domingo, 23 de maio de 2010

DIÁLOGO NA SALA DE AUTOATENDIMENTO DE BANCO

  – Com licença, senhor. Desculpe incomodá-lo, mas poderia me ajudar? Não sei como fazer para tirar dinheiro.
  – Sem problemas, terei prazer em ajudá-lo.
  – Então tá.
  – Tem que virar o cartão assim. Pronto. Digite a sua senha de quatro números. Agora a senha de letras.
  – Tá aqui no papel. Quero tirar cem reais.
  – Digite ali. Pronto. Agora é só escolher a tecla que mostra cem reais.
  – Deu certo. Muito obrigado mesmo.

  Antes que o homem, aparentando entre 55 e 60 anos vá embora, resolvo dar-lhe um conselho:

 – Foi realmente um prazer ajudá-lo, mas o senhor precisa pedir ajuda para algum funcionário do banco. É que na cidade existe muito vigarista que pode pegar seu cartão, trocá-lo, ler suas senhas e tirar seu dinheiro.
– É, mas eu o procurei porque não achei que pudesse ter problema já que temos mais ou menos a mesma idade, com cabelos brancos.
– A questão é que os canalhas também envelhecem.

As cerca de dez pessoas que estavam na fila, esperando para entrar no banco, caíram na risada. Não tive tempo de dizer que a frase não é minha, mas do grande Ruy Barbosa.

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