quarta-feira, 15 de abril de 2020

REFLEXÕES SOBRE O SINAL


É claro que eu lamento as mortes, os transtornos na área hospitalar, os prejuízos para empregados e empregadores, mas estava pensando aqui sobre o coronavírus. Desde que ele começou, seus ataques têm diminuído o número de acidentes nas estradas, reduzindo-se a quantidade de mortos e feridos. Tem caído o número de homicídios e latrocínios e até assaltos. Com muita gente em confinamento voluntário, diminuem as vìtimas em potencial de roubo e as barbaridades no trânsito. Sem as festas que precedem a saída de motoristas alcoolizados e eufóricos em geral para as ruas, menos colisões, capotagens e desentendimentos. As cidades, falo pelo que vejo no meu bairro, estão mais limpas sem os contumazes relaxados que agora jogam o lixo na lixeira de suas próprias casas. Sinto no ar um cheiro de limpeza. Talvez seja do álcool e do álcool gel, da água e sabão por tantos cantos como nunca havia se espalhado antes com essa intensidade. Até o número de desvalidos atirados nas calçadas diminuiu, talvez pela preocupação maior das autoridades em abrigá-los, muito mais para se precaverem da contaminação e propagação do que pela solidariedade humana. Não fosse isso, talvez muitos nem se preocuparam. O que nos resta é torcer, ou rezar, para quem é religioso, para eliminar os males do vírus e manter os pontos positivos, entre eles a solidariedade e o carinho e com menos egoísmo. Até mesmo a gasolina baixou de preço contrariando a lei da oferta e da procura, que eleva a alta quando o acesso de oferta é maior. E que o transporte seja mais humano, sem congestionamentos nem excessos de lotação ou falta de ônibus. É que entendamos o sinal ainda que não saibamos a origem.

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