quinta-feira, 12 de julho de 2012

O POLÍTICO CASSADO E A COMPARAÇÃO COM CRISTO

Antigamente os homens tinham mais vergonha na cara. Flagrados em erro, no mínimo enrubesciam, sentiam-se desatinados e lamentavam o péssimo exemplo e a imagem negativa que deixavam para os filhos, esposas e demais parentes. Não raro era o caso de suicídios, especialmente nos povos orientais como os japoneses.  Hoje, em quase todos os lugares do mundo, mais especialmente no Brasil, as pessoas são descobertas em suas falcatruas e, primeiro riem alegando armação, certos de que não vão ser punidos.  Os mais poderosos até conseguem. E os que são condenados alegam que são inocentes vítimas de um grande erro.
  Poderosos acham que são Deus e que podem fazer tudo o que quiserem.  Demóstenes , o senador cassado, não acha que é Deus, mas talvez pense que é o filho Dele.  Ao alegar inocência, não hesitou em comparar-se a Jesus, lembrando que Cristo andava com Judas e no entanto ninguém o condenou por isso. Esqueceu-se o senador, que Jesus nunca ganhou presentes de Judas. Naquela época, não havia aparelhos de rádio transmissor nem contas para pagar. Jesus pedia a Judas apenas que o ajudasse na divulgação de suas mensagens pelo mundo. E foi traído. Demóstenes não foi traído por Carlos Cachoeira, o contraventor que misturava crime com política.Na verdade, ele traiu o antigo amigo, deixando toda a culpa da história naquele para quem trocava benefícios materiais por apoio político para a perpetuação do crime.
De tudo isso, resta-me a ideia: ainda não se fazem muitos homens e mulheres como futuramente (eu espero). Reconforto-me com o fato de que algum poderoso é punido, mas não canto vivas à chegada, finalmente, do fim da impunidade. Basta acompanhar a história recente da nação.  Poderosos só são punidos, e raros vão para a cadeia, quando contrariam os interesses de alguém mais poderoso do que ele.

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