A data de 20 de novembro
passou e, por absoluta falta de tempo, nada postei sobre Consciência Negra aqui no blog. Faço esse
registro dois dias depois de Joaquim Barbosa, filho de um pedreiro com uma
lavadeira, ter sido o primeiro negro a assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), a
mais alta corte de Justiça do país. Trata-se de um marco histórico e importante
para a autoestima de um povo que foi vítima de um dos dois maiores crimes cometidos contra
a humanidade no mundo. O outro foi o massacre de judeus, ciganos, homossexuais e outras
minorias durante a Segunda Grande Guerra.
Não vou entrar em detalhes políticos, nem filosóficos. Vou lembrar de Zumbi dos Palmares, como um símbolo da luta contra
a opressão de um povo vilipendiado a partir da cor de sua pele. Vou lembrar de
Antônio Cândido não apenas como um herói da raça negra, mas um homem que lutou
contra a exploração dolorosa dos menos favorecidos, sejam eles negros, índios,
amarelos ou brancos. O gaúcho João Cândido Felisberto, o Almirante Negro,
(1880-1969), natural de Encruzilhada do Sul, com sua luta modificou a história
e acabou com os castigos corporais que eram infligidos aos seus companheiros
marinheiros.
Considero
importante relembrar o que o povo negro sofreu para que o preconceito racial seja
extinto da face da terra. Que ninguém seja discriminado em função da pele que
ostenta nem por qualquer outro motivo. Para marcar este 20 de novembro, busquei no Youtube a
música Leilão, que retrata um pouco do sofrimento do povo negro. Leilão, composta em 1930, é de autoria de Heckel Tavares e Joracy Camargo. Abaixo, vídeo de parte do programa Ensaio da TV Cultura, de 16/6/2012 com os músicos Paulo Freire (viola), Paulo Braga (piano) e Ana Salvagni (voz)