quarta-feira, 23 de outubro de 2013

NÃO JOGUE MEDICAMENTO NO LIXO, DOE AO BANCO DE REMÉDIOS

Dálmaso criou ONG para impedir o desperdício
Sabe aquele momento em que o mala do seu cunhado faz um tratamento médico e para de tomar os remédios quando acha que já tá bom?  Sabe quando morre um parente, e os remédios que ele tomava ficam nas gavetas e nos armários. Sabe quando sobram medicamentos na sua casa? E aí? O que você faz? Você não pode obrigar o seu cunhado mala a tomar os remédios. Você não vai me dizer que deixa ali até perderem o prazo de validade ou põe no lixo, vai?
Em Porto Alegre, há um lugar onde você pode levar os medicamentos que sobraram. É o Banco de Remédios, que funciona na sala 118 do Mercado Público, no andar superior. Essa ONG foi criada há oito anos por Dálmaso Macmillan,  60 anos. Ele teve a ideia depois de ter se submetido a um transplante de rim e encontrado dificuldades para conseguir os medicamentos. Dálmaso é um dos raros transplantados que não necessitam mais de remédios.
    Inconformado com o desperdício, Dálmaso organizou a ONG, que já funcionou em uma sala da Galeria Malcon, na Rua da Praia, e atualmente está nos altos do Mercado Público. Segundo ele, um terço em média dos medicamentos comercializados no mundo acaba desperdiçado. Mais de 1,5 mil pessoas estão entre as beneficiadas. Existem no estoque desde analgésicos até medicamentos para doenças mais graves como o câncer, problemas renais, cardíacos ou diabetes.
 Para receber o remédio, é necessário fazer um cadastro na associação e pagar uma taxa mensal de R$ 20. Além de ter direito a qualquer tipo de medicamento que necessitar, o associado também recebe informações jurídicas para o caso de precisar exigir medicamentos da farmácia pública via judicial. Dálmaso explica que o valor não está ligado ao preço do remédio e visa a ajudar nas despesas já que a ONG funciona sem apoio dos governos. “Com isso, mantemos a isenção e a autonomia”, diz.
 Se alguém necessitar de remédios por não encontrá-los nas farmácias públicas, mas não for associado, é orientado a procurar a Defensoria Pública para ingressar na Justiça contra o Estado, que tem a obrigação de fornecer os medicamentos. Os pedidos e doações são feitos diretamente no local, por telefone ou até pelas redes sociais. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (051) 3286-8579. No Facebook, o serviço está com o nome de Banco de Remédios e, no twitter, @bancoderemedios.
Para se cadastrar, é necessário apresentar carteira de identidade, CPF, comprovante de residência, cartão do SUS e receita médica. Para doar, basta levar os remédios.




Um comentário:

E aí? Se der tempo, critique ou elogie. Se tiver problemas para acessar, entre como anônimo (e deixe seu nome no final, se quiser)