Ser avô é ir de novo para a escola primária. É estudar com os livros dos netos e dar sua merenda para eles. Nesse revival, li, nos livros de português da Luísa, a história do sapo que participou de uma festa no céu. O conto popular, recontado pelas professoras Yara Najman e Vera Verri Calabria, e com ilustrações de Marcelo Pacheco, foi lançado pela Editora Scipione.
Os bichos da floresta foram todos convidados para uma festa no céu. As aves ficaram alvoroçadas e muito alegres pois não teriam problemas para chegar até lá. A bicharada que não voava estava muito triste por não poder ir, mas teve de se conformar.
As borboletas, as abelhas e os besouros ficaram preocupados e quiseram saber se poderiam ir à festa e foram informados que também estavam convidados.
O sapo, que não podia voar, disse que não perderia a festa por nada e que encontraria um jeito de chegar até lá. Ninguém acreditou nele, nem o urubu, que era seu melhor amigo, pois todos sabiam que seria impossível para o sapo chegar lá.
No dia da festa, logo pela manhã, o sapo foi visitar o urubu. Conversou com o amigo, contou muitos casos e piadas divertindo muito o dono da casa. Depois se despediu dizendo que precisava ir embora. Mas, chegando à rua, deu meia-volta e entrou escondido pela janela na casa do urubu. Vendo a viola num canto do quarto, meteu-se dentro dela encolhendo-se todo.
Mais tarde, o urubu, sem desconfiar de nada, colocou a viola nas costas e voou para a festa. Chegando ao céu, colocou-a em um canto. Quando o sapo percebeu que não havia ninguém por perto pulou fora e foi se divertir.
Os outros animais ficaram espantados quando viram o sapo lá em cima. Ninguém conseguia entender como ele tinha chegado lá.
O sapo pulou, dançou e comeu muito. De madrugada, percebendo que o urubu se preparava para partir, o sapo correu para se esconder. E como havia comido muito, quase não conseguiu entrar na viola. Voando de volta, o urubu percebeu que havia alguma coisa errada, pois a viola estava muito pesada. Então resolveu verificar o que estava acontecendo. Quando viu que o sapo estava escondido lá dentro, ficou furioso, virou a viola e o sapo despencou do céu. Ele caiu em cima de uma pedra e ficou em pedaços.
Quando o urubu viu o que tinha acontecido, ficou com pena do amigo. Correu até sua casa, pegou agulha e linha e, cuidadosamente, costurou o sapo. O malandro, que estava desmaiado, acordou assustado, agradeceu ao urubu e saiu correndo, pulando.
- Festa no céu, nunca mais - gritou o sapo sem olhar para trás.
Dizem que é por isso que o sapo tem o corpo achatado e todo remendado.
Depois de ler, contei para a minha neta, uma piadinha antiga, tipo Ângela Vieira, mas que a Luíza não conhecia:
- O jabuti saiu pela floresta avisando que haveria uma festa para os animais no céu. Todo mundo ficou eufórico. Quando ficou sabendo, o sapo foi o mais entusiasmado e gritou:
- OOBÁAA!!!
-É uma festa de graça – explicou o jabuti.
E o sapo:
- OOBÁÁ!!!
O jabuti continuou:
- Tem o seguinte: bicho de boca grande não entra.
E o sapo:
- Coitodo do jocorê.
Os bichos da floresta foram todos convidados para uma festa no céu. As aves ficaram alvoroçadas e muito alegres pois não teriam problemas para chegar até lá. A bicharada que não voava estava muito triste por não poder ir, mas teve de se conformar.
As borboletas, as abelhas e os besouros ficaram preocupados e quiseram saber se poderiam ir à festa e foram informados que também estavam convidados.
O sapo, que não podia voar, disse que não perderia a festa por nada e que encontraria um jeito de chegar até lá. Ninguém acreditou nele, nem o urubu, que era seu melhor amigo, pois todos sabiam que seria impossível para o sapo chegar lá.
No dia da festa, logo pela manhã, o sapo foi visitar o urubu. Conversou com o amigo, contou muitos casos e piadas divertindo muito o dono da casa. Depois se despediu dizendo que precisava ir embora. Mas, chegando à rua, deu meia-volta e entrou escondido pela janela na casa do urubu. Vendo a viola num canto do quarto, meteu-se dentro dela encolhendo-se todo.
Mais tarde, o urubu, sem desconfiar de nada, colocou a viola nas costas e voou para a festa. Chegando ao céu, colocou-a em um canto. Quando o sapo percebeu que não havia ninguém por perto pulou fora e foi se divertir.
Os outros animais ficaram espantados quando viram o sapo lá em cima. Ninguém conseguia entender como ele tinha chegado lá.
O sapo pulou, dançou e comeu muito. De madrugada, percebendo que o urubu se preparava para partir, o sapo correu para se esconder. E como havia comido muito, quase não conseguiu entrar na viola. Voando de volta, o urubu percebeu que havia alguma coisa errada, pois a viola estava muito pesada. Então resolveu verificar o que estava acontecendo. Quando viu que o sapo estava escondido lá dentro, ficou furioso, virou a viola e o sapo despencou do céu. Ele caiu em cima de uma pedra e ficou em pedaços.
Quando o urubu viu o que tinha acontecido, ficou com pena do amigo. Correu até sua casa, pegou agulha e linha e, cuidadosamente, costurou o sapo. O malandro, que estava desmaiado, acordou assustado, agradeceu ao urubu e saiu correndo, pulando.
- Festa no céu, nunca mais - gritou o sapo sem olhar para trás.
Dizem que é por isso que o sapo tem o corpo achatado e todo remendado.
Depois de ler, contei para a minha neta, uma piadinha antiga, tipo Ângela Vieira, mas que a Luíza não conhecia:
- O jabuti saiu pela floresta avisando que haveria uma festa para os animais no céu. Todo mundo ficou eufórico. Quando ficou sabendo, o sapo foi o mais entusiasmado e gritou:
- OOBÁAA!!!
-É uma festa de graça – explicou o jabuti.
E o sapo:
- OOBÁÁ!!!
O jabuti continuou:
- Tem o seguinte: bicho de boca grande não entra.
E o sapo:
- Coitodo do jocorê.
Essa piadinha me lembra meu padrinho. É um clássico!
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