Glauco Rodrigues, aquarela sobre o papel, 1985, Acervo do Margs |
“ERA UMA NOITE FRIA DE LUA CHEIA. As estrelas cintilavam sobre a cidade de Santa Fé, que de tão quieta e deserta parecia um cemitério abandonado. Era tanto o silêncio e tão leve o ar, que se alguém aguçasse o ouvido talvez pudesse escutar o sereno na solidão.”
O AUTOR
Érico Lopes Veríssimo nasceu em Cruz Alta (RS) em 17 de dezembro de 1905. Aos 13 anos, teve seu interesse despertado para a leitura e, a partir dai, escrevia contos para jornais e revistas de sua cidade. Transferiu-se para Porto Alegre em 1920, estudou no Colégio Cruzeiro do Sul, mas não completou o curso. Filho de uma família rica e tradicional que sofreu um sério revés financeiro, Erico voltou para sua cidade natal, trabalhou como balconista, bancário e foi sócio de uma farmácia e deu aulas de literatura e inglês. De volta a Porto Alegre, foi contratado pela Revista do Globo para o cargo de secretário de redação. Ali conviveu com autores renomados. Publicou seu primeiro livro, Fantoches, uma coletânea de contos, em 1932 e começou a ficar famoso com o segundo livro, Clarissa, no ano seguinte.
Erico escreveu livros para crianças como As Aventuras do Avião Vermelho, O Ursinho que Tinha Música na Barriga e Os Três Porquinhos Pobres. Uma de suas principais obras foi Olhai os Lírios do Campo, editado em . Em 1941, viajou para os Estados Unidos em missão cultural a convite do governo norte-americano. Casado com Mafalda Volpe Veríssimo, teve os filhos Luis Fernando, que virou escritor famoso, e Clarissa, cujo nome usou como título de um dos seus livros. Morreu de infarto em 28 de novembro de 1975. A casa onde ele nasceu, em Cruz Alta, foi transformada em museu em 1969. Além das obras citadas, e do épico O Tempo e o Vento, Erico é autor de várias obras como Incidente em Antares, Caminhos Cruzados, Música ao Longe, O Senhor Embaixador, Solo de Clarineta (memórias).
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