. Tenho notado que os nomes são dados como referências do que as pessoas veem ao redor. Acho que é o carisma de quem observou e deu o nome que leva os outros integrantes da tribo a repetir aquele nome escolhido. E os nomes, na maioria dos casos, são repassados de gerações a gerações. Há palavras que pronunciamos, como por exemplo, cadeira, que não temos nem ideia (pelo menos uma boa parte de nós) do porquê desse objeto para se sentar se chamar assim. Muitos vocábulos vêm da influência da dominação romana ou da civilização grega. A palavra ônibus, por exemplo, deriva da palavra omnibus, que, em latim, significa "para todos".
Outra origem de palavra que me fascina é da janela, em português. Ela vem de Janus, deus da mitolomia romana e também etrusca, é o deus de duas cabeças, uma voltada para o passado e outra para o futuro. Foi dele que surgiu a palavra janela que tem visão para o lado de fora e o lado de dentro. Já em língua inglesa e espanhola, as palavras window e ventana, tem origem no vento, que a abertura na parede impede de entrar.
Outra palavra pela qual fiquei fascinado ao descobrir-lhe a origem é porta. O radical da palavra portuguesa que tem origem no latim é port e significa entrada. Basta notar as palavras correlatas como portal, pórtico, portão, portaria, portinhola, todos com o sentido de passagem. Portugal, o país, teve seu nome originado do rio Portucale. Portugal, não deve ser por coincidência, fica na entrada da Península Ibéria, caminho para o resto da Europa, e ganhou essa denominação quando o ingresso era feito pelo mar.
P.S. Se alguém não vê sentido nisso e tiver alguma versão melhor, por favor contribua. Ou silencie. Não me peça citações de obras nem de autores consagrados.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

REFLEXÃO NA TARDE MODORRENTA DE JANEIRO

    Não ando em busca da felicidade a qualquer preço. Tento viver os dias que me restam sem pressa demasiada e sem afobamentos, que são os pais dos erros e dos arrependimentos. Mas de olhos abertos à espera das oportunidades porque cavalo encilhado não passa pela nossa frente toda hora, mas é preciso estar atento porque ônibus errado não é bom nem quando é de graça.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

REFLEXÃO NO SÉTIMO DIA DE 2016

A qualidade das ideias de um povo depende, na maior parte dos casos, dos formadores de opinião de cada um: a começar pela família, passando pela escola, ídolos de massa e expoentes da mídia. Os governantes, em países democráticos, são reflexo disso.

domingo, 3 de janeiro de 2016

A ESCADA E O ELEVADOR

Para quem não tem problemas físicos ou condições de vencer a preguiça e o excesso de comodidade, ou não está muito cansado, a escada é melhor do que o elevador, se o destino for até o segundo andar ou o terceiro.
No momento em que você chega, a escada sempre está ali à sua disposição. E também quando você voltar, sem precisar apertar algum botão.
Nem sempre você tem sorte de encontrar o elevador onde você está. Às vezes, você espera um bocado e se irrita porque alguém insiste em segurar a porta pra conversar com o vizinho.
Pode ser que alguém bloqueie a escada também, mas vocé não precisa gritar para que liberem o caminho.
Para quem tem claustrofobia, a escada é um paraíso. Ela nunca tranca nem corre o risco de superlotação ou um maluco ou maluca querer entrar dizendo que cabe mais um, especialmente quando tem o peso maior do que todos os outros ocupantes juntos.