domingo, 18 de março de 2012

AS VERDADEIRAS PIADAS DE GAÚCHO

Complementação mais recente em 01/11/2018
Outro dia, fiquei pensando por que paulistas e cariocas, principalmente, acham que é engraçado chamar gaúcho de bicha. Imagino que isso surgiu por um tipo de inveja porque cidadãos do Rio Grande do Sul fazem sucesso em grande número nesses estados. Isso me faz lembrar o fato de Pelotas ser alvo de chacotas e apontada como terra de efeminados. Foi porque, na década de 1920, no apogeu das charqueadas, os moradores dessa cidade ganharam muito dinheiro, deixando seus vizinhos com inveja. Com boas condições financeiras, as famílias pelotenses enviaram seus filhos para estudar na França, cuja cultura dominava o mundo. Quando voltaram, os pelotenses trouxeram vestimentas da moda dos franceses. Eram roupas finas, cheias de frufrus e babados, bem diferentes das rudes vestimentas dos moradores das outras cidades da campanha, que passaram a chamá-los de maricas.

Isso talvez explique também a brincadeira dos paulistas e cariocas. Baianos são chamados de preguiçosos, mineiros de ingênuos, enquanto cariocas se autodenominam malandros, e os paulistas se orgulham de dar trabalho para o resto do Brasil. Vai daí que os gaúchos começaram a aparecer com destaque em todas as áreas, seja no futebol (os últimos quatro treinadores da seleção, sem contar o atual, Adenor Bachi, o Tite, são gaúchos, 13 deles ocuparam o cargo), na televisão ou em todas as áreas. Aí então, programas como o Casseta e Planeta e outros passaram a fazer humor tachando os gaúchos de gays.
Para contrabalançar essas bobagens, apresento cinco verdadeiras piadas de gaúcho.

O taxista gaúcho e a velhinha atropelada
     Um gaúcho foi a São Paulo e, logo ao sair do aeroporto, tomou um táxi. Grosso da campanha - para ele tudo era novidade - ia perguntando ao motorista para que serviam os botões dos equipamentos do painel do veículo. O taxista começou a tirar sarro do passageiro mentindo sobre as funções dos botões. Este aqui está ligado diretamente à polícia e se houver algum problema, eu aperto e os policiais vêm e me salvam. Apertando este outro, eu aviso para o restaurante deixar pronto o meu prato na mesa para eu chegar e almoçar. Foi então que gaúcho olhou pelo parabrisa, viu o símbolo da Mercedes Bens e indagou:
     - Tchê, pra que serve aquele negocinho ali em cima do capô que parece uma estrela?
     O taxista disse que era uma mira para ajudar a atropelar velhinhas. Assegurou que o maior divertimento dos taxistas paulistas era bater o carro em idosas.
    O gaúcho arregalou os olhos, e o paulista decidiu levar adiante a brincadeira. Apontou para uma velhinha lá na frente e acelerou. A idéia era dar um susto no gaúcho e tirar um fininho.
   O paulista desviou, mas ouviu um baque. O carro levantou a velhinha, caindo bolsa para um lado, sapato e dentadura para o outro. Apavorado, o taxista não entendia como atropelou a mulher, se havia desviado o carro. Foi então que o gaúcho falou:
   - Tchê, essa tua mira tá tri desregulada. Se não é eu abro a porta, nós tinha perdido a velha.


Os operários e as areias da Arábia
     Com contratos para executar obras em vários pontos do mundo, uma construtora resolveu buscar operários no Rio Grande do Sul, já que, em outros Estados, os peões eram muito preguiçosos, dormiam em pé, na ponta da enxada. Reuniu em Bagé um número suficiente de candidatos e ouviu do líder deles:
    - Tchê, gaúcho não é de capinar sentado. É só nos dar um carrinho de mão e uma pá e a gente levanta um arranha-céu logo logo.
   Um grupo de gaúchos foi colocado em um avião com destino à Arábia Saudita. Pouco antes do pouso previsto para Riad, a aeronave teve um problema, arremeteu no aeroporto e teve de pousar no deserto.
   - Foi nessa hora, que o líder dos gaúchos olhou pela janela e comentou com os companheiros:
- Mas bá. Na hora em que vier o cimento, nós tamos fodidos.

Gaúcho não tem medo de norte-americano
     No centro de Bagé, na Praça Silveira Martins, um gaúcho da cidade e outro da campanha conversam sobre diversos assuntos até que vem à baila o poderio bélico dos Estados Unidos. O da cidade comenta que o armamento dos Estados Unidos é muito superior ao do Brasil.
 O da campanha retruca:
- Não é bem assim.
- E assim, sim. A diferença é tão grande que, se entrássemos em guerra com os americanos, eles apertariam um botão e a gente sumiria pelos ares...
- Pode até ser – insistiu o gaúcho da campanha – mas se eles erram o botão, nós tapemos eles de bala.

  O caso do gaúcho que caçou leão na selva africana
     Num voo sobre a Tanzânia, com mais de 200 passageiros a bordo, um gaúcho, exibido como todo gaudério, andava pra lá e pra cá dentro do avião, falando alto, oferecendo chimarrão pra todo mundo e querendo contar suas histórias de valentia. Já estava enchendo a paciência dos companheiros de viagem, quando o avião teve uma pane e fez um pouso de emergência na selva africana. Ninguém se feriu mas, sem comunicação com o mundo, logo logo ficaram sem alimentos. Então decidiram que alguém deveria ir buscar algum animal que pudesse ser abatido. Quando pensaram em quem iria, o gaúcho foi empurrado para fora da aeronave. Que fosse, já que garganteava que era valente e coisa e tal. O gaudério se levantou, andou 50 metros e se deparou com um leão. Imediatamente correu para o avião com o leão já no seu cangote. Quando a porta do avião se abriu, o leão deu um bote e quase abocanhou o gaúcho, passando por cima dele. No lance, o gaúcho, que tropeçara, pegou o leão pelo rabo, jogou dentro da aeronave e mandou fechar a porta rapidamente. Em seguida gritou: Vocês vão carneando esse que vou buscar mais.

O gauchão e a inaguração do primeiro consultório de urologia
     Pois um dia instalaram em Bagé o primeiro consultório de urologia. Um monte de médicos de todo o país se inscreveram e um paulista acabou sendo escolhido. Quando soube da notícia e lhe explicaram a especialidade do médico, Gaudêncio tomou um banho na sanga, botou água de cheiro e se mandou pra cidade. Chegando lá, foi recebido pela recepcionista e entrou no consultório do tal urologista, especialista em pênis. Despachado, tirou o "sujeito" pra fora e mostrou pro médico. Depois de examiná-lo, o urologista comentou curioso.
- Por que o senhor veio consultar? Não tem nada no seu pênis.
O gauchão abriu um largo sorriso e falou:
- Que não tem nada eu sei, doutor, mas que tal o bicho?

Uma história sobre o peão que namorava na cozinha do pai da china
   O capataz estava desconfortável ao saber que a filha namorava na cozinha da casa e se lembrou do tempo em que era jovem, quando ainda era consumidor e não distribuidor. Preocupado, bolou um plano para saber se o peão não estava se passando com a sua filha. Se fizesse o cara se levantar abruptamente, olharia na bombacha dele pra ver se tinha algum volume suspeito. Em caso positivo, iria passar-lhe o relho. Do plano para a ação: gritou da sala para a cozinha:
- Tchê, a tua égua se escapou com os arreios!!
O peão veio rapidamente para a sala, comentando:
- Eu vou bem agachadinho porque essa égua é muito matreira...

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