sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

PATROCINADO PELA INSÔNIA XX

Eu estava pensando.
 
 Se em vez de terem construído tantos estádios para a Copa, consumindo dinheiro em luxo desnecessário e em corrupção, tivessem feito presídios autossustentáveis e com trabalho prisional honesto e bloqueio de celulares, a situação penitenciária do país não estaria no caos que hoje vemos. E talvez sobrasse dinheiro para aplicar na Educação com a manutenção de escolas e pagamento decente aos servidores.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

O MAIOR MICO QUE O AMIGOMEU JÁ PASSOU NA VIDA

Amigomeu é um cara meio tosco, vocês sabem, e um pouco atrapalhado. Muito eu diria. E me diverte com suas peripécias. Mas, nessa atrapalhada que ele me contou, não  consegui rir. Num domingo de manhã, durante um chimarrão lá na casa dele, entre comentários sobre este país inacreditável, o Amigomeu me contou sobre o mais desastroso mico que passou recentemente. E culpou as autoridades por permitirem pessoas vivendo e defecando pelas ruas. Sobrou também para quem leva cães para passar e deixa o resultado das necessidades fisiológicas dos caninos pelo caminho.
  Amigomeu tem um cão, o Brisa, nome batizado em homenagem ao saudoso Leonel Brizola, ao qual seu pai tinha grande admiração. Quem sai para passear com o cachorro pelas ruas é o neto do Amigomeu, que ele chama carinhosamente de Capincho. Numa das vezes em que os dois saíram, Amigomeu foi atrás discretamente e viu que o neto não limpou o cocô que o cachorro largou no chão. O avô ficou uma fera. Orientou-o a levar um saquinho de plástico para recolher as fezes do Briza e colocar na lixeira.
       Voltando ao mico do Amigomeu, foi o seguinte. Num dia desses, ele foi consultar um médico no centro de Porto Alegre. Contou que, no elevador ouviu uma mulher dizer:
- Que cheiro horrível!
Ele nem se tocou o que era. Subiu para a sala de ecografia, pegou senha e ficou esperando, sentado em uma cadeira. Foi então que chegou uma enfermeira e disse para ele, o mais discreta que pôde:
- Por favor, deixe os seus tênis no banheiro e aguarde a chamada para o exame.
Foi ai que ele notou uma mancha preta próximo ao calcanhar do pé esquerdo. No banheiro, descobriu que havia pisado em uma grande massa escura e mal-cheirosa. Ele relembrou dizendo que sentira vontade de não mais voltar à sala,  se enviar vaso adentro e puxar a descarga. Ao começar a retirar a sujeira, não conseguia resolver o problema. Depois de gastar quase um rolo inteiro de papel higiênico, tentar lavar o tênis, deixou o calçado em um canto e foi esperar na sala. Aguardava ele ali, de meia, agradecendo ao menos para o fato de naquele dia não estava com os carpins desaparceirados, como ele chama as meias.
    Pobre Amigomeu! Relatou que os minutos se passavam como eternidades. Via um filme com tartarugas e lesmas se arrastando pelo meio da sala. Até que foi chamado para o exame. Envergonhado, pediu desculpas, fez o exame e saiu o mais rapidamente que pôde. Na saída, a enfermeira ainda sacaneou:
- Não vá esquecer os tênis no banheiro!

I.F. 20%

  

domingo, 22 de janeiro de 2017

NA FALTA DE ALGO MAIS SÉRIO, MAIS INTELIGENTE, MAIS CONSISTENTE, VAI UMA BOBAGEM ENTÃO!!

 Diga-me lá sem pensar muito: o que o violão e o alho têm em comum?



Respondo sem pestanejar, sem medo do ridículo: o que o violão e o alho têm em comum é a bizarrice: o violão tem a boca na barriga e o alho tem os dentes no pescoço.

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

VIDACURIOSA É AUTOAJUDA

Muita gente, como eu, já foi assaltada. Além do estresse de ter uma arma (sabe-se lá se era verdadeira ou não) para a sua cabeça, a vítima que entrega seu celular, por exemplo, não consegue esquecer a decepção de não ter conseguido reagir ainda que seja muito melhor ficar sem um objeto, que pode ser substituído, do que perder a vida.
   Aí a gente fica pensando no sacana que passou a usar o seu celular ou o vendeu por ninharia porque é muito fácil para esses canalhas colocar uma arma na cara dos outros. E eu nem me dei conta de que poderia dificultar um pouco as coisas para esses gatunos. Nunca me preocupei em anotar o IMEI para comunicar a operadora e à polícia.
  Então fica a dica pra quem ainda não foi assaltado e também pra quem já foi. O IMEI é o International Mobile Equipment Identy, que em português significa Identificação Internacional de Equipamento Móvel. Ao ser roubado, ligue para a fábrica do celular e para a operadora e informe o número. Com isso, as fábricas têm como impedir que o aparelho seja usado pelos ladrões e receptadores, essa gente de bem que não se importa em comprar celular roubado, porque gosta mesmo de levar vantagem em tudo. Para saber o número do seu Imei, digite #06#. Eu sei que os larápios são tão espertos que conseguem assim mesmo destravar um celular, mas não custa deixar as coisas mais difíceis para eles. Fica a dica.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

UM POUCO DE HUMOR SOBRE A FUNÇÃO DO REVISOR

função do revisor não é só aquela de cuidar da gramática, das concordâncias ou dos erros de digitação cometidos por descuidos em meio à correria da reportagem e da edição. O revisor é aquele profissional que precisa ficar atento e ter conhecimentos suficientes para detectar qualquer incongruência no texto. É o jornalista que deve impedir algumas impropriedades como estas:

"Todos os moradores foram castrados..." (A falta de um "da" pode atingir toda a população masculina da cidade.) Todos foram cadastrados.
"Trata-se de uma questão merdológica" (A falta de um "ca" certamente deixaria um cheiro ruim no texto).
"O juiz Aldo Moro tomou mais uma medida para desvendar a corrente de corrupção no país... (O magistrado italiano, que liderou a Operação Mãos Limpas, saiu do túmulo para vir dar uma força à Operação Lava-Jato no Brasil).
"Josué Guimarães assumiu a função de líder do governo do PT na Câmara Federal". (O escritor gaúcho ressuscitou para ocupar um cargo em Brasília).
"O Auto da Compadecida", peça de Miguel Arraes..." (O político pernambucano não é o autor da peça e sim Guel Arraes, que a adaptou do livro do também pernambucano Ariano Suassuna e dirigiu o filme homônimo).
"

domingo, 8 de janeiro de 2017

REFLEXÃO ÓBVIA SOBRE A CURIOSIDADE

A curiosidade é o que move o mundo. É ela que desperta e desenvolve a ciência. Um ditado antigo, criado para valorizar os idosos, diz que "o Diabo não é sábio por ser diabo, mas por ser velho". Discordo. Se é que existe, o Diabo é sábio não por ser velho, mas por ser curioso.
   Só o tempo de vida não é suficiente para tornar uma pessoa sábia. Uma prova disso é que existe por aí muito velho burro e ignorante. Há também jovens inteligentes. É verdade, que aos jovens falta experiência que o tempo de vida dá. A curiosidade e a imaginação levam o homem a destapar verdades semiescondidas a partir da observação da ponta de um iceberg. A curiosidade também pode pôr um homem em risco, como refere outro ditado antigo: A curiosidade matou um gato". Em geral, porém, a curiosidade leva à experiência e ao conhecimento, como expressa outro provérbio: Macaco velho não mete a mão em cumbuca. Outros brocardos também versam sobre esse tema como "As aparências, às vezes, enganam", "Nem tudo o que reluz é ouro", "Não confunda alhos com bugalhos" e "Debaixo desse angu tem caroço".