terça-feira, 11 de dezembro de 2018

LEMBRANÇA E HOMENAGEM AOS QUE NOS DEIXARAM NESTE ANO DE 2018

 Tenho registrado aqui, a cada Dia de Finados (neste ano não tive tempo para postar na data certa), os nomes de ex-colegas, amigos ou pessoas que me chamaram a atenção e que o destino promoveu suas transferências para um outro plano espiritual. Decidi fazer isso por dois motivos: o primeiro é lembrar e homenagear os que se foram. O segundo é informar aos que me leem sobre o passamento dessas pessoas. Recentemente um amigo cometeu uma gafe ao perguntar por onde andava um amigo nosso. E esse ex-colega já tinha falecido havia alguns anos.
Inicialmente registro o falecimento de ex-colegas nos vários órgãos de comunicação dos quais passei. Mais abaixo, outras pessoas conhecidas, cuja importância de vida ressalto e homenageio.



12 de fevereiro - Edson Moiano morreu aos 71 anos,  vítima de problemas cardíacos. Natural de Santiago (RS), trabalhou nos anos 1960 na Rádio Santiaguense, Depois formou-se jornalista pela Famecos (Faculdade dos Meios de Comunicação Social) da PUCRS, e trabalhou durante 30 anos entre o Correio do Povo e a Rádio Guaíba. Em novembro de 2012, deixou o jornal e passou a atuar apenas como advogado. Morreu em casa, em Canoas, após sofrer uma crise de insuficiência respiratória.
19 de fevereiro - Juarez Hasse, o Juca Paranga, morreu vítima de parada cardíaca. Além de agente penitenciário, Juarez Hasse da Silva era jornalista, formado pela Famecos em 1971, e trabalhou nas editorias de Polícia do Diário de Notícias, Caldas Júnior e  Zero Hora. Atuou também como assessor de imprensa da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe).

Nico Noronha
19 de fevereiro - O jornalista Nico Noronha, nasceu em Santana do Livramento e residiu vários anos em Santiago (RS). Formado em Comunicação Social pela PUC, ultimamente estava aposentado e escrevia uma coluna para um jornal de Santa Catarina. Foi repórter esportivo de Zero Hora e colaborou com revistas como Placar e IstoÉ, além de ser coautor do livro "A História dos Gre-Nais", junto com David Coimbra, Mário Marcos de Souza e Carlos André Moreira. Na carreira, ainda constam passagens pelas assessorias de comunicação da Federasul, da Fiergs, do Sport Club Internacional e da Liga Sul Minas. 

Nico Noronha deixa a viúva, Marinês, e os filhos Vinícius, que é jornalista, e Tess, professora.




                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                         23 de fevereiro: João Batista Marçal, morreu aos 76 anos, vítima de câncer. Natural de Quaraí, trabalhou em quase todas as rádios de Porto Alegre. Sua chegada a Porto Alegre foi em 1963. Um ano depois, ingressou em Zero Hora como repórter policial e mais tarde passou a atuar na Rádio Gaúcha. Trabalhou também no Caderno de Sábado, do Correio do Povo, nas décadas de 1970 e 1980. Na Rádio Caiçara, esteve em seis oportunidades. É autor de mais de 20 livros.





6 de abril - Ricardo Vidarte, 58 anos, morreu vítima de infarto quando estava trabalhando no SBT, onde ocupava a função de coordenador de Esportes. Ele nasceu em Porto Alegre. Com 33 anos de profissão, passou por diversos veículos do Rio Grande do Sul entre eles a Rádio Guaíba. No currículo, transmissões de futebol, coberturas de libertadores, mundiais de clubes e quatro copas do mundo. Ele deixa um filho,  Artur, de 16 anos. 

24 de maio - Flávio Schubert morreu aos 75 anos. Jornalista e advogado, começou sua carreira no Diário de Notícias, de Porto Alegre, na editoria internacional. Foi também editor de economia e repórter especial da área jurídica de Zero Hora, de onde saiu no ano 2000. Trabalhou na Folha da Tarde, no Diário de Notícias e em Zero Hora.

13 de agosto - Jornalista Vilmo Medeiros.  Natural de Canoas, foi chefe das editorias de Polícia da Caldas Júnior, de Zero Hora e do Diário Catarinense. Morreu aos 77 anos.



30 de agosto - Luís Milman. Trabalhou como repórter na Folha da Manhã em Zero Hora na década de 1970. Atuou também na antiga Rádio Continental 1120, como redator. Foi correspondente da Revista Veja em Israel e fez parte do Movimento de Justiça e Direitos Humanos no ativismo contra o antissemitismo. De origem judaica, nasceu em Porto Alegre, onde foi jornalista e professor aposentado da PUC (1982), mestrado em Filosofia, também pela PUC (1989) doutorado pela Ufgrs (1998). Morreu vítima de infarto aos 60 anos. Deixou a esposa e dois filhos.





9 de setembro - Amauri Melo. Natural de Bento Gonçalves, Amauri Mari de Melo, morreu aos 67 anos, vítima de um AVC, na sua fazendinha em Mostardas, no Litoral gaúcho, onde morava nos últimos sete anos, após uma brilhante carreira no Jornalismo. Atuou no jornal Folha da Manhã, do grupo Caldas Junior e mais tarde nas Organizações Globo e no Jornal do Brasil. Foi correspondente de O Globo em Roma, na Itália. Foi também coordenador do Comitê Editorial do jornal O Dia.



5 de outubro - Olívia Ferme, diagramadora do Correio do Povo, teve passagem também por ZH, morreu aos 43 anos, vítima de câncer. Olívia graduou-se em jornalismo e relações públicas pela Famecos. Começou na profissão como diagramadora do Correio. Depois, trabalhou em outras áreas até sair para Zero Hora. Voltou para o CP em janeiro último e era, segundo colegas, uma unanimidade e dona de um sorriso contagiante. A jornalista deixou o marido Athos e o filho Lorenzo, de 9 anos.








OUTRAS PERDAS

5 de janeiro - Carlos Heitor Cony, morreu aos 91 anos, após internação em Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, onde Carlos Heitor Cony foi um jornalista e escritor brasileiro. Era editorialista da Folha de S.Paulo e membro da Academia Brasileira de Letras desde 2000. 


 6 de fevereiro - Eva Sopher, 94 anos, presidente da Fundação Theatro São Pedro por 42 anos.  Eva Margareth Plaut, nasceu em 1923, em Frankfurt, na Alemanha. Veio para o Brasil com 13 anos, com sua família, fugindo do nazismo. Morou em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde casou-se com Wolfgang Sopher e teve suas filhas – Renata e Ruth. Em 1960, mudou-se para Porto Alegre, onde dá início a um marco relevante na trajetória cultural do Rio Grande do Sul.






17 de abril - Ivone Lara - Nascida em 13 de abril de 1922, no Rio de Janeiro,  a cantora e compositora Yvonne Lara da Costa, tornou-se conhecida como Dona Ivone Lara, como Rainha do Samba e como Grande Dama do Samba. Seu maior sucesso como compositora foi  Sonho Meu, gravado por Maria Betânia e Gal Costa, em 1978. O disco teve um milhão de cópias vendias. Dona Ivone Lara atuou também como atriz, representando Tia Nastácia no programa Sítio do Picapau Amarelo.


2 de maio - Mário Barbará, 63 anos. Poeta, cantor e compositor gaúcho. Sua música de maior sucesso foi Desgarrados, feita em parceria com Sérgio Napp, também já falecido. Essa música ganhou a 11 Califórnia da Canção Nativa, de Uruguaiana, em 1981. Nasceu em São Borja em 22 de outubro de 1954.Outras canções memoráveis de Barbará são "Roda Canto", "Campesina", "Era Uma Vez", "Colorada", "Querência Maior", "Portas do Sonho", "Mala de Garupa", "Onde o cantor expõe as razões do seu canto", "Retirante", "Laços", "Se eu me chamasse Lourenço", "Velhas brancas", "Xote da Amizade", "Xote da ponte", "Xotes do sul", "Amanhã será setembro", "Canto de clã", "Gaúcho bronze", "Inverno", "Numa estação", "Quando eu fui embora", "Couro cru" e "Na Rodilha do Laço". 

10 de maio  - Fábio Koff, 86 anos, juiz de Direito que ficou conhecido como dirigente de clube de futebol. Foi presidente do Grêmio e do Clube dos Treze. Nasceu em Bento Gonçalves (RS) em 1931 e morreu em Porto Alegre aos 81 anos. Em 1916, foi lançado pela editora AGE o livro "Fábio André Koff - Memórias e confidências. O que faltou esclarecer". O livro é uma biografia a partir de depoimentos prestados por Koff a Paulo Flávio e Paulo Silvestre Ledur o ex-presidente relata os bastidores das principais conquistas do Grêmio e sua carreira como dirigente do Clube dos Treze.

 
14 de maio - Tom Wolfe - Considerado o criador do chamado new jornalism, Thomas Kennerly Wolfe nasceu em Richmond, em 2 de março de 1930. Morreu aos 87 anos em Nova Iorque, em 14 de maio de 2018. Era jornalista e escritor. Sua principal obra foi "A Fogueira das Vaidades", que fez enorme sucesso na década de 1980. O new jornalismo era uma corrente jornalística que usava elementos da literatura para narrar fatos reais, com técnicas narrativas próprias da ficção, mas sempre respeitando o rigor dos fatos.

 22 de maio - Alberto Dines - Jornalista, professor universitário, biógrafo e escritor brasileiro. Casou-se em primeiras núpcias com Ester Rosali, sobrinha de Adolfo Bloch, com quem teve quatro filhos, e em segundas núpcias com a jornalista Norma Couri. Foi crítico de cinema e considerado um dos maiores jornalistas brasileiros. Fundou o Observatório de Imprensa, que se dedicava a analisar o comportamento dos jornalistas.



6 de junho - Oly Facchin - 
Oly Erico da Costa Fachin, ex-presidente do Grêmio, morreu aos 81 anos. Nascido em São Sepé, em 2 de setembro de 1929. Foi presidente do Grêmio no biênio 1972/1973.
Fora do futebol, Oly Fachin, foi secretário de governo da prefeitura de Porto Alegre entre 1975 e 1979. de 1979 a 1982, ocupou a presidência do Instituto de Previdência do Estado, cargo que exerceu até 1982, quando deixou a função para candidatar-se à Câmara dos Deputados nas eleições de novembro do mesmo ano. Eleito, assumiu sua cadeira no Legislativo federal em fevereiro de 1983, tornando-se membro da Comissão de Educação e Cultura e suplente da Comissão do Serviço Público. Em 2015, Fachin foi outorgado com o título de Cidadão de Porto Alegre.



5 de setembro - Beatriz Segal, 92 anos, atriz brasileira. Em 1988, o país parou para ver o final da novela Vale Tudo, e a pergunta que mais se ouvia era "Quem matou Odete Reutemann Era nora do pintor Lazar Segal. Morreu em São Paulo e foi cremada em Cotia (SP). 


15 de novembro - Aldir Schlee, natural de Jaguarão, foi escritor, jornalista, tradutor, desenhista,  professor universitário brasileiro, doutor em Ciências Humanas. Criou projeto gráfico do jornal Última Hora (RJ), criou a Gazeta Pelotense, ganhou Prêmio Esso de Jornalismo conhecido por ter criado a camisa amarela da Seleção Brasileira de 1970, a Seleção Canarinho.



26 de novembro   Bernardo Bertolucci - Cineasta e roteirista italiano. Faleceu em Roma, aos 77 anos, devido a um câncer  no pulmão. Seus filmes mais famosos foram "O Último Tango em Paris", "O Conformista", "O Último Imperador", e  "O Pequeno Buda", "1900", entre outros.



5 de dezembro  - O ex-jogador de futebol e vereador Tarciso morreu aos 67 anos, vítima de tumor ósseo. Tarciso José de Souza  nasceu em São Geraldo, Minas Gerais, em 15 de setembro de 1951. Começou sua carreira de jogador em 1970, defendendo o América (RJ) e chegou ao Estádio Olímpico três anos depois. Foi o jogador que mais vestiu a camisa do Grêmio, atuando em 721 jogos, nos quais marcou 226 gols. Foi o segundo maior goleador da história tricolor, ficando atrás apenas do centroavante Alcindo. No Grêmio, ganhou o apelido de Tarciso Flecha Negra. Foi empresário - criou uma escolinha de futebol e político - elegeu vereador em 2088, reelegendo-se em 2012 e 2016.


































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































estava internado desde o dia 26 de dezembro de 2017. Foi submetido a uma cirurgia no intestino e teve complicações. A causa da morte foi falência de órgãos. Nasceu no Rio em 14 de março de 1926. Autor de 17 romances, entre eles o premiado "Quase Memória, é considerado um dos maiores escritores brasileiros. Foi integrante da Academia Brasileira de Letras e era editorialista do jornal Folha de S.Paulo. Era também comentarista da rádio CBN.


                                                                                                                                                                                                                                             
7 de fevereiro - Eva Sopher morreu aos 95 anos. Era presidente da Fundação do Theatro São Pedro.Nascida em 1923, em Frankfurt, na Alemanha, Eva Margareth Plaut fugiu do regime nazista com sua família para o Brasil. Na época, com apenas 13 anos, teve que aprender outro idioma, cultura e, o mais importante, o respeito às diferenças, compreendendo o significado das palavras sobrevivência e liberdade. Morou em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde casou-se com Wolfgang Sopher e teve suas filhas – Renata e Ruth. Em 1960 mudou-se para Porto Alegre, onde deu início a um marco relevante na trajetória cultural do Rio Grande do Sul.


17 de abril - Ivone Lara - Conhecida como Dona Ivone Lara, a cantora morreu aos 97 anos no Rio de Janeiro, vítima de uma parada cardiorrespiratória. Ela estava internada, com infecção renal, com complicações causadas pela idade. Chamada de "Rainha do Samba" ou "Grande Dama do Samba", Ivone é autora de sucessos como "Sonho Meu", em parceria com Délcio Carvalho, e tem 19 discos gravados --o primeiro deles, "Sambão 70", foi gravado em 1970 aos 49 anos.


5 de novembro - Aldyr Schlee morreu aos 83 anos, vítima de câncer. Natural de Jaguarão (RS), era escritor, jornalista, tradutor, desenhista e professor universitário. Doutor em Ciências Humanas, publicou vários livros de contos e antologias de contos e de ensaios. Foi autor do projeto gráfico do jornal Última Hora, repórter e redator. Criou a Gazeta Pelotense, participou da fundação da Faculdade de Jornalismo de Pelotas, ganho Prêmio Esso de Jornalismo, foi pró-reitor da Ufpel, de Pelotas, morou no Rio, recebeu prêmio da Bienal Nestlé de Literatura por duas vezes, e ganhou Prêmio Açorianos de Literatura por cinco vezes. Mas ficou mais conhecido por ter criado o uniforme verde e amarelo da Seleção Brasileira de Futebol, a Seleção Canarinho. Teve três filhos e três netos. Morreu aos 83 anos, vítima de câncer.










quarta-feira, 28 de novembro de 2018

TESTE PARA REVISOR

Quantos erros há no texto abaixo?

      "Chovia intermitentemente, e ele não conseguia sair para fora da casa para pegar o jornal ensacado em um saco plástico e jogado pelo jornaleiro. Preferiu ficar na sala. Até por que lhe doia a panturrilha da perna. Procurou, na parteleira, uma velha cardeneta,  que havia deixado ao lado de um vidrinho de bicabornato. De repente, uma largatixa passou pela estante e se escondeu rapidamente. Pela janela, olhou o mar. Recordou de um acidente recente do qual milagrosamente sobreviveu. O barco afundou-se, deixando várias pessoas feridas e duas vítimas fatais. Todos foram unânimes em dizer que a culpa foi do dono da embarcação, que irresponsavelmente entrou mar adentro mesmo com um temporal eminente. O empresário andava prá lá e prá cá na areia da praia, sorrindo e andando com malemolência, e dizendo que a culpa era de Deus."

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

CURIOSIDADE DA LÍNGUA PORTUGUESA II



                                       








  Giroflex ou giroflash?


Há um grande número de pessoas que não relê o que escreve e muitas vezes usa termos errados para tentar se comunicar. E seus erros acabam sendo repetidos ao ponto de transformar o sentido de certas palavras. De tanto as pessoas escreverem e repetirem termos errados, certos intelectuais, notadamente dicionaristas, registram como aceitáveis termos que literalmente significam outra coisa do que os autores querem dizer. Os adeptos do politicamente incorreto alegam que a língua é dinâmica, que o fato de um grande número de pessoas usarem uma determinada expressão já é suficiente para dicionárizá-las e entendê-las não como erro, mas como uma expressão da maioria.
      Há vários exemplo disso, mas hoje me peguei pensando na palavra giroflex que li em um texto que se referia à descrição de uma cena que envolvia uma viatura policial. Para mim, a frase indicava que um veículo da polícia transportava sobre o capô, uma cadeira daquelas que rodam 360 graus, como pescoço de coruja. Para mim, o aparelho que roda lançando fachos de luz é giroflash, o popular "Kojak". Está certo que não defendo o uso do termo girofacho, para evitar o inglês, mas giroflex também não.

domingo, 18 de novembro de 2018

CURIOSIDADE DA LÍNGUA PORTUGUESA

Quem se incomoda com a dificuldade de acertar acentos deve ficar feliz ao aprender a escrever em latim, que não apresenta esses sinais gráficos. Ou em inglês, que só tem acentos (salvo imprecisão minha) em palavras originadas de outras línguas, especialmente o francês, que exagera nesses sinais. Na língua francesa, há palavras com até cinco acentos, como hétérogénéité
Em Português, em geral as palavras não têm mais do que um sinal gráfico e inúmeras sem nenhum, após a reforma ortográfica de 2008, que tirou acentos diferenciais como em pára, do verbo parar, que distinguia de para (preposição). Considerei isso, em minha modesta opinião, um erro lamentável. Também não tem mais acento, entre outros, voo e abençoo, veem e leem.
   O que me levou a esta postagem foi a curiosidade ao notar que  ímã e bênção têm dois sinais gráficos na mesma palavra. Não tive tempo para pesquisar minuciosamente, mas não são muitos os vocábulos que têm mais de um sinal gráfico. Uma rápida olhada ao Google me relembrou a existência de sótão, órgão, órgão e acórdão. Na verdade, til não é acento, mas um segundo sinal gráfico na palavra. Ímã  (objeto que provoca um campo magnético à sua volta) tem acento porque é uma palavra paroxítona terminada em ã, ãs. Mas também serve como diferencial da palavra imã (pregador de culto islâmico, aquele que quia). Bênção também é paroxítona e terminada em ão e ãos. Já benção, sem acento, não significa nada, embora o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp) tenha registrado sem acento. Bênção tem origem religiosa e significa ação de benzer, de abençoar, de invocar a graça divina sobre. Antigamente, ao reencontrar ou se despedir dos pais, os filhos beijavam as mãos deles e pediam a bênção.
   Não descobri até agora nenhuma palavra em português com mais de um acento. Antes da reforma, quando ainda existia o trema, havia mais palavras com dois sinais gráficos.

PREMIO ARI DE JORNALISMO - ÚLTIMA SEMANA PARA INSCRIÇÕES

As inscrições para o Prêmio ARI/Banrisul de Jornalismo estão chegando ao fim. Os interessados em concorrer na distinção devem ficar atentos ao prazo de cadastro de trabalhos, o qual se encerrará às 18h do próximo dia 20, terça-feira. Neste ano, o reconhecimento chega à sua 60ª edição com novo regulamento, apresentando oito categorias. Outra novidade é que, neste ano, a premiação está sob a coordenação do jornalista Paulo Eduardo Barbosa dos Santos, conselheiro da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), a qual promove o reconhecimento.

Com as mudanças no regulamento, a distinção passa a ser dividida nas categorias Reportagem Impressa, Reportagem em Áudio, Reportagem em Vídeo, Reportagem Multimídia, Arte, Fotojornalismo, Charge e Crônica. Conta, ainda, com o quesito Jornalismo Universitário, incluído na premiação em 2015. O Prêmio ARI/Banrisul de Jornalismo destinará aos primeiros e segundos lugares de cada categoria troféu em bronze (confeccionado pelo artista plástico Waldomiro Motta), valor em dinheiro e diploma. Haverá, ainda, em todas as categorias, Menção Honrosa para os cinco finalistas de cada área.

Paulo Eduardo é jornalista e publicitário, formado pela Ufrgs e pós-graduado na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo. É diretor da empresa Direta, Comunicação, Pesquisa e Marketing e foi diretor da TVE. É conselheiro da entidade há mais de duas décadas e está há três anos no Conselho Municipal do Desporto. Mais informações podem ser consultadas pelo site www.premioaridejornalismo.com.br.

domingo, 4 de novembro de 2018

sábado, 3 de novembro de 2018

REFLEXÃO POLÍTICA E SOCIOECONÕMICA


Algo não vai bem em um lugar onde há um grande mercado para farmácias e advogados...

...e também para fabricantes de tornozeleiras e de armamentos, de grades, de alarmes, de câmeras de circuito interno, de empresas particulares de segurança, de seguradoras, de funerárias...

domingo, 21 de outubro de 2018

OSVALDO MONTENEGRO ME PEDIU PRA FAZER LISTAS

A Lista, de Osvaldo Montenegro
(Com algumas modificaçõezinhas)...



Faça uma lista de grandes amigos,
quem você mais via, quatro anos atrás.
1) Quantos ainda interagem contigo, todo dia,
2) quantos você já não encontra mais?

Faça uma lista dos sonhos que tinha
3) quantos você desistiu de sonhar?
4) Seu candidato ganhou ou perdeu?
5) Como é que achas que o país vai ficar?

6) Onde você ainda se reconhece
na foto antiga ou no Face de agora?
7) O país está do jeito que achou que estaria?
8) quantos amigos você jogou fora?

9) Quantos mistérios que você sondava
quantos você conseguiu entender?
10)Quantos segredos que você guardava
hoje são bobos... ninguém quer saber.

11)Quantas mentiras você condenava?
12) Quantas você teve que cometer?
13) Quantos defeitos sanados com o tempo
eram o melhor que havia em você?


14) Quantas canções que você não cantava
hoje assobia pra sobreviver?
15)Quantas pessoas que você amava
hoje acredita que amam você?




Faça uma lista de grandes amigos,
quem você mais via quatro anos atrás.
Quantas você ainda vê todo dia.
Quantas você já não encontra mais?
Quantos segredos que você guaradava,
hoje são bobos, ninguém quer saber.
Quantas pessoas que você amava
hoje, acredita, que amam você.



Respostas

1) Interagir ou ver todo dia é força de expressão. Quase todos os grandes amigos, continuam em contato comigo.

2) Alguns infelizmente morreram. Um desfez a amizade por um motivo besta, porque eu sou amigo de um inimigo dele. Não deletei ninguém. Alguns que eram amigos no Facebook me deletaram e não são mais, mas não sei dizer quantos eram nem quem. É que certamente não eram meus amigos.

3) Não se deve desistir de nenhum sonho. Se tivesse desistido de alguns não os teria tornado realidade. Um sonho que pode depender de nós mesmos nunca pode ser abandonado. Quando depende dos outros, nada é impossível. Às vezes, a realização vem do nada, da ajuda de quem você conhece ou de quem você nunca viu. Mas admito que tenho poucas esperanças de que se realize um sonho antigo de ver o país com um povo feliz, sem tanta disparidade social, sem tanto preconceito. Há alguns anos, achei que tinham encontrado o caminho para a paz com os pobres tendo alguma consideração e respeito. Mas, alianças com corruptos e egoístas colocaram tudo a perder. Tenho um sonho que espero concretizar no ano que vem: a edição do meu livro "Tira-Teima de Quatro Questões Ortográficas: Crase, Vírgula, Hífen e os Porquês". Ah. E ver o Guarany de Bagê na primeira divisão principal do Campeonato Gaúcho.

4) Para presidente, votei contra o que venceu. No RS, votei contra o que perdeu nem tanto a favor do que ganhou. Mais uma vez um governador gaúcho não se reelegeu. Agora é esperar pra ver.

5) Infelizmente vejo tempos terríveis pela frente para o país. No Estado, tenho apenas esperanças, que não teria se o governador tivesse se reelegido.

6) O quadro é o mesmo de quatro anos atrás. 

7) Não, não está. E não acredito que ficará, pelo menos nos próximos quatro anos.
8) Não joguei nenhum amigo fora. 

9) Um dos mistérios que não consigo entender é o voto de certas pessoas. Imagine um servidor não receber salário em dia, ouvir deboche do governador e depois votar para tentar elegê-lo a um novo mandato.

10) Muitos dos meus segredos são bobos. Se ninguém quer saber, então nem vale a pena revelá-los. 

11) Uma das mentiras que eu condenava e sigo condenando são essas promessas de candidatos. A cada eleição parece que irão resolver os problemas do país e do estado. 
12) Todo mundo mente. Alguns despreocupadamente. Outros compulsoriamente. Alguns inocentemente. Outros maldosamente. Cometi muitas mentiras mas nenhuma que tenha prejudicado quem quer que seja.

13) Por sorte, sanei muitos defeitos com o tempo. E eles não eram absolutamente o que eu tinha de melhor.

14) As canções que eu não cantava seguem fora da minha mente. Hoje canto muitas canções que eu já cantava. Canto no banheiro, na rua, a toda hora. Uma das que vivo cantando é essa, a Lista, do Osvaldo Montenegro. E também Tocando em Frente do Almir Sater e Renato Teixeira. E  assobio algumas porque não lembro da letra. 

15) Todas as pessoas que eu amava, acredito que sigam me amando.













sexta-feira, 21 de setembro de 2018

A VIOLÊNCIA CONTINUA...

         Na quarta-feira, uma viatura da Brigada Militar passou vagarosamente pela minha rua, no Bairro Medianeira, cena que se repete muito poucas vezes. Fiquei contente. E, em seguida me dei conta. Estamos a poucos dias da nova eleição. Natural que queiram mostrar algum serviço em uma cidade tão atingida por roubos e mortes. Não me impressiono com polícia ostensiva. Não há como colocar uma viatura o tempo todo em cada esquina. E nem isso impediria a continuidade dos assaltos. O que seria necessário mesmo seria retirar de circulação os assaltantes, homicidas e traficantes. Mas o que se vê são bandidos sendo presos ao mesmo tempo em que outros são soltos das prisões e populam pelas ruas.
          Hoje, quinta-feira, eu lembrei-me do quanto estou certo. Eu caminhava com minha neta pela minha rua em direção à padaria por volta de 11h30min, quando notei algo estranho uma quadra depois de termos saído de casa. Um homem fazia outro levantar a camisa, ao lado de um automóvel. Achei que estavam brincando e seguimos andando. Em segundos, ouvi gritos e um som de tiro bem perto de nós. Dei-me conta de que era um assalto e fiquei sem saber o que fazer. Temi que fosse algum vizinho rechaçando o ataque e não tive tempo para uma reação, com medo de alguma bala perdida. O assaltante, jovem, alto, razoavelmente bem vestido passou correndo por nós. Não cheguei a ver a arma, mas um vizinho, por quem ele passou após dobrar a esquina, viu o bandido esconder um revólver dentro da calça. Ele cruzou as avenidas Gastão Mazseron e Carlos Barbosa em direção a uma vila existente nas proximidades, onde são frequentes tiroteios à noite.
          Não cheguei ficar impressionado desta vez. Meu coração não disparou como em outubro de 2016, quando fui assaltado a 200 metros desse mesmo local. Mesmo assim, fiquei preocupado. Poderia ter sido atingido por um tiro. Enquanto isso, vejo e ouço na televisão os candidatos a presidente, governador e deputado federal e senador, prometerem, com a maior cara de pau, que irão resolver o problema da violência.


terça-feira, 18 de setembro de 2018

SOBRE REVISÃO DE TEXTOS

Leitores semianalfabetos não fazem muita questão de que os jornais contem com revisores. É que eles se divertem, faz bem ao próprio ego, quando deparam com alguma distração ou erro de digitação. Porém, não têm capacidade para detectar os equívocos mais profundos.

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

AMOR Á PRIMEIRA VISTA

Amor à primeira vista é quando o cérebro faz reconhecimento visual através dos olhos e envia para uma pasta através de uma janela para arquivar em um cantinho do coração. A informação vai se juntar a várias outras que a ela serão anexadas em uma vida futura.

domingo, 26 de agosto de 2018

DAS MEMÓRIAS PLINIANAS

Ao remexer meus guardados, peguei uma agenda de papel de 2007 e, ao folhá-la, deparei com uma página, na qual eu deixara um pequenino texto. Em uma certa noite alta, de céu risonho (não sei por que as estrelas riam), eu achei graça no comentário feito por um ouvinte do programa Sem Fronteiras, da Rádio Gaúcha, apresentado brilhantemente pelo saudoso Glênio Reis. A conversa, naquela noite, era sobre um posicionamento do então papa Bento XVI, sobre casamento. Um ouvinte saiu-se com essa:
"O papa condena o segundo casamento porque é solteiro. Fosse casado, seria contra também o primeiro."

sábado, 18 de agosto de 2018

UMA HISTÓRIA FICTÍCIA EM HOMENAGEM AO MEU AMIGO MAURO CASTRO, TAXISTA E ESCRITOR

Quatro horas da tarde, e meu amigo taxista já estava recolhendo o carro. Há dias em que quase nada dá certo. Naquele dia, tudo deu errado. Começou de manhã com aquela escassez de passageiros. A fila de táxis se entendia por toda a quadra, no ponto da Saldanha Marinho, no Menino Deus. Não fazia frio, não chovia, o sol iluminava a cidade e a temperatura era amena, ótima para passear, mas parecia que ninguém quis sair de casa.
 O taxista saiu da fila pra ver se pegava alguma corrida pela rua. Em dua esquinas, viu possíveis passageiros parados, um deles com uma mala ao lado. Deu sinal de luz, pensou em buzinar, mas desistiu ao ver que mexiam no celular.
 Nas poucas corridas que pegou, nada que valesse a pena. Trajetos curtos, um bêbado vomitou no banco e até um calote levou quando um passageiro  engravatado desceu diante de uma galeria no Centro, pediu que o esperasse porque iria buscar a namorada. Deve ter saído pelo outro acesso da galeria já que não retornou. Nem a namorada. Além de perder dinheiro, perdeu tempo esperando o malandro.
  O que o levou a interromper o dia de trabalho foi o que aconteceu no Bairro Medianeira. Ele trafegava por uma rua nas proximidades do Estádio Olímpico quando ouviu uma mulher e duas crianças gritando "Táxi, Táxi". Imediatamente parou carro e respirou aliviado, achando que aquela zica do dia havia acabado. Mas a mulher e as crianças passaram por ele e continuaram correndo, gritando, "Táxi, Táxi". Foi então que ele percebeu as três tentavam pegar o cachorrinho que aproveitara o portão esquecido aberto e fugira.  Irritado, não conteve o palavrão: "Que merda! Não tinham outro nome pra botar no cachorro?

quarta-feira, 25 de julho de 2018

REFLEXÃO ANTROPOLÓGICA URBANA

A existência de papéis amassados dentro dos bolsos e das bolsas é um indicativo de pessoas urbanas com nível de conscientização de que não se deve jogar lixo fora das cestas. A ausência desses papéis não indicam uma falta de consciência, é claro, mas a presença é sinal de preocupação em não jogar lixo pelo chão, pelas ruas, em qualquer lugar.
 fora das cestas.

REFLEXÃO SOBRE A JUSTIÇA

A Justiça é cega, surda e muda. Quem criou essa frase, em um passado distante, quis dizer que os magistrados não devem julgar pelo que ouvem, leem ou veem. Não podem ser seduzidos pelas calandras, pelos oradores brilhantes, pelos escritores talentosos. Tem que se aterem aos autos e se preocuparem em contar com depoimentos verossímeis, relatos de fatos concretos e decidir pela sua própria convicção diante das coincidências e das contradições.  Qualquer dúvida, antes da decisão deve ser dirimida com a devolução dos autos para novas investigações.
      Juízes não podem ficar cegados pela ideologia ou o o apego irrestrito a partidos e a políticos. Não podem fazer de conta de que não ouvem o que os autos gritam, não pode se calar diante das tentativas dos que querem fazer prosperar a injustiça. Todo juiz deve saber a hora em que deve se declarar impedido de julgar quando partes envolvidas são de suas relações de amizade ou parentesco. 

  
 

domingo, 22 de julho de 2018

TROCADILHANDO ALÉM MAR



Após obter informações, um oftalmologista leitor do escritor português
Júlio Dinis não sabia se dilatava ou delatava as Pupilas do Senhor Reitor.

sexta-feira, 25 de maio de 2018

LOCALIZADOS 33 MENORES DESAPARECIDOS EM PORTO ALEGRE DURANTE OPERAÇÃO REGRESSO

O Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca) realizou, esta sexta-feira, em vários bairros de Porto Alegre, a Operação Regresso, que localizou, até o final da tarde, 33 menores, entre crianças e adolescentes. A ação foi desenvolvida para marcar o Dia Internacional da Criança Desaparecida. A data é uma referência ao menino Etan Patz, de seis anos, que sumiu no dia 25 de maio de 1979, logo após ter saído da escola em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Até hoje, o menino nunca mais foi encontrado.
 Conforme a Polícia Civil, em 2016 desapareceram 394 crianças com até 12 anos no país. Desse total, 251 foram encontradas. Em 2017, foram 384 casos, com 239 localizações. Em relação aos adolescentes, com idades entre 13 e 17 anos, o número de desaparecidos em 2016 atingiu 5.059 com 3.744 encontrados. Em 2017, foram 4.546 jovens desaparecidos,  com 3.702 sendo localizados.
    Conforme a diretora do Deca, delegada Adriana da Costa, o número de desaparecimentos de adolescentes atinge cerca de 90 por cento das ocorrências registradas. A policial explica que os motivos para os sumiços são variados, com destaques para o envolvimento com namorados, tráfico de drogas, exploração sexual e desentendimento familiar.


Com Correio do Povo e sites da Internet
   

CHARGE SEM DESENHO

Além do revólver, o assaltante carrega uma mangueirinha e um galão de cinco litros. Ao apontar a arma para a vítima, vai logo avisando, aos gritos:
- Não quero o teu dinheiro, não quero o celular, nem o carro. Vai logo me passando a chave do tanque.

domingo, 22 de abril de 2018

MAIS UMA HiSTÓRIA DE UMA DAS IRMÃS DO AMIGOMEU

Dos cinco irmãos do Amigomeu, três morreram de forma trágica: Getúlio, o mais velho, disparou um tiro contra o próprio coração, da mesma forma que seu tocaio famoso; Momô, registrado como Deuseamor, foi assassinado por um marido traído sem sequer ter conhecido a mulher do corno; e Deudeci, coitadinha, foi vítima de sua extrema magreza.
Já comentei aqui no blog os detalhes das mortes de Getúlio e Momô. Também já falei aqui sobre as desventuras de Deudeci que, por ter sido muito magra, passou a vida inteira sofrendo "bullying", principalmente na infância, quando ouvia apelidos, como Fininha, Pau de virar-tripa, Palito, Jerivá e Vara de Pescar. 
   Por ser magra demais, no mês de outono, quando costuma ventar muito, ela precisava carregar duas pedras de meio quilo na bolsa para poder ir ao armazém. Ou passear. Em 2016, morreu de forma trágica como o clássico do cinema "E O Vento Levou". Durante aquele ciclone que atingiu Porto Alegre, ela estava a cem metros de sua casa, na Estrada dos Alpes, no bairro Alto Teresópolis, e foi carregada pelos ares pela ventania até o bairro Praia de Belas, onde se estatelou contra a parede do sexto andar. Na verdade, foi um andar acima, mas mudei aqui porque iriam dizer que 7 é conta de mentiroso.
O caixão no qual Deudeci foi sepultada era muito estreito, tinha uma alça só, como caixa de violino. A lápide não permitia sequer escrever o nome inteiro. Ficou deu de si, em uma coluna. O coveiro disse que não dava para colocar o esquife na horizontal. O deu de ci lembrou a origem do nome dela, como já contei. O pai dela, seu Waldemar, uma vez foi ao Cabaré da Picucha, lá em Seival, e ouviu prostitutas conversando em outra peça. Elas comentavam sobre o falatório a respeito de uma moça de família rica que havia transado com quase todos os rapazes da vila. Isso em uma época em que isso não era comum. Uma das putas defendeu a garota.
- Se ela deu de si, foi bem dado e ninguém tem nada xô isso. Seu Waldemar ficou com aquilo na cabeça.
   Mais tarde, ao registrar a criança, a quarta na ordem dos filhos, seu Waldemar não tinha um nome escolhido, e não se sabe por que cargas d'água, disse que a menina se chamaria Deudeci. O escrivão colocou o nome com C para atender às regras da ortografia. 

quinta-feira, 19 de abril de 2018

O TEMPO, O VENTO E O PAGAMENTO

Se o tempo fosse um barquinho
daqueles de vela ao vento,
minhas bochechas estariam roxas
de tanto eu soprar o Tempo 
pro dia do pagamento.

terça-feira, 27 de março de 2018

REFLEXÕES ECONÔMICAS

               Se o tempo fosse um barquinho, 
               daqueles de vela ao vento,
               minhas bochechas estariam roxas
               de tanto eu soprar o tempo
               pro dia do pagamento.

                     

domingo, 11 de março de 2018