terça-feira, 20 de abril de 2010

HOMENAGEM AOS 10 ANOS DO DIÁRIO GAÚCHO

Foto feita na frente do Centro Municipal de Cultura
No último sábado, 17 de abril, completaram-se 10 anos da criação do Diário Gaúcho, o primeiro jornal dirigido a todas as classes sociais, focado prioritariamente na maioria, composta por pessoas mais simples. Tenho orgulho de fazer parte desse time desde a sua criação, nos pilotos, em 17 de fevereiro de 2000. De lá para cá, muitos bons hábitos foram criados na população de Porto Alegre e Região Metropolitana, mais específicamente e muitos maus comportamentos foram combatidos. Muita gente que precisava foi ajudada seja de forma material por meio de O Meu Sonho É, seja psicológica com campanhas, a principal delas a do Crack Nem Pensar, idealizada pela RBS para todo o conglomerado jornalístico.
   O que mais me orgulha nesses dez anos foi ter podido ajudar pessoas desaparecidas e seus parentes. Publicamos, na seção Ajude a Encontrar, mais de duas mil fotos de desaparecidos, dos quais cerca de 60% foram localizados ou seus parentes descobriram os seus destinos. Alguns dos sumidos haviam morrido, mas não foram enterrados como indigentes e desconhecidos como seriam se não tivessem tido suas fotos publicadas no jornal.
  Muitos estavam caminhando pelas ruas ou internados sem família em abrigos e envoltos em seus problemas mentais ou psicológicos à revelia dos familiares. A publicação foi a luz que permitiu o seu reencontro com os parentes.
   O Diário Gaúcho foi, aos poucos, quebrando o preconceito inicial de pessoas que entendiam o jornalismo popular como algo sangrento ou sensacionalista. A população em geral não gosta de sangue, gosta mesmo é de desvendar os mistérios e principalmente que o jornal conte a sua história. O público preferencial do Diário Gaúcho via nos outros jornais uma realidade muito distante da sua. Com ele, passou a retratar-se e a admirá-lo.

   
                             O DIÁRIO É COMO O ÔNIBUS

 Durante o lançamento do Diário Gaúcho, criei uma definição do jornal, que reproduzo aqui.

                 O Diário Gaúcho é como o ônibus: serve para todo mundo. Ônibus, em latim, significa "para todos" e isso se encaixa exatamente no Diário. O ônibus é mais acessível, mais simples, popular e aceita todos, desde o engravatado até o de roupas modestas. Quem quer algo mais sofisticado, que atinja locais mais específicos e dispõe de mais dinheiro, usa o tempo todo o táxi. Já os menos abonados, utilizam o ônibus.
     
                Na nossa primeira festa de aniversário, cantei à capela, uma paródia que fiz sobre o Diário Gaúcho. Foi uma adaptação de uma música de Juca Chaves. Devo ter guardado o papel em alguma lugar, mas estou sem tempo e com preguiça de procurar. Vamos ver se me lembro como era e certamente faço algumas pequenas mudanças.

               Eu queria um jornal
               que fosse diferente,
               de todos que eu já li,
               todos tão iguais.
               Que falasse da minha vida,
               falasse da minha gente
               contasse a minha história,
               isso e tudo mais.

              Eu queria um jornal
              de divertidas cores,
              que falasse da minha terra
              e dos meus heróis,
              mas que também botasse o dedo
              nas nossas feridas,
              a doença só se cura
              se a ferida dói.
    
              lá,lá,lá,lá,lá...lá,la,la
              la,lá,lá,lá,lá...lá,lá
             
       
             Finalmente em 2000
             chegou o meu jornal
             pra mim que sou legal,
             sou simples e sem luxo.
             É bem o que eu preciso,
             é cheio de sorrisos,
             é o jornal da gente,
             é o Diário Gaúcho.

            
            


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