sábado, 2 de julho de 2016

AMIGOMEU E O UBER

Amigomeu, outro dia, quase apanhou do Uber. Pois já lhes conto. Vocês sabem que ele é muito tosco, que, às vezes, não  entende bem as coisas. Quando ouviu falar pela primeira vez sobre esse sistema por ora clandestino de táxi, soube que o passageiro é alvo de muitos mimos e regalias, como aguinha gelada e balas. Algo com que os taxistas convencionais não se importam, principalmente alguns broncos como ele. Disseram que os motoristas modernos,  chamados via computador, são cheios de salameleques como abrir a porta para o cliente, oferecer bombons e outros afagos que você nem imagina. Impressionado, quando foi viajar para Bagé, Amigomeu pediu a uma vizinha da Cidade Baixa que chamasse o Uber pelo celular dela.  Pensou até em tomar um mate no caminho. Quando o carro preto chegou,  ele perguntou quanto custaria uma corrida até a Rodoviária:
- Uns dez reais.
- E quanto me cobras pelas malas?
-  A bagagem em levo de graça.
- Mas bá, tchê, que maravilha! Mas que beleza! Vamos fazer assim. Tu me leva as malas e deixa na lancheria dum amigo meu na rodoviária que eu vou caminhando até a Alberto Bins pra comprar uns foninhos e de lá vou a pé, porque é pertinho.
O motorista do Uber não sabia se o passageiro estava brincando ou era louco. Foi aí que Amigomeu quase apanhou.
I.F. 100%

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