sexta-feira, 21 de setembro de 2018

A VIOLÊNCIA CONTINUA...

         Na quarta-feira, uma viatura da Brigada Militar passou vagarosamente pela minha rua, no Bairro Medianeira, cena que se repete muito poucas vezes. Fiquei contente. E, em seguida me dei conta. Estamos a poucos dias da nova eleição. Natural que queiram mostrar algum serviço em uma cidade tão atingida por roubos e mortes. Não me impressiono com polícia ostensiva. Não há como colocar uma viatura o tempo todo em cada esquina. E nem isso impediria a continuidade dos assaltos. O que seria necessário mesmo seria retirar de circulação os assaltantes, homicidas e traficantes. Mas o que se vê são bandidos sendo presos ao mesmo tempo em que outros são soltos das prisões e populam pelas ruas.
          Hoje, quinta-feira, eu lembrei-me do quanto estou certo. Eu caminhava com minha neta pela minha rua em direção à padaria por volta de 11h30min, quando notei algo estranho uma quadra depois de termos saído de casa. Um homem fazia outro levantar a camisa, ao lado de um automóvel. Achei que estavam brincando e seguimos andando. Em segundos, ouvi gritos e um som de tiro bem perto de nós. Dei-me conta de que era um assalto e fiquei sem saber o que fazer. Temi que fosse algum vizinho rechaçando o ataque e não tive tempo para uma reação, com medo de alguma bala perdida. O assaltante, jovem, alto, razoavelmente bem vestido passou correndo por nós. Não cheguei a ver a arma, mas um vizinho, por quem ele passou após dobrar a esquina, viu o bandido esconder um revólver dentro da calça. Ele cruzou as avenidas Gastão Mazseron e Carlos Barbosa em direção a uma vila existente nas proximidades, onde são frequentes tiroteios à noite.
          Não cheguei ficar impressionado desta vez. Meu coração não disparou como em outubro de 2016, quando fui assaltado a 200 metros desse mesmo local. Mesmo assim, fiquei preocupado. Poderia ter sido atingido por um tiro. Enquanto isso, vejo e ouço na televisão os candidatos a presidente, governador e deputado federal e senador, prometerem, com a maior cara de pau, que irão resolver o problema da violência.


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