domingo, 11 de agosto de 2019

AMIGOMEU NÃO CONTAVA ESTRELAS MAS...

Ao publicar essa ideia mais recente que me veio à mente, sobre contar estrelas, lembrei-me do Amigomeu.
    Foi assim. Um dia Amigomeu foi visitar, lá em Bagé, a minha saudosa irmã Dóris, a mais velha entre nós seis. Num determinado instante, ele entrou no banheiro, o único da casa. De repente, os moradores notaram que já haviam se passado mais de 50 minutos, e o Amigomeu não havia saído do banheiro.
Imediatamente, Dóris e o resto da família ficaram preocupados. Não tinham notado nada estranho na fisionomia do Amigomeu, mas será que teve algum problema de saúde? O tempo foi passando e todo mundo preocupado. Ninguém perguntou nada a ele. Quase duas horas depois, Amigomeu saiu do banheiro aparentando a tranquilidade de sempre. Várias pessoas já estavam apertadas, e só então o local de tirar água do joelho havia sido liberado.
     Antes que alguém tocasse no assunto, sobre essa longa estada no banheiro, Amigomeu fez uma pergunta para a minha irmã, que esclareceu tudo: "Dorica, tu sabes quantos azulejos existem no teu banheiro? De boca aberta, minha irmã só respondeu: "Não faço a mínima ideia."
E ele, com a expressão de quem tem uma grande informação para contribuir para a cultura da humanidade, respondeu:
     - São 846 azulejos - disse e saiu para a cozinha para tomar café.
    Uns poetas contam estrelas. O Amigomeu contou azulejos.

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