segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

PIADAS DE GAÚCHO

O Gauchão, pela primeira vez em São Paulo, pegou um táxi. Sabe como gaúcho é curioso né? Ao ver o símbolo da Mercedes Benz sobre o capô do carro perguntou: 
      - O que é aquele troço ali?
O taxista paulista, querendo tirar um sarro do gaúcho, disse que aquilo era uma espécie de mira que os carros paulistanos tinham. Serviam para calibrar a mira e atropelar velhinhas, esporte preferido deles. O gaúcho ficou pensando... Pra rir mais ainda, o paulista viu uma velhinha lá adiante e pensou: Vou dar um cagaço nesse gaúcho. Vou fazer de conta de que vou atropelar e na hora eu desvio. E assim fez. Quando chegou bem pertinho da velhinha, desviou o carro em cima, mas, mesmo assim, ouviu um estouro e enxergou pelo espelho a idosa voando, com bolsa prum lado, dentadura pra outro, e se apavorou. Foi quando o Gaúcho comentou:
     - Bah, tchê! Tu tem que mandar consertar essa tua mira. Se não é eu abrir a porta, nós perdia a véia.!!!!


      Vivendo lá no fundo do Interior, o gaúcho velho não conhecia muito do que se passava na Capital. Não via televisão, e o pouco que sabia era pelo rádio. Um dia teve vontade de conhecer Porto Alegre. Um amigo dele, que já tinha morado uns tempos na Capital, disse que tudo é diferente da vida que eles levavam. Uma das coisas que contou foi que "em Porto Alegre, os carros não andam, voam". O gaúcho, muito bronco, levou a informação ao pé da letra. Ficou acreditando que na Capital já havia algum tipo de táxi-avião.
   Pois quando desceu do ônibus na Estação Rodoviária, entrou em um táxi bastante preocupado. Disse ao motorista que queria ir até a Rua Dom Pedro II, onde morava um compadre dele. Foi o motorista perguntar "em que altura?" e o gauchão puxou uma faca da cintura e ameaçou:
 - Presta atenção, seu filho-da-puta. Se tu passares de meio metro eu te enfio isto no bucho.




segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

PATROCINADO PELA INSÔNIA XXI


Às vezes tenho saudade
de fatos que não vivi.
De algo que não tive.
Me pego pensando
em ti.
Saudade do que não rolou
Não tinha como rolar.
Era só um amor platônico.
Um pescador e uma sereia,
uma montanha de areia
para um humilde

caminhãozinho.


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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

UM DESABAFO CONTRA A MACAQUICE BRASILEIRA EM RELAÇÃO AO IDIOMA E O COSTUME DOS NORTE-AMERICANOS

Eu já vinha havia um tempo notando essa subserviência dos brasileiros à cultura norte-americana no que se refere ao idioma e aos costumes. Neste ano, até botei um conto futurista no meu blog www.vidacuriosa.blogspot.com.br, relatando, entre outras coisas, que em 2045, quando terei (toc.toc.toc.) cem anos, já teremos um português amplamente tomado pelo inglês como um arroio 80 por cento poluído. No texto, revelo ficticiamente o insucesso de um deputado que tentou criar uma lei obrigando o brasileiro a falar e escrever oficialmente no nosso idioma. Mas o anteprojeto não foi adiante porque, entre outras coisas, o próprio texto do político estava eivado de termos em inglês.
Atualmente, vejo em cada frase falada ou escrita um número incrível de palavras em inglês como


"off" no lugar de desconto, "on sale" no lugar de à venda, "setlist" em lugar de roteiro de músicas, "backstage" no lugar de bastidores (coxia é muito antigo), playoff para final de jogo, "CEO" para executivo de empresas, "coach", para treinador, "workshop", para oficina, "selfie" (selfie, não dá pra reclamar porque não há como falar em autorretrato).


Não estou aqui falando de aportuguesamento de palavras como clicar, trolar, printar e outras. No passado, já se aportuguesou muita coisa do francês como abajur, futebol, basquete, e muitos outros termos.
Além dessa questão de linguagem, há também a absorção da cultura norte-americana. Dei-me conta disso ao ver no Facebook os comentários de brasileiros apaixonados por futebol americano, o rúbgi, e pelo basebol, tendo atletas desses esportes como seus ídolos. E então me lembro dos que comemoram festa de halloween. Por fim, o que motivou este texto, gente que comemora o dia dos namorados em 14 de fevereiro, sem nunca ter posto os pés em terras norte-americanas e, neste caso, também francesas. Vibram com o Dia de San Valentine da mesma forma que antes comemoravam o Dia dos Namorados em 12 de junho. Não duvido que não passem a comemorar também a chegada da primavera importando uma marmota para fazer festa. Ao mesmo tempo, brasileiros antenados criticam festas de origem portuguesa ou guarani ou qualquer menção ao passado brasileiro e gaúcho.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

NO OLHO DO FURACÃO

Você que acha o SUS uma maravilha e que concordou com o ex-presidente sobre a qualidade do sistema de saúde brasileiro ao ponto de ser oferecido aos norte-americanos como exemplo, eu faço uma sugestão; Se sentir algum problema de saúde, só por esta vez deixe de lado o caro mas confortável plano particular de saúde que você paga e procure o posto da Vila Cruzeiro. 
        Suponho que você tenha ido hoje no início da tarde. No pátio do posto, você terá encontrado duas viaturas da BM e uma ambulância em serviço. Naquele momento, 14h30min, mais um baleado chega e entra direto para o posto. Os cerca de 40 lugares de espera para a triagem estavam todos ocupados.
         Seria bom ter levado uma cadeirinha daquelas de assistir ao Carnaval ou se sentar na praia para olhar o mar e as crianças. Algum cantinho você encontrará para ficar sentado. Leve também água gelada ou refrigerante e alguma coisa pra comer porque antes das 19h você não sairá de lá. Se fizer exames e detectar alguma coisa mais grave. Bom, aí não sei.
         O sistema de saúde é bom e até poderia ser implantado com sucesso em um outro país, com outros governantes e outro povo. Aqui, além da quantidade de pacientes, é sempre infinitamente maior do que o número necessário de médicos. A insegurança e os crimes se encarregam de deixar as pessoas doentes ou feridas. Em algum lugar do país o SUS é uma maravilha.            Na Vila Cruzeiro e em outros pontos da cidade não é. Nesse caso, o SUS poderá ser substituído por SOS que, em inglês significa Salvem Nossa Alma (Save Our Soul) Antes de contestar isto aqui, vai, dá uma olhadinha você mesmo.

        Minha filha, a quem acompanhei, foi atendida depois de algum tempo. E precisará fazer uma cirurgia para retirada de pedras nos rins. Para isso, terá de aguardar sabe-lá quanto tempo, dada a quantidade incrível de pessoas que chegaram antes dela ao posto de atendimento. 

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

REFLEXÃO SOBRE A MORAL ATUAL NESTE BRASIL VARONIL

Recibos falsos, laranjas, contas fantasmas, falsas testemunhas e manipulação de fotos ou vídeos são ferramentas que transformam a mentira em pós-verdade, aproveitando-se de incompetência ou má-fé nas investigações.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

EM BUSCA DE UM DESENHO PARA COMPOR UMA CHARGE

Avolices é um neologismo que criei para designar bobices de avô publicadas a partir da forma divertida e curiosa com que os netos expressam suas ideias. Outro dia, na ausência de manifestações espontâneas, decidi criar uma. Pensei em colocá-la em forma de charge. Como não sei desenhar, pedi a alguns amigos chargistas, mas todos eles têm suas vidas agitadas e não puderam me atender. Se alguém com talento quiser fazer o desenho, para colocar neste meu humilde blog, seria legal. Os diálogos são os seguintes:

O avô, cortando lenha sobre um picador (tronco horizontal), diz: Meu machado trancou.
A neta, ou neto, que vive utilizando celulares, tablets e desktops, sugere: "Vô, vê aí em cima se não tem um iconezinho com um botãozinho pra clicar e destravar o machado.

Mesmo sem o dom do desenho, coloco aqui um simulacro de charge.

ORIGEM DOS NOMES DOS MESES II


 FEVEREIRO

Fevereiro, segundo mês do calendário gregoriano (1502), que se originou do calendário Juliano (45 a.C), que o imperador romano Júlio Cesar reformou a partir do antigo calendário romano, criado no ano VII, antes de Cristo. Nessa época, o ano tinha 304 dias, divididos em dez meses. Começava em março e terminava em dezembro. Com o passar do tempo, o sistema foi ficando defasado porque, na verdade, o ano solar tem 365,5 dias, começava em março e terminava em dezembro. Então o imperador da época, Numa Pompílio, criou então mais dois meses, janeiro e fevereiro, para incluir a diferença de 51 dias.
Para corrigir novas distorções, o calendário romano foi reformado no dia 1 de janeiro de 45 a.C por Julio César, que o tornou um calendário solar, alinhado pelas estações do ano à semelhança do calendário egípcio, já então em vigor. 

A palavra FEVEREIRO deriva do grego "februa" para o latim "februaris", deus da morte e da purificação, retirado da mitologia dos etruscos, povos que habitavam a península itálica, na região da Toscana e uma parte no Lácio e na Úmbria, local ocupado depois pelos romanos. Nesse mês, era feita a festa "februa", onde ocorriam sacrifícios para acalmar os deuses. Primeiro, fevereiro também tinha 29 dias e 30 dias (nos anos bissextos). Acabou ficando com 28 (um a mais em anos bissextos) porque o imperador Augustus, ao botar seu nome no oitavo mês, tirou um dia para que agosto ficasse o mesmo número de dias de julho, criado por seu antecessor, Julius Cesar, que também havia se auto-homenageado colocando seu nome no sétimo mês.

Em inglês, February.
Em espanhol, Febrero,
em italiano, Febbraio, 
em francês, Fébrier.
em alemão, Februar

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

ORIGEM DOS NOMES DOS MESES I


                                                                JANEIRO


Janela e janeiro tem a mesma origem
Foto de Ayeza Maria Ranquetat Ferreira
Primeiro mês no calendário gregoriano, janeiro se origina do deus grego Janus, que significa aquele que tem duas cabeças em direções opostas, uma que olha para o passado e outra para o futuro. Por isso, em português, temos a palavra janela, de onde pode se olhar tanto para fora quanto para dentro. Janeiro fica exatamente no portal dos dois anos, olhando para o ano que se finda e para o que entra. Isso em português.
 Já em inglês, o nome da janela tem a ver com a capacidade de abertura da casa de permitir o que se passa lá fora e, ao mesmo tempo, impedir o vento ou a chuva. Na língua de Shakespeare, window, na de Don Quijote, ventana.



sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

MAIS UMA AULINHA DE PORTUGUÊS



Afro-brasileiro ou afrobrasileiro, afro-americano ou afroamericano, 
afrodescente ou afro-descendente?


O idioma português (como todos os outros de uma ou outra maneira ) é complicado. Ainda mais quando os "sacerdotes" da língua se esforçam para complicar mais ainda. É interessante para os "sábios" que as leis gramaticais sejam complicadas assim como a legislação de um país também o é. Essa dificuldade de entender as leis é agradável para os encarregados de fazer a lei e dela tirarem proveito como os sapientes jurídicos. Donos do "saber" normalmente estão por trás de grandes dicionários e têm interesse em mudar as regras como as reformas relativamente recentes que ocorreram. Quando poucos têm acesso às informações, isso é bom para os poucos que sabem. Não vou nem comentar aqui a reforma de 2008 que deveria ser em conjunto com outros países de língua portuguesa, os quais não deram bola para as assinaturas depois de longos encontros.
Vamos às explicações do tópico.
Afro-brasileiro, afro-americano são adjetivos gentílicos, isto é, une com hífen dois termos pátrios.
Afrodescente é simplesmente um adjetivo que designa pessoas que têm antepassados africanos, mas específicamente negros, sem compor adjetivos pátrios. Interssante é lembrar que não se diz afrodescedente a quem tem parentes sul-africanos brancos ou egípcios, por exemplo, que também são da África. É o mesmo caso de anglofalante.

UMA DICA PRA VOCÊ QUE VIVE PERDENDO CARTÕES DE BANCO E CHAVES

Se você é como o Amigomeu e eu, que vivíamos perdendo cartões de banco e chaves, tendo a desagradável consequência de ter que refazer o documento ou contar com a boa-vontade de pessoas que os encontram e entregam nas agências, permitindo reavê-los, temos uma boa notícia:


   SEUS PROBLEMAS ACABARAM


  Cansado desse aborrecimento, e sem conseguir corrigir essa falta de atenção, decidi que teria de encontrar uma forma de não perder mais esses documentos a chaves. Publico aqui a fórmula. Eis o passo a passo:


  1) Pegue uma agulha e a coloque no bico aceso do fogão. Para não se queimar, segure a outra extremidade usando um alicate ou um prendedor de roupa. É um procedimento muito rápido. Verifique com cuidado o local em que fará o orifício para não atingir nenhuma parte importante do cartão como o chip ou o equipamento de leitura. 
  2) Passe uma correntinha ou uma linha fina e forte pelo buraco feito no cartão. Pegue a outra extremidade e a fixe na carteira ou na roupa ou até mesmo e em um piercing. Você nunca mais vai perder o cartão.

3) No caso da chave de casa ou daquela maletinha de madeira na qual você guarda os seus documentos, passe a corrente maior por dentro de uma correntinha pequena (pode ser aquelas que acompanham cortadores de unha) presa à chave. Deixe tudo dentro da carteira.

4) Para não perder a carteira, prenda-a com outra correntinha à calça ou à cinta.