segunda-feira, 28 de outubro de 2013

AVOLICES DE OUTUBRO - MAIS HISTÓRIAS SOBRE O MEU PEQUENO CHEFE

Meu Pequeno Chefe é uma figura. Aos três anos e cinco meses incompletos, quando ele quer alguma coisa boa para si próprio, não hesita em mandar alguém fazer:
- Vô, quero suco! Vô, quero água!Vô quero pão com nagalina!
- Não é nagalina, Raphael, é margarina.
- Tá. Quero pão com margarina.
Mas há algumas coisas que ele não manda ninguém fazer. Faz ele mesmo. Como arrancar a tampa do relógio que marca o consumo de água, fechar o registro fazendo a gente achar que o DMAE cortou o abastecimento, desenroscar e consumir com a embocadura da mangueira e mexer no pote de água do Bolt, por exemplo. O que eu acho bom é que não põe a culpa em ninguém, nem na Luísa:
- Raphael, quem foi que fez isso?
-Eu, né?
Meu Pequeno Chefe costuma andar por todos os cômodos da casa com uma espécie de visão panorâmica e, ao mesmo tempo, detalhista. Nesta semana, ele notou um porta-retrato da família sobre a estante que separa o hall da sala de estar. Perguntou para a avó dele quem eram as pessoas do retrato e, especialmente, quem era aquele bebê no colo dela.
- É a Luísa, Raphael.
- Mas então eu não estou na foto, né?
- E que tu não era nascido. Nem tu nem a Gabriela, da tia Cris.
- Mas então tu vai mandar fazer uma outra foto comigo, né vó?
Agora temos que reunir todos e fazer uma nova fotografia para botar sobre a estante. Enquanto não providenciamos isso, resolvi tirar uma foto dele com o retrato da família. Depois que apertei o botão, ele já foi querendo ver e perguntando:
- Ficou boa, vô? Ficou boa?
Esse meu pequeno chefe é uma figura.

É uma figurinha esse Raphael Nunes Knaak

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