quarta-feira, 6 de maio de 2009

MAIS UM CASO DE DESAPARECIMENTO MISTERIOSO


Assim como milhares de famílias, os parentes de Ernesto Rodrigues de Borba, 73 anos, não conseguem entender como uma pessoa pode desaparecer tão misteriosamente.
A história do seu Ernesto é a seguinte: funcionário público estadual aposentado, no dia 5 de maio de 2005, ele havia saído de casa na BR-290, no distrito rural de Divisa, em Eldorado do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre e não voltou. A família descobriu que ele havia sofrido um acidente e encaminhado para o posto de saúde do município. Não há informações precisas do que aconteceu com ele, provavelmente foi atropelado. Do posto, por indicação do médico, Ernesto foi levado para o Hospital de Pronto Socorro, na Capital.
Depois de medicado, Ernesto voltou na mesma ambulância para Eldorado do Sul, mas, confuso, deve ter dado ao motorista o seu endereço antigo. no Bairro Sans Souci. A partir dali, ninguém mais soube mais nada sobre ele. Se você tem alguma informação que possa ajudar a localizá-lo ou descobrir o que aconteceu com ele, ligue para o telefone 9689-1580 ou nos avise aqui no Vidacuriosa. Se puder, ajude essa família a retirar essa angústia que pesa sobre suas vidas.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

MAIS DIVAGAÇÕES

Sei que a maioria das pessoas gosta de megalópolis, com grandes edifícios, muita gente, baladas, praias lindíssimas, movimento intenso. Já eu me encanto com cidades pequenas, tranquilas que tenham uma população inteligente, criativa e feliz. Cidades grandes têm grandes problemas, insolúveis problemas.
Cidades pequenas, em sua maioria, conseguem curar suas feridas logo que elas surgem. Um forasteiro com problemas é logo abordado, e o caso é resolvido. Na cidade grande, é imenso o número de pessoas com fome e precisando de ajuda. Eles são ignorados e, como bichos, vão se transformando em bandos. No pequeno município, todo mundo se conhece. Quem pensa em cometer um delito, na maioria dos casos, fica até com vergonha. Na megalópolis, o anonimato permite aos criminosos cometerem seus delitos e se esconderem na multidão.
É claro que, hoje em dia, nenhuma cidade está livre da violência. O crime se expande, viaja e pega todo mundo desprevenido. Mas, mesmo assim, na cidade pequena, desde que não haja preguiça ou conivência da polícia, é mais fácil de perseguir bandidos, que não têm onde se esconder. E os criminosos sabem disso.
Ninguém gosta de tédio. Para evitar isso, moradores criativos de cidades pequenas sem os pontos de diversão constroem seus próprios locais de divertimento. Se podem, viajam, visitam outros locais e depois voltam. Cidades grandes, com arranha-céus e muito cimento, são como jaulas que transformam seres humanos em feras que extrapolam seus sentimentos em jornadas insanas de carros em alta velocidade ou em viagens não convencionais.
Um pequeno poema de Mario Quintana sempre me vem à mente quando eu penso nisso: "Cidade grande, dias sem pássaros, noites sem estrelas."
Não era para ser assim. Quanto maior o número de pessoas comprometidas com a cooperação o trabalho e na contribuição financeira, mais facilidade teria uma cidade. O problema é que o egoísmo, causador da corrupção, e o despreparo de alguns, transformam essa vantagem em prejuízo. O que eu desejava era que nas cidades populosas, todas as pessoas fossem felizes. Para isso, seria preciso mudar o espórito das pessoas. Só a paz e a solidariedade trazem a verdadeira alegria e felicidade. É o que espero para meus netos, já que não tenho esperança de mudanças tão breves.

terça-feira, 28 de abril de 2009

UMA PAUSA NOS ASSUNTOS SÉRIOS E UMA LICENÇA PARA A FICÇÃO

Caía a tarde em Porto Alegre e eu caminhava pela Avenida Bento Gonçalves, no Bairro Partenon, quando tive a atenção despertada para uma figura estranha do outro lado de uma grade. O homem, com os olhos arregalados e cabelo desgrenhado, projetava-se dos fundos do hospital psiquiátrico em direção à frente. Ao me ver, fez sinais para que eu me aproximasse. Parei diante da grade e esperei que ele chegasse. Calculei o tamanho de seus braços para que não pudesse tocar-me e ele parou diante do gradil.
De repente, ele enfiou a mão no bolso da calça de moletom escuro. Arrependi-me de ter parado. Jornalista não consegue ignorar um fato estranho. Suei frio ao pensar que poderia tirar do bolso um revólver, uma faca ou uma pedra. Mas o que apareceu foi um calhamaço de papéis amarfalhados, que me estendeu:
_ Toma. Leva pra ler em casa. Quem sabe podes incluir no teu livro ou em um site da Internet.
Quando li o material, me espantei.

POESIA DE UM LOUCO QUE
NUNCA PERDEU A LUCIDEZ


"Era noite escura, o sol brilhava no horizonte, as vacas pulavam de galho em galho e os passarinhos pastavam no asfalto. Longe dali, a uns 50 metros, corria um riacho seco, em cujas águas boiava o cadáver de um homem vivo, que dizia: prefiro mil vezes morrer a falecer.
Às margens desse arroio, na sombra de uma árvore sem galhos nem folhas, um idoso de 32 anos, sentado de pé num banco de pedra feito de pau, lia um jornal sem letras e fumava um cachimbo apagado.
Na capa do jornal, escondida no meio da publicação, havia uma notícia inédita e bem conhecida: no autódromo, um cavalo de nove Veloz, correra sozinho o segundo páreo e chegara em segundo lugar.
Em outra página, no cabeçalho situado na parte inferior, uma frase destacava-se em pequeninas letras garrafais:
" Os quatro maiores profetas do novo mundo antigo são três: Pelé e Falcão."
Obrigado pela atenção.
Feliz Natal e Próspero Ano Novo

Assinado: Antônio Fortuna do Nascimento Antares

sexta-feira, 24 de abril de 2009

MAIS COISAS QUE MEUS DOIS NEURÔNIOS NÃO ENTENDEM

Tenho apenas dois neurônios: o Tico e o Teco. O Teco já está esgualepado, como diria o ex-governador Olívio Dutra. Já o outro, bem, deixa pra lá. Como os meus dois neurônios não se entendem, como os homônimos deles, os castores atrapalhados do Walt Disney, talvez seja por isso que eu não consiga compreender muitos fatos que acontecem ao meu redor. Vamos a alguns deles:
Se há limites nas estradas, por que permitem que os veículos possam atingir velocidades de até 200 ou 300 quilômetros por hora?Tá, eu sei que há países em que as rodovias permitem uma velocidade ilimitada como a Espanha. Mas eu pergunto? Por que andar a uma velocidade tão alta? Por que essa pressa toda? Seria mais lógico que apenas os automóveis usados pela polícia, bombeiros e ambulâncias pudessem desenvolver uma velocidade mais elevada. Imaginem a supremacia dos policiais sobre os bandidos que hoje roubam carros potentes para fazer suas estripulias. Você gosta de correr de carro? Vá para o autódromo.

Por que as autoridades não conseguem impedir criminosos de reincidir em roubos, furtos, assassinatos e tráficos de drogas e de outros tipos?
Qualquer imbecil se dá conta de que a maior parte dos crimes é praticada por gente que já está contaminado pelo crime. É previsível que volte a delinquir um assaltante que cumpriu pena em um presídio miserável como o Central, por exemplo, e que é posto em liberdade provisória às vezes sem nem dinheiro para o ônibus. Ele sai e vai diretamente para um lugar tão miserável como o que o segurava e se reúne com amigos que já estão envolvidos com crimes. Como acreditar que ele vá se recuperar e procurar um emprego se mesmo quem não tem antecedentes criminais tem dificuldade? Como esperar que ele vá se contentar com um salário baixo se já está acostumado a ganhar um bom dinheiro sem fazer muita força usando apenas uma arma, tão fácil para ele de conseguir. Além disso, ele é solto e abandonado. Isso sem falar na corrupção de policiais que o conhecem e passam a exigir propina para não prendê-lo. Isso sem falar nas dívidas que têm com advogados? Como pagá-los? Tudo isso me parece claro. Por que não há providências para que isso não aconteça?
Por que não há uma preocupação com o fato de que presidiários não trabalham?
O lema de qualquer governo deveria ser "nenhuma criança sem escola e nenhum presidiário sem trabalho". A lei determina que nenhum apenado pode ser obrigado a trabalhar e que o Estado deve prover o seu sustento por privá-lo da possibilidade de se auto-sustentar. Acho isso um absurdo. A lei deveria ser modificada e todo preso deveria ser obrigado a trabalhar desde que não seja de forma desumana. Todo apenado deveria custear sua permanência na prisão porque foi por seu próprio erro que ele perdeu o direito da liberdade.
Qual o mistério que mantém o uso do cigarro?
Se todo mundo sabe que o cigarro faz mal à saude, por que se vê tanta gente que se diz inteligente fumando enlouquecidamente mesmo tendo na família parentes que agonizaram com falta de ar? O que vejo são governos ganhando dinheiro com impostos da indústria do fumo e cidadãos entregando-se frenéticamente ao tabaco.

Campanha para acabar com os sacos plásticos nos supermercados
 Eu sei que os plásticos demoram muito tempo para se desintegrarem na natureza e que o uso de sacolas de pano reduziria o número deles. Mas eu pergunto: na hora de pôr o lixo no lixo, não são utilizados sacos de plástico? Ao que sei, os sacos para lixo, vendidos em supermercados, não são biodegradáveis. Não seria o caso se fazer uma campanha paralela para que os sacos de lixos tenham a propriedade de não prejudicar a natureza? Outra coisa: se passassem a usar a sacolas, pessoas sem poder aquisitivo teriam de arcar com mais despesas para comprarem os sacos. Por enquanto, a campanha auxilia um pouco o meio ambiente, mas ajuda mais os fabricantes de sacolas de pano e a venda de sacos de lixos.

Por que as autoridades alegam falta de dinheiro para cumprir obrigações do Sus?Não consigo entender como um número tão grande de trabalhadores e empresas que contribuem com descontos para a Previdência Social não gera dinheiro suficiente para custear as despesas médicas. Grande parte dos que colaboram para os cofres da Previdência não causam despesa já que, quando precisam fazer tratamentos de saúde, utilizam planos particulares. Gostaria de saber como e onde é aplicado o dinheiro arrecadado? Minha ignorância nessa área não me permite tirar conclusões precipitadas, mas será que tudo está sendo gerenciado como deveria?

quinta-feira, 23 de abril de 2009

CÉUS, AONDE VAMOS PARAR?

Os anos se passam, e as situações se repetem. Dia após dia, assaltantes roubam mais, homicidas matam mais, traficantes vendem mais drogas para viciados que roubam mais e matam mais. E isso parece natural. Não vejo nenhuma preocupação de autoridades, a não ser quando são vítimas de classe alta ou são parentes de alguma autoridade ou celebridade.
A impressão que eu tenho é que as autoridades não sabem o que está acontecendo. Em ações pífias, as polícias fazem o pouco que podem e, quando prendem, as autoridades judiciárias fazem de conta que estão fazendo justiça, já que cumprem a lei. E os presídios se enchem e despejam de volta criminosos, que voltam a assaltar, a matar, a traficar, fabricando novos criminosos.
Não consigo entender como não percebem a raiz do problema e como a sociedade não se impõe para resolver a questão. O monstro que engole e cospe de volta os criminosos está cada vez maior.
Vai chegar um dia – se é que não chegou– em que haverá mais criminosos do que honestos nas ruas. O caos já está aí, a barbárie já impera, mas todo mundo parece que está preocupado com outras coisas: ganhar dinheiro e se divertir, comprar o possível e o impossível, viajar e até, o que pior, usar drogas.
O crack e as outras drogas, até mesmo o álcool, são cada vez mais visíveis como mola impulsora do crime. A saída prematura de criminosos das cadeias é também cada vez mais notada.
Não é preciso fazer estatística para perceber que, em quase todos os casos de morte ou de assaltos e furtos há crack envolvido e existem foragidos do sistema penitenciário implicados. As cadeias não recuperam nem servem para manter criminosos longe da sociedade.
Céus, aonde vamos parar?

segunda-feira, 13 de abril de 2009

O HERÓI E A CELEBRIDADE

Outro dia comentei com colegas sobre a diferença entre herói e celebridade. Carente do primeiro, o povo se agarra no segundo como se as duas coisas fossem uma só. Mas não são. Herói, para mim, foi Jackson Jocelino Pioner, aquele policial militar de folga que acompanhava a mulher na saída do hospital e entrou no fétido Arroio Dilúvio para salvar da morte um homem que estava sendo espancado por outros marginais. Para o herói não importa quem seja a vítima.
Herói foi um menino que se arriscou em um incêndio para salvar uma criança no Centro do país ou outro que se jogou na água para resgatar um irmão no Interior do Estado. Herói é quem descobre a cura de uma doença grave. Entretanto, quem sabe os nomes desse tipo de profissional? Os heróis de hoje têm vergonha de serem reconhecidos até porque, para grande parte da população, atos de heroísmo não chamam muito a atenção. Não dão tanto ibope. Quando muito, os heróis recebem uma homenagem de algum político e depois logo são esquecidos.
Se os feitos saem na imprensa mais de três vezes, sempre existe alguém que se diz cansado dessa história. Inúmeros heróis morrem pobres e esquecidos. Já as celebridades são admiradas por grande parte da população, mesmo que nada tenham feito a não ser aparecer na televisão. Ao se tornarem celebridades, ganham dinheiro, passam a ter chances e só não aproveitam se forem totalmente desprovidas de talento. Habilidade ou conhecimento, aliás, não são qualidades exigidas para celebridades.
Elas são admiradas porque conseguem mudar de vida e ganhar dinheiro, posando para revistas ou fazendo comerciais. Neste país, até mesmo criminosos viram celebridade. Não me admira a situação se encontrar como está.
(Publicado no Diário Gaúcho na edição de 2 de abril)




Por falta de espaço, acabei não referindo outras pessoas que merecem a qualificação de herói.
Heróis são aqueles, que, mesmo sem um pai presente, vivendo sem conforto em lugares dominados pela criminalidade, conseguem lutar por uma situação melhor. São heróis por conseguirem superar as adversidades e não sucumbem para o crime. Esses, mesmo tendo muito pouco, ainda conseguem ajudar os outros e modificam suas próprias vidas.
Heroínas são as mulheres pobres que, mesmo abandonadas por seus parceiros, conseguem educar seus filhos para que sejam trigo nascendo no meio do joio. São heroínas que sofrem na carne e no espírito as agressões do meio e daqueles com quem convivem, mas seguem íntegras, transmitindo a sua ânsia de viver direito para seus descendentes.
Heroínas são as mulheres ricas que não se entregam às frivolidades que a boa situação social proporciona, que se emocionam com os necessitados e ajudam de alguma forma, seja materialmente, seja emocionalmente. Sim, essas heroínas existem. Mas, como disse no artigo, a maioria dos heróis são anônimos, não perseguem nem querem a fama, apenas sua merecida paz de espírito.
Heroínas e heróis são as professoras e professores que têm de enfrentar salário baixo e desrespeito por parte de alguns alunos que vêm de berços desguarnecidos e de pais de alunos despreocupados ou equivocados que não conhecem o sentido da palavra educar
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terça-feira, 31 de março de 2009

PALAVRAS SEMELHANTES EM PORTUGUÊS E ESPANHOL, MAS COM SIGNIFICADOS DIFERENTES

                                        Acrescentado em 6/10/2012
     Não sou especialista em nenhum idioma, mas a curiosidade me permitiu descobrir falsas semelhanças entre o português e o espanhol suficientes para me ajudar a não cometer gafes. Nas poucas viagens ao Uruguai e à Argentina e ao México (uma), na escuta radiofônica dos hermanos, nas conversas com o povo de língua castelhana e, mais recentemente, nas pesquisas na Internet, aprendi uma série de palavras que parecem ter um significado e têm outro. Para exemplificar a gafe, reproduzo aqui uma história supostamente verídica que me contaram outro dia. Um brasileiro estava em Montevidéu e não conhecia nada de espanhol, muito menos de como funcionam os restaurantes por lá. Ele se aproximou do maitre e arriscou num portunhol sofrível:
_ Senor, jo quero um café.
     O funcionário respondeu:
_ Hay que pedir a el mozo! (é preciso pedir ao garçom!)
     O brasileiro achou ridículo e insistiu:
_ Jo no quero almoçar, quero um café‚ só.
     O maitre não entendeu e repetiu a frase:
_ Hay que pedir a el mozo, señor!

     O nosso amigo saiu irritado, dizendo que nunca mais botava os pés naquele restaurante e só foi entender a burrada muito tempo depois. É que almoço, em espanhol, é almuerzo. Garçom, em espanhol, é mozo (pronúncia moço). O funcionário do restaurante pediu para o brasileiro fazer o pedido ao garçom (al mozo).

Para impedir essas rateadas, aí vão dicas sobre palavras parecidas e significados diferentes:
ESPANHOL.............................PORTUGUÊS
Almohada.............................Travesseiro
Almohadilla.......................... Almofada
Diz-se também almohadillha em espanhol para o sinal no aparelho telefônico conhecido no Brasil como cerquinha ou jogo da velha.
Apellido: .............................. Sobrenome
Sobrenombre ou apodo:.........Apelido
Berro:...................................Agrião
Cachorro:..............................Filhote (de mamíferos)
Perro ou can......................... Cachorro ou cão
Carpa....................................Tenda, barraca     
Pece carpa:........................... Carpa, peixe de água doce
Casco:....................................Capacete, carapaça de tartaruga, unha de cavalo de ou de vaca e vasilhame de garrafa de cerveja 
Celos: ................................... Ciúme
Sello ou estampilla:..................Selo, para as cartas                  
                                              Zelo: cuidado
La casa es suya (pronúncia: la
caça es suja): .........................A casa é sua.
La casa es sucia:.....................Casa suja, que ninguém limpou
Cuello (pronúncia: cuelho)......Pescoço
Conejo.................................... Coelho
Cura.......................................Padre, religioso católico
                                               Cura: eliminação da doença
Padre.....................................Pai
Embarazada...........................Grávida  

Avergonzada........................... Embaraçada, sem jeito,
Exquisito:...............................Gostoso, saboroso.

                                               Esquisito: estranho
Faro......................................Farol

Rastro................................... Faro.
Feria: feira............................ Féria: ganho do motorista de táxi no dia
Vacaciones: férias
Guitarra: violão .....................Guitarra: tipo de violão com braço longo e fundo chato, sem caixa acústica e com captação elétrica.
Largo: comprido..................... Largo: que não é estreito
Ancho: largo

Maestro:................................Professor primário
Conductor: ............................Maestro de orquestra
Profesor: ..............................Professor universitário, cientista
Mala......................................  
Maleta, valija.........................Mala
Niño......................................Criança
Nido:.................................... Ninho de pássaros
Novia:.................................. Namorada

Prometida:........................... Noiva, comprometida para casar
Enamorada............................Apaixonada      
Oso:..................................... Urso
Hueso:................................. Osso.
Pelado:.................................Careca
Desnudo...............................Pelado, sem roupa
Pipa:.....................................Cachimbo
Cometa (feminino):.................Pipa, pandorga, papapaio
Polvo:....................................
Pulpo: ..................................Polvo
Presunto:............................. Suposto,alegado

Jamon: .................................Presunto, embutido feito de carne de porco
Propina: ...............................Gorjeta
Rato.....................................Momento
Raton...................................Rato: animal roedor
Tirar: ..................................Atirar, jogar algo
Sacar...................................Tirar: subtrair, retirar 
Saco: ...................................Casaco
Bolsa de basura....................Saco de lixo
Salgo: ..................................Saio do verbo sair
............................................ Salgo: coloco sal
Salado...................................Salgado

Sótano: .................................Porão
Ático..................................... Sótão: peça entre o forro e o telhado da casa. No português mais antigo era chamado de água-furtada
Talleres:............................... Oficinas mecânicas ou oficinas de poesias 
Cubiertos:.............................Talheres (faca, garfo e colher)
Oficina:................................. Escritório
Tapa...................................... Capa (de livros, fascículos). Para capa           (primeira página) de jornais, o mais usado em espanhol é portada.
Tapa, Bofetada......................Nesse sentido, as duas têm as mesmas palavras e sentido em português.
Vaso: ....................................Copo
                                                Vaso: recipiente para pôr flores
Zurdo: ..................................Canhoto.
Sordo: .................................. surdo

Observação: Cuidado! Não vá chamar garçom de mozo no México. Diferentemente da Argentina e do Uruguai, os mexicanos chamam o garçom de mesero (pronúncia messero, que trabalha na mesa). Mozo (pronúncia moço) é o funcionário que limpa o chão do restaurante. 

Se você tem alguma informação para acrescentar, ou eventualmente corrigir este post, por favor, não se acanhe: envie a colaboração que prontamente acrescentarei.

quinta-feira, 26 de março de 2009

DICIONÁRIO MALUCO: BRINCANDO COM AS PALAVRAS

                                              Acrescentado em 1/6/2012


Recebi um e-mail, com esse dicionário maluco, outro dia, do meu amigo internauta Geverson Ferrarri, que é sargento da Brigada Militar. Eu já havia lido algo semelhante e, desta vez, resolvi compartilhar com os amigos. Dei uma mexida em algumas definições e aí está. Como esse tipo de brincadeira não tem autoria explicitada, fica assim mesmo:

Abismado: Abobado que caiu em um precipício.
Armarinho: Móvel usado para guardar brisa proveniente do oceano.
Assaltante : Um 'A' que pula e acaba roubando alguma coisa.
Aspirado: Carta de baralho completamente maluca.
Autoajuda - Oficina mecânica na qual o proprietário do carro faz os consertos no veículo. Ou livro que ensina como cuidar do próprio carro.
Autoanálise - Exame que se faz na hora de comprar o veículo.
Autodidata: Pessoa que aprende sozinho sobre detalhes dos automóveis como marcas e anos de fabricação.
Automatismo: é o que faz alguém servir a cuia várias vezes seguidas para si mesmo na roda de chimarrão ou dentro do carro. 
Autópsia: Exame nas peças do veículo para saber qpor que o motor morreu.
Barganhar: Fazer uma troca e receber um boteco.
Barracão: Galpão onde é proibido entrar caninos.
Bimestre: Período em que um professor ensina em duas disciplinas.
Biscoito: Fazer sexo duas vezes enquanto come um determinado tipo de bolacha.
Caçador: Indivíduo que vive procurando se autolesionar.
Cerveja: Bebida que gostaria de se transformar em uma revista.
Cleptomaníaco: Fã que tem obsessão em furtar os discos de Eric Clapton.
Contribuir: Ir para algum lugar com vários índios.
Coordenada: Que não tem cor.
Conversão: Papo prolongado que convence alguém a mudar de religião.
Democracia: Sistema de governo do inferno em que o povo manda. (Aos mais politizados, é só uma piada, viu?)
Detergente: Ato de prender seres humanos utilizando substância usada para lavar louça.
Determine: Mande prender a namorada de Mickey Mouse.
Eficiência: Estudo competente das propriedades da letra F
Estouro: Correria provocada por bovinos castrados.
Expedidor: Mendigo que mudou de classe social ao rumar um serviço de entrega.
Fluxograma: Direção em que cresce o capim.
Halogênio: Forma de cumprimentar pessoas muito inteligentes usando certo tipo de lâmpada.
Homossexual: Gay que lava as partes íntimas com sabão em pó.
Diabetes: As dançarinas do diabo que deixam a pessoa doente e com muito
açúcar no sangue.
Leptospirose: Piração causada pelo uso excessivo do notebook. É causada pela urina do mouse. (baseado em post de Ari Teixeira no facebook)
Luz Solar: Energia luminosa emitida pela parte de baixo do sapato. 
Madrugadores: Fãs do ator mexicano Ramón Valdés que gravam o programa do Chavez e acordam bem cedo para assisti-lo.
Ministério: Parte do governo encarregada de taxar pequenos aparelhos de som.
Missão: Culto religioso com mais de três horas de duração.
Padrão: Religioso católico muito alto e gordo.
Presidiário: Aquele que é capturado todos os dias.
Pornográfico: O mesmo que colocar no desenho. É sempre baixaria.
Pressupor: Colocar valor em alguma coisa achando que está correto.
Ratificar: Tornar-se um rato. E confirmar isso.
Regime militar: Rotina de dieta e exercícios  determinada pelo exército.
Suburbano: Habitante dos túneis do metrô fora do centro da cidade.
Tripulante: Especialista em salto triplo que pratica dentro de navio ou avião.
Unção: Erro de concordância verbal. O certo seria "um é". Extrema unção é o equivoco ocorrido pouco antes da morte. 
Violentamente: Assistiu, devagarinho, a uma cena de agressão. (Essa é braba.)
Volátil: Avisar o irmão do pai que você vai lá (Essa é pior ainda.).
Testículo: Pequena frase para definir parte do órgão reprodutor masculino



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quarta-feira, 11 de março de 2009

MAIS UM DESAPARECIDO

Familiares de Nelsinho Silva da Rosa, 49 anos, não se conformam com o desaparecimento dele. Nelsinho trabalhava como vendedor de produtos alimentícios no Bairro Niterói, em Canoas, e passou a sofrer efeitos de bipolaridade e depressão. Poucos meses depois de ter sido internado com problemas circulatórios em uma das pernas, Nelsinho acabou entrando em crise.
A irmã dele, Marlene, conta que no dia 8 de junho de 2008, Nelsinho saiu da casa onde mora com uma sobrinha e foi visitar um amigo que conheceu quando esteve internado no Hospital Nossa das Graças. Em surto, ele saiu a pé e deixou o carro, a chave e os documentos na casa do amigo. E até hoje ninguém teve notícias dele.
Apesar de ter seu nome e foto divulgados no Diário Gaúcho por várias vezes, os familiares não conseguem localizá-lo. Mendigos disseram tê-lo visto em São Leopoldo e em abrigos de Porto Alegre. Mas, nos locais citados, Nelsinho não foi localizado. Além de mancar de uma perna, o desaparecido tem uma tatuagem de águia no peito.
Não consigo entender como ele continua desaparecido. Se ele fosse parente de alguém "importante", as autoridades estariam empenhadas em localizá-lo. Como não é, deve estar vagando pelas ruas como andarilho, envolto em seus problemas psíquicos, sofrendo sozinho. Ou então está morto e enterrado como indigente.


Não existe gratificação em dinheiro para quem ajudar a encontrá-lo. Se você quiser, poderá repassar essa foto para alguém. Se tiver informações sobre ele, ligue para (xx) (51) 3463-6807 ou 9317-6638. Se ele for encontrado, sua gratificação será pensar que o mundo não está tão perdido como parece.

segunda-feira, 2 de março de 2009

ERROS QUE SE REPRODUZEM PELA DIVULGAÇÃO NA TV

Não assisto ao Big Brother. Por isso, não vou fazer qualquer crítica aqui. Se está no ar há tanto tempo, é porque tem uma grande parte da população que gosta. Mesmo sem acompanhar, não posso deixar de ouvir porque a tevê fica ligada na redação, no horário final do meu trabalho. Pois, hoje, ouvi o Pedro Bial falar alguma coisa para os confinados na casa. Não sei qual era o assunto. Apenas liguei-me no adjetivo que ele usou não sei sobre quem: malemolente. Isso mesmo, malemolente.
Essa palavra não existe, mas certamente milhares de pessoas vão repeti-la quando quiserem se referir a uma pessoa com ginga e molejo no corpo, com malandragem na mente. A palavra certa é MANEMOLENTE. Se o Bial fosse ao dicionário, veria que manemolente vem de manemolência, que, por sua vez, foi uma expressão criada na Bahia a partir de um personagem chamado Mané Mole. O mané certamente ganhou esse apelido pelo seu estilo mole e malandro.
Não são poucas as pessoas que confundem manemolência com malemolência e vão repetindo e retransmitindo esse vírus. Há algumas semanas, ouvi a Angélica falar esse termo errado durante uma edição do seu programa Estrelas, da Rede Globo. Deixei passar. Agora, com o Bial, que costuma recitar textos poéticos e frequentemente debocha dos aspirantes-à-fama-sem-talento-algum, não resisti.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

RESULTADO DOS MELHORES DE 2008 E DO SORTEIO

Com um pouquinho de atraso, apresentamos os resultados da enquete sobre os melhores de 2008. Gostaríamos de agradecer, do fundo do coração, aos nove amigos que participaram da escolha e tiveram a generosidade de abrir mão de alguns minutos de seus preciosos tempos. Após a publicação dos escolhidos como melhores de 2008, apresentaremos os três ganhadores dos livros.

Os melhores de 2008

Melhor novela: Pantanal (relançada pelo SBT), cinco votos. Também foram indicadas A Favorita e Mulheres Apaixonadas, ambas da Rede Globo.

Melhor ator: empate entre Marcos Palmeira, Lázaro Ramos, Murílo Benício, Matheus Nachtergalele, Dan Stulbach, Tony Ramos e Heath Ledger.

Melhor atriz: Patrícia Pilar, três votos. Também foram votadas Giovanna Gold, Marília Pêra, Fernanda Torres e Charlize Theron.



Melhor Programa de TV: CQC, com três votos, Globo Repórter (dois). Planeta Terra, Todos os Homens do Mundo, Sem Fronteiras e Jornal Hoje também foram citados.
Melhor humorístico da TV: CQC, com três votos. Foram indicados Pânico, A Grande Família e Cilada.


Melhor apresentador de programa de TV: Marcelo Tas, três indicações, Serginho Groisman (duas). Também foram votados Luciano Huck e Sílvio Santos.



Melhor grupo musical: Empate entre Jota Quest e Coldplay, com dois votos. Foram citados também Paralamas do Sucesso, Skank e Moinho.

Melhor cantor nacional: Caetano Veloso, dois votos. Foram indicados também Seu Jorge, Falcão, do Rappa, Ed Mota, Ney Mato Grosso, Chico Buarque e Lucas (da banda Fresno).





Melhor cantora nacional: Marisa Monte, dois votos. Elizeth Cardoso, Maria Bethania, Luiza Possi, Malu Magalhães, Pity, Rita Lee também foram citadas.



Melhor cantor local: Nei Lisboa, quatro votos. Também foram lembrados Humberto Gessinger, Vitor Ramil, Neto Fagundes

Melhor cantora local: empate entre Loma, Adriana Calcanhoto, Andrea Cavalheiro, todas com um voto.

Melhor narrador de futebol no rádio: Haroldo de Souza, com dois fotos. Foi lembrado também Marco Antônio Pereira.



Melhor repórter de futebol no rádio: empate entre Luciano Périco, Sérgio Boaz, Luiz Henrique Benfica

Melhor comentarista de futebol no rádio: empate entre Wianey Carlet, Nando Gross, João Carlos Belmonte e David Coimbra.

Melhor repórter de notícia do rádio: empate entre Daniel Scola e Cid Martins.

Melhor emissora de rádio (AM ou FM): Itapema FM, com três votos, seguida da Rádio Gaúcha, com dois. Foram lembradas ainda a Cultura FM 103.3 e a Band FM.

Melhor emissora de televisão: empate entre a MTV e a Rede Globo, ambas com dois fotos. Foram indicadas também a TV Brasil e a TV Cultura

E agora, o resultado do sorteio:

Depois de colocar papeizinhos com os nomes dos participantes em um envelope, pedi à minha colega Cáren Baldo retirar três.

Quem ganhou o livro sobre o Repórter Esso, do jornalista Luciano Klockner, foi a Mara Dallena. Estou enviando o livro pelo correio.

Canibais, Paixão e Morte na Rua do Arvoredo, de David Coimbra, foi para Jocimar Farina, repórter da Rádio Gaúcha e já entregue em mãos.

O terceiro sorteado foi para o taxista e escritor Mauro Castro, que recebeu, em mãos, o livro Cris, a Fera & e outras mulheres de arrepiar, de David Coimbra.


terça-feira, 9 de dezembro de 2008

PRORROGADO SORTEIO SOBRE LIVROS

Você está sendo convidado a dar sua opinião sobre os diversos tópicos da diversão nacional e local e a concorrer a três livros:


Um deles é O Repórter Esso – A síntese radiofônica mundial que fez história, do jornalista e professor Luciano Klöckner.



Os outros dois são do jornalista multimídia David Coimbra: Canibais, Paixão e Morte na Rua do Arvoredo e Cris, a Fera & e Outras Mulheres de Arrepiar.

A idéia é sabermos o que os internautas pensam. Se você não vê novela, por exemplo, responda "nenhuma" (ou não responda). O mesmo se você achar que nenhum cantor ou grupo musical chamou-lhe a atenção neste ano de 2008, ect. Obrigado pela participação e boa sorte no sorteio. Copie e cole a lista para respondê-la e enviá-la nos comentários. Irei publicando e, no final, no dia 25 de janeiro, divulgarei os resultados e sortearei os ganhadores dos livros O Repórter Esso, Canibais, Paixão e Morte na Rua do Arvoredo e Cris, a Fera & e Outras Mulheres de Arrepiar.


OS MELHORES DE 2008

1) Melhor novela:
2) Melhor ator:
3) Melhor atriz:
4) Melhor programa de TV:
5) Melhor humorístico de TV:
6) Melhor apresentador de programa de TV:
7) Melhor grupo musical:
8) Melhor cantor nacional:
9) Melhor cantora nacional:
10) Melhor cantor local:
11) Melhor cantora local:
12) Melhor narrador de futebol no rádio:
13) Melhor repórter de futebol no rádio:
14) Melhor comentarista de futebol no rádio:
15) Melhor repórter de notícias do rádio
16) Melhor emissora de rádio (AM ou FM):
16) Melhor emissora de televisão:

A partir do encerramento das participações, no dia 25 de janeiro, o Vidacuriosa divulgará o resultado das escolhas e os nomes dos internautas contemplados com livros.

O LIVRO
O Repórter Esso – A síntese radiofônica mundial que fez história é o resultado de dez anos de pesquisa do jornalista Luciano Klöcner, que foi assunto para dissertação de mestrado e tese de doutorado. O livro é resultado de dez anos de pesquisa e apresenta uma análise crítica das notícias, além de depoimentos de historiadores, radialistas e jornalistas. O Repórter Esso foi transmitido por 60 emissoras de diversos países, entre os quais o Brasil. A obra tem 315 páginas. O lançamento do livro aconteceu no dia 26 de agosto de 2008 na Saraiva Megastore e contou com a presença dos locutores de O Repórter Esso de Porto Alegdre, Lauro Hagemann,de São Paulo, Fabbio Perez, do Rio de Janeiro, Roberto Figueiredo.


O AUTOR
Luciano Klöckner, 50 anos, é jornalista, doutor em Comunicação Social e professor da PUC-RS. É professor adjunto da Faculdade de Comunicação Social (Famecos), onde leciona desde 1988, e da Fundação Irmão José Otão, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Foi professor adjunto também da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Participou do Conselho da Fundação Padre Urbano Thiessen (Rádio Unisinos FM). Além da docência, atuou por mais de 20 anos em empresas de comunicação, com destaque para as revistas A Granja e Manchete, jornais Zero Hora e Correio do Povo, Rádios Gaúcha, Guaíba e Difusora (atual Bandeirantes).
Natural de Porto Alegre, Luciano é pai de Gisele, 26 anos, e Karina, 25, e avô de Theo, cinco anos.

O AUTOR E OS LIVROS:
David Coimbra nasceu no Bairro IAPI em Porto Alegre em 1962 é casado com Márcia e pai de Bernardo, de um ano e quatro meses. Tabalhou como repórter em mais de dez redações. Atualmente é jornalista multimídia: editor de Esportes e cronista de Zero Hora, integrante do programa Café TVCom e comentarista esportivo do programa Bate Bola da TV Com, além de dar pitacos no programa Pretinho Básico, da Rádio Atlântida. Publicou os livros Canibais, Jogo de Damas, Mulheres e Pistoleiros Também Mandam Flores, publicados pela empresa L&PM Pocket )www.lpm.com.br. Lançou também A mulher do Centroavante (Artes e Ofícios, 2003), A cantada Infalível , (Artes e Ofícios, 2003), Cronica da Selvageria Ocidental (RBS Publicações.) É co-autor de Viagem (2001) e História dos Grenais (2004).

Em Canibais, seu primeiro romance, David faz ficção baseada na ação real de um serial killer que matava pessoas e as transformava em linguiça no Centro de Porto Alegre no final do século 19.
Em Cris, a Fera & Outras Mulheres, a contracapa anuncia que o livro fala de mulheres famintas de sexo, poder, vingança ou qualquer coisa que possa destruir a vida de um incauto. "Uma noite de loucuras poderia custar muito caro. Às vezes, até mesmo a própria vida".

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O MUNDO NÃO TEM CONSERTO

Acrescentado de vídeo em 17/10/2011

Há poucos dias, meu colega Jocimar Farina passou-me pelo sistema bluetooth, no celular, uma música do Chico Buarque que há muito tempo eu não ouvia. Meu Guri conta a história de uma mãe conivente com seu filho ladrão. Ouvindo a música, imediatamente veio-me à mente duas cenas da realidade de Porto Alegre. A primeira foi uma ação da Brigada Militar no dia 26 de outubro em que 178 jovens participantes de gangues (agora chamados de bondes) foram detidos pouco antes de um confronto que se daria nas proximidades do shopping Praia de Belas.
Os jovens haviam se desafiado pela Internet e marcado um encontro naquele local. Se a Brigada não tivesse interferido, poderia ter ocorrido uma tragédia. Os adolescentes, com idades entre 13 e 17 anos foram levados para um batalhão para averiguação. No grupo havia meninos de 12 anos e maiores de idade, além de algumas adolescentes. Os jovens participam dos chamados bondes que costumam pichar paredes de residências e monumentos, entram em atritos com outros grupos, roubam e agridem sem qualquer motivo.
Quando li a notícia, fiquei pensando nos pais daqueles garotos. Onde andariam, o que diriam para os filhos, o que sabiam deles? Pois a segunda história a que me refiro aconteceu dois dias depois. Seis pais procuraram o comandante da Brigada Militar, coronel Paulo Roberto Mendes, para pedir uma explicação para o fato de seus filhos terem sido levados para o batalhão onde ouviram um sermão do comandante.
_ Viemos cobrar esclarecimentos, saber o que aconteceu. Meu filho não é bandido _ limitou-se a dizer um dos pais dos adolescentes. Conforme o coronel informou à imprensa, outro pai chegou a dizer que a ação policial causou uma perda irreparável à imagem do filho dele, que teria ficado "marcado na escola, onde virou motivo de piadas.
Morro e não vou ver tudo. A maioria dos 178 jovens são no mínimo de classe média. A música do Chico Buarque conta a história de uma mãe de classe baixa, mas, no fundo, é a mesma coisa.


Confira a letra da música


MEU GURI
(Chico Buarque de Holanda)

Quando, seu moço
Nasceu meu rebento
Não era o momento
Dele rebentar
Já foi nascendo
Com cara de fome
E eu não tinha nem nome
Prá lhe dar
Como fui levando
Não sei lhe explicar
Fui assim levando
Ele a me levar
E na sua meninice
Ele um dia me disse
Que chegava lá
Olha aí! Olha aí!

Olha aí!
Ai o meu guri, olha aí!
Olha aí!
É o meu guri e ele chega!

Chega suado
E veloz do batente
Traz sempre um presente
Prá me encabular
Tanta corrente de ouro
Seu moço!
Que haja pescoço
Prá enfiar
Me trouxe uma bolsa
Já com tudo dentro
Chave, caderneta
Terço e patuá
Um lenço e uma penca
De documentos
Prá finalmente
Eu me identificar
Olha aí!

Olha aí!
Ai o meu guri, olha aí!
Olha aí!
É o meu guri e ele chega!

Chega no morro
Com carregamento
Pulseira, cimento
Relógio, pneu, gravador
Rezo até ele chegar
Cá no alto
Essa onda de assaltos
Tá um horror
Eu consolo ele
Ele me consola
Boto ele no colo
Prá ele me ninar
De repente acordo
Olho pro lado
E o danado já foi trabalhar
Olha aí!

Olha aí!
Ai o meu guri, olha aí!

Olha aí!
É o meu guri e ele chega!

Chega estampado
Manchete, retrato
Com venda nos olhos
Legenda e as iniciais
Eu não entendo essa gente
Seu moço!
Fazendo alvoroço demais
O guri no mato
Acho que tá rindo
Acho que tá lindo
De papo pro ar
Desde o começo eu não disse
Seu moço!
Ele disse que chegava lá
Olha aí! Olha aí!
Olha aí!
Ai o meu guri, olha aí
Olha aí!
E o meu guri!...(três vezes)


E o vídeo na interpretação da insuperável Beth Carvalho

domingo, 30 de novembro de 2008

SOBRE ONGS

Muito mais por falta de oportunidade ou de conhecimento e muito menos por insensibilidade, grande parcela da população não dispõe parte de seu tempo ou de seus recursos para ajudar os outros. É exatamente quando um problema sério bate em sua porta, que as pessoas despertam para participar de uma missão que visa a diminuir as dores alheias. O que vejo é o surgimento de movimentos sociais particulares se desenvolverem a partir de uma tragédia pessoal. É preciso sentir no próprio corpo, na família ou em amigos para então se entregar a um projeto coletivo. Um assassinato, problemas de drogas, acidentes que poderiam ter sido evitados, geram associações.

Uma idéia para ser intensificada

Uma ONG que gostaria de ter fundado seria para procurar pessoas desaparecidas. De certa forma até faço algo parecido. Há mais de 20 anos, cuido da publicação de fotos de pessoas sumidas – primeiro em Zero Hora – e, desde o ano de 2000 no Diário Gaúcho. Desde o início da faculdade, trago comigo o mesmo sentimento de 99 por cento de quem escolheu a profissão de jornalismo: ajudar a mudar o mundo, ainda que um pouquinho.
Sempre me comovem as histórias humanas, principalmente das pessoas que não têm dinheiro, nem parentes importantes, não são amigas de celebridades e sofrem sem ajuda. E mesmo quem tem recursos não pode fazer nada sozinho. Não há quem seja tão rico que não precise ser ajudado nem tão pobre que não possa auxiliar alguém. Não sei onde li isso, mas é a mais pura verdade.

Experiência própria

Minha preocupação com os desaparecidos aumentou, algum tempo depois, quando senti na pele a mesma dor, ainda que de intensidade incomparavelmente menor do que das pessoas com as quais convivo quase diariamente por meio do jornal.
Não me lembro quando foi exatamente. Já faz mais de dez anos. Em visita a um cunhado em Gravataí, descuidei-me por um momento e meu filho excepcional, na época com 13 ou 14 anos, saiu pelos fundos da casa. Passamos a procurar pelas ruas da Morada do Vale III, ajudados pela vizinhança. A dor que senti não tem parâmetro, sabe-a bem que passa ou passou pelo problema. A gente fica imaginando o que pode acontecer, quer fazer retroceder o tempo, reza para todos os santos e fica lamentando por ter se distraído.
Começava a anoitecer e nada de encontrá-lo. Temi que ele pudesse ter caminhado até a avenida principal onde o movimento de veículos é intenso. Sem noções de perigo, não teria como escapar de um atropelamento. Duas horas depois de angústia e de buscar sem parar, localizamos o rapazote sentado na beira de barranco, brincando com uma varinha.
Foi como se um peso de uma tonelada saísse de sobre o meu corpo. Até hoje me angustio quando me lembro. A partir daquele dia, entendi ainda mais o que é sofrer com um parente desaparecido. Por isso, sempre que posso, ajudo a publicar fotos de desaparecidos, mesmo que já faça muito tempo que ele sumiu, mesmo que haja a possibilidade de que tenha saído por conta própria. Nenhuma família merece sem saber o que aconteceu.


Neste blog, não poderia deixar de colocar fotos de pessoas desaparecidas. Hoje ponho mais uma.

Eulálio Mello
Fortes, 26 anos, está desaparecido desde 9 de maio, quando saiu de casa, no Bairro São Francisco II, em Tramandaí. Ele sofre de epilepsia. Se alguém tem alguma informação que possa levar à sua localização, ligue para os telefones 9380-2979 ou 9612-4192.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

DESAPARECIDA DE GUAÍBA

A pessoa da foto, Izabelina Denise Moreno, 62 anos, portadora de Mal de Alzheimer, está desaparecida desde o dia 11 de agosto em Guaíba. O jornal Diário Gaúcho já publicou várias vezes e, incrivelmente, nenhuma novidade surgiu. Como isso pode acontecer? Parentes dela já não sabem o que fazer, e fico impressionado que isso possa estar acontecendo. Ela havia levado netos na escola e nunca mais foi vista. Um mistério. Se você tiver alguma informação pode ligar para os telefones 3019-4690 ou 9375-5756. Se quiser repassar para conhecidos ou até desconhecidos, fique à vontade. O tempo vai passando e ficará cada vez mais difícil a localização dela ou o descobrimento do que aconteceu.

SOBRE ADVOGADOS

Na falta de outra coisa para postar, vai esta mesmo. Hoje de manhã, enquanto caminhava, me veio essa frase à mente:


A advogada era tão fissurada em sua profissão que até para soltar o cabelo ela redigia antes um habeas corpus.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

A MUDANÇA ORTOGRÁFICA E SUAS COMPLICAÇÕES

Com a nova ortografia, como interpretarias essa frase?


Um simpático pelo branco, o outro, pelo gateado.


Essa frase tem dois significados (só com o uso antigo se pode chegar a esta explicação):


a) São dois cavalos: Um simpático pêlo branco e outro, pêlo gateado.


b) São dois apostadores de corridas de cavalos: Um simpático pelo branco e outro, pelo gateado.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

APARECEU A MARGARIDA, OLÊ, OLÊ, OLÁ

Algumas expressões criadas em um passado distante ainda são pronunciadas sem que as pessoas tenham a menor idéia do que estão dizendo. Uma delas é a frase "Apareceu a Margarida", muito usada quando alguém que não é visto há algum tempo e surge, de repente. Lembro-me bem de minha mãe dizendo isso, quando chegava um parente ou amigo que se ausentara por um bom tempo.
Por que Margarida? Por causa da música, da brincadeira de roda, claro. Até aí morreu Neves. Que Neves? Isso é outra história. Voltando à Margarida, quem era ela?
Outro dia, ouvindo um CD da Xuxa sobre cantigas de roda, entendi que a coisa vinha lá da Idade Média. A letra da música:
_ Onde está a Margarida?, olê, olê, olá.
_ Ela está em seu castelo, olê, olê, olá.
_ Ela está em seu castelo, olê, seus cavaleiros.
Eu queria poder vê-la, olê, olê, olá.
Eu queria poder vê-la, olê, olê, olá.
Mas o muro é muito alto, olê, olê, olá.
Estou tirando uma pedra, olê, olê, olá.
Uma pedra não faz falta,
tirando duas pedras
Duas pedras não "faz" falta

tirando outra pedra...
Apareceu a Margarida,
olê, olê, olá.


Foi então que entendi que a Margarida era uma mulher bonita de um castelo. E que os cavaleiros tiveram que afastar pedras, provavelmente do muro, para poder visualizá-la.

Mas quem ela era? Seria uma princesa, uma dama da corte, uma menina? Era famosa, tinha sobrenome? Pode ser que sim, pode ser que não.
Perdeu-se no tempo ou eu que não soube achá-la.
Por falar nisso, fico pensando se daqui a 200 anos alguém ouvir alguém cantar a música do Jorge Benjor, feita quando ele era Jorge Ben, alguém vai saber quem era Teresa:
- Sou Flamengo e tenho uma nega chamada Teresa...
Ou a Carolina, do Chico Buarque, ou a Marina, cujo namorado não queria que ela pintasse os lábios, ou a Iracema do Adoniram, que morreu ao atravessar a rua.

Voltando à Margarida, só mais uma curiosidade. A palavra tem origem no grego Magarites e significa pérola. Talvez tenha sido por isso  que ela pegou mprestado o nome da flor.



quarta-feira, 29 de outubro de 2008

MISTÉRIO EM JAQUIRANA

Uma reportagem no Fantástico no domingo não saiu mais da minha cabeça. Em Jaquirana, município do interior gaúcho com pouco mais de 5 mi habitantes, foi encontrado, em 2007, um cadáver já em decomposição.
Um promotor de Justiça está fazendo todos os esforços para identificar a ossada. Estudos de peritos indicaram que a vítima tinha feito um tratamento caro nos dentes, incluindo inclusive com dentes de outro.
Além disso, o pijama que ele vestia havia sido fabricado em uma cidade do interior de São Paulo. Esses detalhes, incluindo o fato de que estava de pijamas apesar do frio que fazia na época em que o corpo foi encontrado, intriga o promotor Luís Augusto Gonçalves Costa, de Vacaria, a polícia e os peritos. Eles acham que o corpo pode ser de alguém que teria sido seqüestrado, assassinado e abandonado em um matagal no norte gaúcho.
O mais interessante é que os peritos e um artista plástico reconstituíram a cabeça da vítima para tentar uma identificação (veja acima). Espero que consigam descobrir esse mistério. Eu gostaria também que esse tipo de trabalho fosse feito em outros cadáveres encontrados. Só em Porto Alegre, há inúmeros casos de pessoas assassinadas e não identificadas. Pelo menos três mulheres já tiveram seus corpos esquartejados e, em alguns casos, pernas e braços foram encontrados no Guaíba. A polícia não tem qualquer informaçaõ sobre isso. Ao mesmo tempo, um grande número de pessoas segue desaparecido para desespero eterno de seus parentes.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

VOCÊ JÁ TROCOU O NOME DAS PESSOAS?

Uma das coisas mais curiosas que eu conheço é a facilidade com que as pessoas confundem os nomes das pessoas. Se os nomes são iguais ou parecidos, invariavelmente sofrem com as confusões. Na Rádio Gaúcha, dois excelentes repórteres enfrentam esse drama. E nem têm nomes iguais. Um é o Jocimar Farina, que também trabalha no Diário Gaúcho. O outro é Josmar Leite. Só porque os dois nomes começam com Jo e terminam com Mar, muita gente os confunde.

Jocimar me contou outro dia que uma fonte ligou para ele e deu explicações sobre um determinado assunto, sobre o qual eles já haviam falado havia algum tempo e não havia qualquer novidade. Ele achou isso estranho, mas deixou pra lá. Até que seu colega Josmar queixou-se de que uma fonte havia ficado de dar uma resposta sobre um assunto e não ligou mais. Foi aí que o Jocimar entendeu. O funcionário público deu a resposta para o outro jornalista.
Em outra ocasião, Jocimar tentava falar com o deputado Adilson Troca. O jornalista falou com o parlamentar por telefone e marcaram uma entrevista no saguão da Assembléia. Jocimar chegou ao local e ficou aguardando o parlamentar. Alguns minutos depois, o deputado chegou e viu Jocimar, mas ficou olhando para os lados como se procurasse alguém. O repórter então se aproximou dele para fazer a entrevista. Quando se apresentou, Troca (fazendo jus ao nome) admitiu ter feito confusão achando que havia falado com Josmar e que por isso que não o havia localizado no saguão.
Fanático por trocadilho, tenho de registrar uma frase de Franklin Berwig, produtor de esportes da Gaúcha, sobre o assunto:
_ Sabem o que dá uma mistura de Jocimar Farina com Josmar Leite? Dá bolo.
Como meu costume é sempre dar um pitaco a mais, eu acrescentaria mais alguém nessa mistura: o ministro da Fazenda, Guido Mantega. (Fico devendo o açúcar, os ovos e o fermento).

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

SOBRE AS POESIAS NOS ÕNIBUS DE PORTO ALEGRE

Quando publiquei o post anterior, sobre os poemas nos ônibus, dispus-me a descobrir mais sobre os autores dos dois excelentes trabalhos que escolhi e republiquei. Não tive tempo para me dedicar às pesquisas, mas, felizmente, uma parte da minha busca foi solucionada.
Um dos autores das obras selecionadas para os ônibus deste ano "achou-me" pelo google e enviou seguinte mensagem:

Caríssimo Plínio:
Saúde e Paz!
Devo agradecer ao amigo as palavras elogiosas ao poemeto que tive o privilégio de classificar no concurso POEMAS NO ÔNIBUS, em Porto Alegre. Trata-se de SETILHA, cujo texto o amigo publicou no BLOG VIDA CURIOSA, em 30 de setembro de 2008. A propósito, anexo meus rabiscos de poesias presentes no ITINERÁRIO POÉTICO, livro de estréia. Espero que também goste. Felicidades!
Carlos Alberto de Assis Cavalcanti, professor do Centro de Ensino Superior de Arcoverde - PE

Valeu Carlos Alberto. Assim que puder, vou conferir o seu Itinerário Poético.
Abraços.

Agora vou descobrir algo sobre o Marcos Cardoso. Se ele ou alguém que o conheça quiser me ajudar, ficarei muito grato.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

OS POEMAS NOS ÔNIBUS

Sempre que tomo um ônibus em Porto Alegre, percorro o olhar pela parede interna para ler os poemas. Alguns são fracos, inteligíveis apenas para seus autores, como os pintores de arte moderna. Mas há algumas pérolas, que fazem valer a pena. O primeiro que me entusiasmou foi de Marcos Cardoso, publicado na edição 2001/2002):

Certa vez fui levado a uma feiticeira
Dama do demônio,
musa da magia
Sonha muito e fala só asneiras!
É subversivo e tem atos de rebeldia!
Usando de ungüentos a velha cabreira
Descobriu o encanto da minha agonia:
Contra esse mal não existe cura...
... o menino sofre de Literatura!

Marcos Cardoso

Nesta semana, encantei-me com este:

SETILHA

Se ao passado só se volta
na garupa da lembrança;
e ao futuro só se chega
no galope da esperança;
o melhor é não ter pressa,
pois se alguém o tempo apressa,
té do presente se cansa.

Carlos Alberto de Assis Cavalcanti

Não conheço o Carlos Alberto, nem o Marcos Cardoso. Quero parabenizá-los pelas belas poesias. Vou tentar encontrar mais algumas obras deles.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

SOBRE AS CAVALGADAS E SEUS EFEITOS

Leio tudo o que posso sobre a história gaúcha, mas os meus heróis nos desfiles farroupilhas são os recolhedores de bostas de cavalo. Eles não são garbosos como os gaudérios que cavalgam de fronte erguida sem desviar o olhar do horizonte.
Os recolhedores de cavalo são ágeis porque lidam com o improgramável. Eqüinos não obedecem a roteiros nem a esquemas de protocolo no que se refere às necessidades fisiológicas. Não são como os atores e cantores que podem esperar para se aliviarem no camarim.
Os cavalos são despreocupados, diferentemente daquelas moças que anunciam, na tevê, produtos para regular o intestino.
Por isso, os recolhedores de bostas precisam ser rápidos para poupar olhos e narizes de turistas e do povo em geral dos efeitos de atos que não estavam no script.
Você nunca prestou atenção nos recolhedores de bostas de cavalos? Ou foi porque eles são mesmo discretos ou porque não existem. Se não existem, deveriam existir, até porque a tradição não aceitaria cavalos com fraldas. Nossos olhos e narizes, nos desfiles ou nas cavalgadas pelo Litoral, agradeceriam.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

SOBRE A REVOLUÇÃO FARROUPILHA

QUANTOS ERROS HÁ NO TEXTO ABAIXO?

Corria o dia 9 de setembro de 1837. Bento Gonçalves sentou-se à sombra de um eucalipto em sua estância em Camaquã. Ele acendeu um palheiro, jogou o palito de fósforo por entre a cerca de arame e dividiu o olhar entre a fumaça, que fazia círculos no ar, e um quero-quero pousado num moirão.


RESPOSTAS:
1º erro - Em 10 de setembro de 1837, Bento Gonçalves estava fugindo da prisão do Forte do Mar, na Bahia. Logo, não poderia estar em sua fazenda.


2º erro - Ele não poderia ter-se sentado à sombra de um eucalipto. Naquela época, não havia essa espécie de árvore, originária da Austrália. Eucaliptos foram trazidos para o Rio Grande do Sul por volta de 1870.

3º erro - Bento não pode ter acendido o palheiro com um palito de fósforo. Os palitos de fósforos foram inventados somente em 1827 na Europa e só chegaram muitos anos depois ao Rio Grande do Sul. Na época dos farroupilhas, os cigarros eram acesos com um tipo primitivo de isqueiro chamado pederneira, em que uma pedra era atritada fazendo faísca.

4º erro - Na época dos Farrapos, os campos ainda não contavam com cercas de arame. As divisas entre as propriedades eram definidas por marcos de pedras colocados de distância em distância ou por rios e arroios.

5º erro - Quero-queros jamais pousam em moirões, diferentemente da coruja, por exemplo. Esse tipo de ave (Vanellus chilensis), assim como a perdiz, voa baixo e caminha pelo campo, onde põe seus ovos no chão.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

UMA DICA DE LEITURA


Fã de Confúcio, meu colega Renato Dornelles cumpriu a segunda parte dos três mandamentos do poeta chinês: escreveu um livro. Ele já tinha feito um filho (o ilustríssimo Bernardo nasceu neste ano) e agora diz que vai plantar uma árvore. Voltando ao livro, o lançamento da obra será no próximo dia 4, quinta-feira. A sessão de autógrafos do livro Falange Gaúcha, O Presídio Central e a História do Crime Organizado no RS será a partir das 19h30min na Saraiva Megastore, Praia de Belas Shopping.
Não li ainda o livro do Renatinho, mas já ouvi uma boa parte dele neste quase 20 anos que convivemos desde os tempos da Rádio Gaúcha. Vai ser muito interessante acompanhar nas páginas as histórias de Melara, Vico, Jussana, Fontela e companhia. Depois da leitura, todo mundo vai poder dizer que realmente conhece o que se passou dentro e fora dos muros do Presídio Central.
Votos de muito sucesso é o que Vidacuriosa deseja ao competente multimídia.