terça-feira, 3 de setembro de 2019

AMIGOMEU APRONTANDO NA PRAÇA DA ALFÂNDEGA

O Amigomeu Silva da Silva, vocês sabem, é uma grande figura. Uma mistura de Sancho Pança com Don Quijote de La Mancha. Como é nascido e meio que crescido na solidão da campanha gaúcha, tem esse espírito aventureiro e interativo com as pessoas. Muitas das vezes se dá mal.
No dia do meu aniversário, que não teve festa nem bolo, o amigo meu foi lá em casa no dia 30, me dar um quebra-costelas, como ele diz. E receber também um abraço, já que nascemos no mesmo dia, mês e ano.
Entre um chimarrão e outro, conversamos sobre as trapalhadas do presidente e ele me contou de suas próprias trapalhadas.
Me dizia ele que, na semana anterior, caminhava pela Rua da Praia, quando teve a sua atenção despertada para um grupo que participava de um jogo de tabuleiro sobre os bancos, entre a banca de revistas Vera Cruz e as estátuas dos poetas Drummond e Quintana.
Curioso, aproximou--se do grupo e perguntou, com aquele jeito dele:
- Ainda que mal lhes perguntem, mas como é o nome desse jogo aí?
- Um baixinho que estava na ponta do grupo que assistia à partida disputada por um gordo de bigodes e suspensórios e um magro alto de bigode fininho, perguntou?
- Tu não é daqui?
- Não. Sou bagual dos campos de Seival. Vi esses dois com um bando em volta que nem "os corvo nas carniça" e fiquei curioso. Como é o nome desse jogo tchê?
É claro que ele sabia o nome mas estava meio sem ter o que fazer, já havia lavado a louça em casa e dado ração pro cachorro e não era homem de passear com cachorrinho na rua, decidiu dar umas risadas.
Para se livrar logo do chato, ou pelo menos fazer o gaudério calar a boca, um dos integrantes do grupo explicou:
- Isso aqui é jogo de damas.
- Amigomeu então complementou:
- A la maula, tchê. Se é jogo de damas, por que é que só tem cavalheiro?
Se não tivesse um brigadiano no local pra apartar, Amigomeu estaria apanhando até agora. Que "cosa"!

Foto meramente ilustrativa

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