sexta-feira, 12 de novembro de 2010

CURIOSIDADES NA FORMAÇÃO DAS PALAVRAS

Tenho, na minha minibiblioteca, quatro livros de uma coleção bárbara para quem gosta de saber a origem das palavras, além de informações que os dicionários não trazem. Curiosidades (Como se aprende, distraindo-se), de autoria de Valmiro Rodrigues Vidal, editado em 1963 é fantástico. Nele tenho aprendido coisas fabulosas. Algumas delas transcrevo aqui.

PESSOA - Antigamente, não significava indívíduo. A palavra é derivada de persona, termo do latim utilizado pelos romanos para chamar a máscara usada pelos atores na Grécia. Com o andar do tempo, a palavra mudou de sentido, de máscara para o de personagem.

BISCOITO - É nome que se inspirou no fato de repetir-se o cozimento da massa com que é preparado. O termo vem do latim biscoetu, cujo significado é "cozido duas vezes".

GATUNO - É vocábulo descendente de gato e sufixo uno. Aplicou-se àquele que tem o hábito de roubar, porque esse é o costume do conhecido felino.

ALGOZ - Tem origem no árabe como a imensa maioria das palavras portuguesas que começam por Al, que que corresponde ao nosso artigo definido 0, como alface, alcachofra, etc. O vocábulo teve origem em Gozz, nome de uma tribo, cujos membros se celebrizaram na prática de atrocidades. Muitos deles, pelos instintos cruéis, pertenceram à corte dos senhores de Marrocos e Espanha. Algoz generalizou-se como tirano, carrasco.

PICADEIRO - Hoje a palavra é mais conhecida o palco do circo, lugar onde se apresentam os palhaços e os mágicos. Já foi lugar onde se faziam exercícios de equitação ou se adestravam cavalos. A origem da palavra vem do verbo picar, isto é, cutucar com vara de extremidade pontiaguda. Vem do tempo em que havia apresentações de cavalos e feras em que os adestradores usavam as picadas para apressar ou dominar os animais.

CESARIANA - Diz-se que esse vocábulo que significa abrir o ventre da mãe para tirar o feto está ligado ao nascimento de César, que veio ao mundo por meio dessa operação. Alguns estudiosos contestam essa afirmativa, dizendo que caesares ou caesones era o apelido que se dava em Roma às crianças extraídas da barriga da mãe. A palavra viria do verbo caedere: cortar.







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