segunda-feira, 25 de abril de 2011

MAIS UMA CARNIFICINA NAS ESTRADAS GAÚCHAS

Até o momento em que edito este post, 31 pessoas já haviam morrido neste Feriadão de Páscoa no Rio Grande do Sul, a contar da tarde de quarta-feira até o início da noite deste domingo. Não sei o exato número de feridos. Milhares de pessoas pegaram seus carros e deixaram suas casas para um merecido descanso. Fico a pensar quais delas, ao saírem para a estrada, pensaram no risco que correram. Quem se decidiu por não exceder na velocidade, não ultrapassar a não ser com absoluta segurança, focar-se no ato de dirigir sem se distrair um minuto sequer. Penso também em quais se preocuparam com o estado do carro e fizeram uma revisão no veículo e em seu próprio bem estar físico? Quem usou cinto de segurança? E quem, entre os que saem para as rodovias não está sob efeito de álcool ou drogas nem cansado ou com sono?

Quando os feriadões começam, eu, em casa ou trabalhando, me angustio: quantos irão morrer? Quantos ficarão feridos? Alguém dirá: "Se fores pensar nisso, não vais viver". Mas eu sempre fico torcendo para que se encontre uma maneira de evitar essas carnificinas, as mortes de inocentes, o luto das famílias.
               Campanha para o cinto de segurança
E o pior é que no próximo feriadão, ou mesmo hoje, muita gente vai para as estradas achando que nada vai acontecer, que sabe dirigir, que tudo está bem e sequer prestam a atenção no carro, em si próprios, no cinto de segurança, no excesso de velocidade.

Sobre cinto de segurança, achei no youtube um vídeo de uma campanha que já tem alguns anos. Só agora me deparei com ele. Não pude deixar de postar.


A observação desse vídeo reforça a opinião de que não é só obrigatório o uso do cinto mas também toda a atenção na hora de dirigir. É inadmissível que motoristas dirijam carregando crianças ou animais no colo, falando ao celular e até mesmo tomando chimarrão. Sem falar, é claro, no motorista que dirige sob efeito de álcool ou drogas.

domingo, 17 de abril de 2011

DIÁRIO GAÚCHO COMPLETA 11 ANOS

  É, o tempo passa, o tempo voa, aquela caderneta de poupança da propaganda consagrada já não existe, mas o Diário Gaúcho continua numa boa. Esse piá simples urbano e suburbano cresceu, mudou bastante, é claro, mas mantém aquela sua essência necessária: divertido e sério ao mesmo tempo. É aquele guri que diz verdades sem ser mal-educado, tem tiradas pra lá de engraçadas, mas não é bagaceiro. Aos 11 anos, tem alma já de adulto, tem agilidade sem perder a candura e a molecagem (no bom sentido) das crianças.
   O Diário Gaúcho caiu no gosto do povo e soube continuar cativando. É como o ônibus que a todos transporta, mas é preferido pelos mais simples e humildes.

 Como homenagem ao jornal, à sua equipe e aos seus leitores, repito aqui uma paródia que fiz lá nos idos de 2000 da música do Juca Chaves: 


                          Eu queria um jornal
                                  que fosse diferente,
                                  de todos que eu já li
                                  todos tão iguais
                                  Que falasse do meu time
                                  falasse da minha gente
                                  contasse a minha história,
                                  isso e tudo mais.
                                     Eu queria um jornal
                                  de divertidas cores,
                                  que falasse da minha terra
                                  e dos meus heróis
                                  mas que também botasse 
                                  o dedo nas nossas feridas,
                                  a doença só se cura
                                  se a ferida dói.
            
                                  lá,lá,lá,lá...lá,la,
                                  la,lá,lá..lá,lá.

                                    Finalmente em 2000
                                  chegou o meu jornal
                                  pra mim que sou legal
                                  sou simples e sem luxo.
                                  É bem o que eu preciso,
                                  é cheio de sorrisos,
                                  é o jornal da gente,
                                  é o Diário Gaúcho.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

ABERTAS INSCRIÇÕES PARA OS POEMAS NOS ÔNIBUS E NO TREM

Andar de carro é confortável, é claro. Além de nos permitir mudar o itinerário na hora que quisermos, o veículo é utilizado para economizar tempo de deslocamento. Mas o ônibus também tem suas vantagens. A começar pelo fato de ser barato e não termos de nos preocupar com o trânsito, com cortadas, buzinas e xingamentos e batidas. Nem com seguro, IPVA e gasolina. E dá pra ler ou mandar mensagem no telefone e até ver tevê no celular. 
Não estou falando de linhas mal-administradas pelos gestores do transporte urbano que não se sensibilizam em ver passageiros apertados como sardinhas em lata. E isso acontece em muitas cidades. Uma delas é Porto Alegre, onde lamentavelmente há linhas de apertos inadmissíveis, principalmente em alguns horários.
Falo, porém, de locais em que há lugares disponíveis para todos, mesmo em horário de pico, e passageiros que esperam o carro seguinte sem se amontoarem como se fosse o último do dia. A linha que eu pego para levar minha neta à creche e trabalhar, em Porto Alegre, nunca está lotada. Além disso, ostenta em suas paredes internas, poesias renovadas a cada ano. São trabalhos selecionados de um projeto chamado Poemas no Ônibus e no Trem. Algumas delas, com todo o respeito aos autores, são muito fracas. Outras, porém, magníficas.
Uma delas me chamou a atenção neste ano. Reproduzo abaixo. A autora é Nilvana Tereza da Silva Koppe, natural de Palmeira das Missões (RS). Ela foi telefonista e atualmente é professora e deputada estadual em Santa Catarina.
                  Estranha Forma Anônima de Amar
                 Toda a espera é delicada
                 Porém, aguarda-me.
                 Toda a conquista é fascinante
                 Porém, descubra-me.
                 Toda a busca é incessante
                 Porém, encontre-me.
                 Somos sementes em espera
                 Porém, sem a certeza do encontro.
                 É tão estranho te querer de longe,
                 Tão arrebatador o que leio em teu olhar.
                 Tão sutil e desesperador
                 esse tremor dentro do peito,
                 Tão estranha essa forma anônima de amar.



As inscrições para a edição 2011 dos Concursos Poemas no Ônibus e no Trem já podem ser feitas na Coordenação do Livro e Literatura da Secretaria Municipal de Cultura (Avenida Erico Verissimo, 307, esquina Avenida Ipiranga), das 9h às 12h e das 14h às 18h, de segunda a sexta-feira, pelos Correios ou no site http://www2.portoalegre.rs.gov.br/smc/default.php?reg=238&p_secao=53, até o dia 13 de maio de 2011.