quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

AGORA JÁ SÃO CINCO LIVROS NO SORTEIO

Trinta anos depois, o capitão do Inter de 79, único campeão brasileiro invicto, reescreve a história da conquista com seus companheiros. Paulo Roberto Falcão lançou, na quinta-feira (17/12), o livro O time que nunca perdeu.

O jornalista, radialista e torcedor fanático do Internacional, Kenny Braga conta, em quase 200 páginas, a história do grupo mais famoso do Internacional, o chamado Rolo Compressor, que não perdia para ninguém na década de 40.

Kenny também participa deste evento com outro livro do Inter, que está agora na quinta edição, revisada e ampliada: Inter Orgulho do Brasil 1909-2009, que relata a história do Colorado desde a sua fundação até o ano do Centenário com relatos inéditos dos bastidores na conquista da Copa Sul Americana e muitos outros fatos.

Além desses, estão sendo sorteados outro livro sobre a Rádio Farroupilha e um outro sobre a história da gari Roseli, que com seu próprio salário iniciou uma instituição para ajudar crianças carentes do Bairro Restinga e deu até entrevista para o Jô Soares.

Então vai lá no post do dia 4 de dezembro (o prazo é até o dia 20), responde aos melhores do ano em rádio, tevê e música nos comentários para concorrer. Não esqueça de indicar sua ordem de preferência nos livros.
Boa sorte.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

RESULTADOS DA 54ª EDIÇÃO DO PRÊMIO ESSO

     Em cerimônia realizada no Hotel Cabacabana Palace, no Rio, foram divulgados, na noite de 8 de dezembro, os resultados da mais alta distinção para jornalistas do Brasil: o Prêmio Esso. Foram conferidas 15 premiações, 12 delas para a mídia impressa, além do Prêmio Esso de Telejornalismo e distinção de dois trabalhos de melhor contribuição à imprensa em 2009.


PRÊMIO ESSO DE JORNALISMO
 O vencedor foi o trabalho Os Sertões, dos jornalistas Fabiana Moraes e Schneider Carpeggiani, do Jornal do Commercio, de Recife. Eles ganharam diploma e R$ 30 mil. Os repórteres percorreram 4.713 quilômetros de estradas, da Bahia até o Ceará, e visitaram os locais descritos pelo escritor Euclides da Cunha. Na reportagem, criada para comemorar a passagem dos cem anos da morte de Euclides, foram entrevistados vaqueiros e salteadores, beatos e travestis, cantadoras de incelências (cantigas de velório), traficantes, padres e b-boys.


PREMIO ESSO DE TELEJORNALISMO
 Os ganhadores foram os jornalistas Mônica Puga, Junior Alves, Alex Oliveira, Aline Grupillo e Eliane Pinheiro, com o trabalho Confronto Na Linha Vermelha, transmitido pelo SBT. A reportagem mostrou o exato momento em que policiais e traficantes das favelas que margeiam a Linha Vermelha, no Rio, trocavam tiros em meio ao desespero dos motoristas pegos no fogo cruzado. Tudo ocorreu minutos antes de o presidente Lula e sua comitiva trafegar pela via expressa. Os vencedores receberam diploma e prêmio de R$ 20 mil.


PRÊMIO ESSO DE REPORTAGEM
 Os jornalistas Rosa Costa, Leandro Colon e Rodrigo Rangel, autores do trabalho Dos Atos Secretos, aos secretos atos de José Sarney foram os ganhadores. Publicada no jornal O Estado DE S. Paulo, a série de reportagens revelou que o Senado Federal editara mais de 300 atos secretos para nomear altos funcionários, parentes e amigos de senadores, criar cargos e privilégios, além de aumentar salários. As sucessivas revelações, que sofreram censura judicial, acabaram conduzindo o ex-presidente da República e presidente do Senado, José Sarney, para o centro das denúncias. Os vencedores ganharam diploma e  R$ 10 mil.


PRÊMIO ESSO DE FOTOGRAFIA
 O repórter fotográfico Arnaldo Carvalho percorreu nove estados do Nordeste e ilustrou com suas fotos o trabalho Exilados na fome, publicado no Jornal do Commercio (Recife). Numa das fotos mais marcantes, ele captou o sofrimento de uma menina de pouco mais de um ano de idade que ficara cega por inanição. Os trabalhos vencedores saíram de uma lista de 38 finalistas previamente selecionados de um total de 1.212 trabalhos inscritos, dos quais 520 eram reportagens, séries de reportagens ou artigos; 164 trabalhos fotográficos; 209 trabalhos de criação gráfica em jornal, 69 trabalhos de criação gráfica em revista e 125 primeiras páginas de jornal, além de 121 trabalhos de telejornalismo e 4 inscrições ao Prêmio de Melhor Contribuição à Imprensa. A Comissão de Premiação do Prêmio Esso de Jornalismo 2009, que julgou os trabalhos de mídia impressa (à exceção da fotografia), foi composta pelos jornalistas Humberto Werneck, Luiz Henrique Fruet, Percival de Souza, Roberto Muggiati e Silvio Ferraz, e esteve reunida na manhã do dia 8 de dezembro deste ano, no Rio de Janeiro. Os ganhadores receberam diploma e R$ 10 mi.


PRÊMIO ESSO DE INFORMAÇÃO ECONÔMICA
 (Diploma e R$ 5 mil) - Vicente Nunes, Ricardo Allan, Vânia Cristino, Karla Mendes, Letícia Nobre, Luciano Pires, Luciana Navarro, Mariana Flores e Ena Simão, com o trabalho O Brasil que emergirá da crise, publicado no jornal Correio Braziliense.


PRÊMIO ESSO DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA, TECNOLÓGICA E ECOLÓGICA
 (Diploma e R$ 5 mil) - Marcelo Leite, Toni Pires, Claudio Ângelo, Marília Scalzo, Marcelo Pliger, Thea Severino, Adriana Caccese de Matos, Renata Steffen e Flávio Dieguez, com o trabalho No Coração da Antártida, publicado no jornal Folha de S. Paulo.


PRÊMIO ESSO ESPECIAL DE PRIMEIRA PÁGINA
(Diploma e R$ 5 mil) - André Hippertt, Karla Prado e Alexandre Freeland, com o trabalho A FAIXA PRETA HOJE É DE LUTO, publicado no jornal O Dia.


PRÊMIO ESSO DE CRIAÇÃO GRÁFICA - CATEGORIA JORNAL
 (Diploma e R$ 5 mil) - Bruno Falcone e Yana Parente, com o trabalho Os Sertões, publicado no Jornal do Commercio (Recife).


PRÊMIO ESSO DE CRIAÇÃO GRÁFICA - CATEGORIA REVISTA
(Diploma e R$ 5 mil) - Marcos Marques, Alexandre Lucas, Marco Vergotti, Eduardo Cometti, Alberto Cairo e Equipe Faz Caber, com o trabalho Voo Air France 447, publicado na revista Época.


PRÊMIO ESSO ESPECIAL INTERIOR
(Diploma e R$ 5 mil) - Suzana Fonseca e Tatiana Lopes, com o trabalho Caso Alessandra, publicado no jornal A Tribuna (Santos).


PRÊMIO ESSO REGIONAL 1
(Diploma e R$ 3 mil) - Silvia Bessa, com o trabalho Quilombola - Os Direitos Negados De Um Povo, publicado no jornal Diário de Pernambuco (Recife).


PRÊMIO ESSO REGIONAL 2
(Diploma e R$ 3 mil) Edgar Gonçalvez Junior e Equipe, com o trabalho Novembro de 2008 - O Maior Desastre Climático do Brasil, publicado no Jornal de Santa Catarina (Blumenau).


PRÊMIO ESSO REGIONAL 3
(Diploma e R$ 3 mil) Paulo Motta, Angelina Nunes, Carla Rocha, Selma Schmidt, Vera Araújo e Fábio Vasconcellos, com o trabalho Democracia nas Favelas, publicado no jornal O Globo. A Comissão de Premiação decidiu também endossar a declaração emitida pela Comissão de Seleção de repúdio, protesto e preocupação com a censura judicial imposta ao jornal "O Estado de S. Paulo".


MELHOR CONTRIBUIÇÃO À IMPRENSA EM 2009
- Diplomas para os sites Museu Corrupção (iniciativa do Diário do comércio de São Paulo que agrupou os casos mais importantes da imprensa desde 1964 até hoje) e Congresso em Foco, que tem um paciente trabalho de investigação jornalística que lhe permitiu trazer à luz aspectos desconhecidos do Congresso Nacional e da realidade política brasileira.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

SORTEIO DE CINCO LIVROS E OS MELHORES DE 2009

Mais uma vez queremos saber o que os internautas pensam sobre a televisão, sobre o rádio e sobre a música. Você está sendo convidado a dar sua opinião sobre os diversos tópicos da diversão nacional e local e a concorrer a quatro livros: O time que nunca perdeu (Paulo Roberto Falcão), Rolo Compressor (Kenny Braga), Inter orgulho do Brasil 1909 -2009 (Kenny Braga), Farroupilha, setenta anos de história no ar (Tiago Paixão), e Rozeli da Silva, a guerrilheira do amor.

Se você não vê novela, por exemplo, responda "nenhuma" (ou não responda). O mesmo se você achar que nenhum cantor ou grupo musical chamou-lhe a atenção neste ano de 2009, etc.
Obrigado pela participação e boa sorte no sorteio. Copie e cole a lista para respondê-la e enviá-la nos comentários. Irei publicando e, no final, no dia 15 de janeiro, divulgarei os resultados e sortearei os ganhadores dos quatro livros mencionados. Indique a ordem de preferência sua nos livros sorteados.

OS MELHORES DE 2009

1) Melhor novela:
2) Melhor ator:
3) Melhor atriz:
4) Melhor programa de TV:
5) Melhor humorístico de TV:
6) Melhor apresentador de programa de TV:
7) Melhor grupo musical:
8) Melhor cantor nacional:
9) Melhor cantora nacional:
10) Melhor cantor local:
11) Melhor cantora local:
12) Melhor narrador de futebol no rádio:
13) Melhor repórter de futebol no rádio:
14) Melhor comentarista de futebol no rádio:
15) Melhor repórter de notícias do rádio
16) Melhor emissora de rádio (AM ou FM):
16) Melhor emissora de televisão:

A partir do encerramento das participações, no dia 15 de janeiro, o Vidacuriosa divulgará o resultado das escolhas e os nomes dos internautas contemplados com livros.


O LIVRO

O TIME QUE NUNCA PERDEU

Trinta anos depois, o capitão do Inter de 79, único campeão brasileiro invicto, reescreve a história da conquista com seus companheiros. Vinte e um ex-jogadores daquele time foram ouvidos, em um trabalho que contou com a participação do jornalista Nilson Souza, que também assina o prefácio. O livro, publicado pela Editora AGE, recupera, em 117 páginas, episódios de vestiário e traz a campanha da equipe, jogo por jogo com comentários do autor. O preço sugerido é 29 reais.

O AUTOR

Catarinense de Abelardo Luz, nascido em 16 de outubro de 1953, Paulo Roberto Falcão foi o capitão do time de 1979. Jogou 16 anos no Internacional, integrou a seleção brasileira nas Copas de 1982 e 1986, atuou pela Roma de 1980 a 1985, encerrando sua carreira de atleta no São Paulo. Na Itália, foi considerado como o Oitavo Rei de Roma. Falcão treinou a Seleção Brasileira, o América do México, o Inter e a seleção do Japão.
Desde 1996 é comentarista da Rede Globo e da Rádio Gaúcha, além de colunista do jornal Zero Hora. Em 1996, lançou o livro Histórias da Bola (L&PM), que foi o mais vendido da Feira do Livro de Porto Alegre naquele ano. Falcão é casado com a apresentadora do Jornal do Almoço da RBS Cristina Ranzolin, com quem tem a filha Antônia, e é pai de Paulinho, do primeiro casamento.


O LIVRO

Rolo Compressor, memória de um time fabuloso:

Escrito pelo jornalista Kenny Braga, o livro fala sobre a mais brilhante equipe da história do Sport Club Internacional. Conta a história do time que vencia seus adversários como se passasse com um rolo compressor sobre eles desde o início, em 1939, quando apareceu o jovem ponteiro esquerdo Carlitos, que se transformou no maior artilheiro do clube, até 1949, chegou chegou ao final de um ciclo extraordinário. O Estádio dos Eucaliptos era um celeiro de ases, que encantavam os torcedores com sua genalidade e colocavam os efeitos do time nas manchetes esportivas. São quase 200 páginas, e a edição é da Já Editores.

O OUTRO LIVRO

 INTER Orgulho do Brasil 1909-2009
Em 254 páginas, Kenny Braga descreve, na quinta edição, revisada e ampliada, a história de um dos maiores clubes de futebol do Brasil desde a fundação, em 2009 até o centenário com capítulos inéditos sobre a conquista  também inédita da Copa Sul-Americana e as comemorações dos 100 anos. O livro é editado pela Já Editores e custa R$ 36.

O AUTOR


Nascido em Santana do Livramento em 24 de dezembro de 1944, Kenny Braga é jornalista e radialista. Integra o Programa Sala de Redação, da Rádio Gaúcha desde 1980. Começou sua carreira como revisor de A Platéia, de Livramento e em 1964 era redador e fazia editoriais. Trabalhou nos grandes jornais de Porto Alegre como Diário de Notícias, Folha da Tarde e Zero Hora e nas sucursais de O Globo (RJ), o Estado de S. Paulo, e na Editora Abril. Tem vários livros publicados, entre eles sobre a vida de João Goulart, Inter, Orgulho do Brasil e o Rolo Compressor.

O LIVRO
Guerrilheira do Amor conta conta a história da porto-alegrense Rozeli da Silva, que usou seu salário de gari para criar o Centro Renascer da Esperança, uma ong que atende a crianças carentes no Bairro Restinga. Seu trabalho foi divulgado primeiro pela RBS-TV, teve continuidade no Diário Gaúcho e depois em outros meios de comunicação e ganhou repercussão nacional (foi entrevistada pelo Programa do ) e internacional. Rozeli ganhou vários prêmios e homenagens, mas o Renascer da Esperança ainda se mantém com dificuldades. O livro é um relato autobiográfico de Rozeli feito para a assistente social e psicóloga Learsi Kelbert, que é sócia-fundadora do Centro Infantil Renascer da Esperança, juntamente com a gari. Edição da RBS Publicações.

O LIVRO
Farroupilha, Setenta anos de história no ar conta a trajetória da emissora popular da RBS desde sua fundação, em 1935. Conforme o autor, Tiago Paixão, ao longo dos 70 anos, a Farroupilha construiu uma história que justifica plenamente o slogan que adotou em tempos mais recentes: a rádio de um milhão de amigos. A edição é da RBS Publicações.

O AUTOR
Natural de Porto Alegre, Tiago Paixão. É Jornalista formado pela Unisinos e faz pós-graduação em comunicação na PUC. Também atuou profissionalmente em rádios do interior do Rio Grande do Sul. Na época de estudante de jornalismo, realizou uma pesquisa sobre a história da comunicação no Estado. Trabalhou como repórter e produtor da Rádio Farroupilha desde 2001 até o início deste ano.

   Observação: Se você não possuir senha do google ou tiver alguma outra dificuldade para entrar nos comentários, entre como Anônimo mesmo, mas coloque seu nome no final para que eu possa saber quem postou e colocá-lo no sorteio. Boa sorte.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

MAIS UM PRÊMIO DE JORNALISTAS

O Prêmio Press 2009 divulgou, nesta quarta-feira, os resultados da votação sobre os melhores profissionais de imprensa do Rio Grande do Sul. As etapas do voto popular e do voto profissional registraram 202 mil indicações, envolvendo aproximadamente 500 nomes diferentes de jornalistas. A festa de premiação foi realizada no Auditório Dante Barone, da Assembleia Legislativa, contou com a presença de 350 pessoas.



RELAÇÃO DOS PREMIADOS



Repórter de Rádio do Ano - empate entre Flávio Dal Pizzol (Guaíba) - Nathália Fruet (Band AM)


Repórter de Televisão do Ano - Daniel Scola (RBS TV)


Repórter de Jornal/Revista do Ano - Marcos Santuario (Correio do Povo)


Colunista de Jornal/Revista do Ano Troféu Senac-RS - Fernando Albrecht (Jornal do Comércio)


Comentarista de Televisão do Ano - Lasier Martins (RBS TV)


Comentarista de Rádio do Ano (Troféu Ruy Carlos Ostermann) - Nando Gross (Gaúcha)


Apresentador de Televisão do Ano - Alexandre Motta (TV Record)


Apresentador de Rádio do Ano - Oziris Marins (Band AM)


Jornalista de Web do Ano - Políbio Braga (www.polibiobraga.com.br )


Chargista/Grafista do Ano - Iotti (Zero Hora)


Repórter Fotográfico do Ano - Jefferson Bernardes (Palácio Piratini)


Narrador Esportivo do Ano - Marco Antonio Pereira (Gaúcha)


Plantão Esportivo (Troféu Antonio Augusto) - Cleber Glabauska (Rádio Gaúcha)
Locutor/Apresentador de Notícias do Ano (Troféu Milton Jung) - Maria Luiza Benitez (Rádio Guaíba)


Jornalista destaque do Interior - Emilio Rotta (O Informativo do Vale/Lajeado)


Jornalista do Ano (Troféu Nestlé) - Felipe Vieira (Band)



quarta-feira, 18 de novembro de 2009

EM 8 DE DEZEMBRO, SAEM OS NOVOS VENCEDORES DO PRÊMIO ESSO

    O mais importante prêmio para jornalistas do Brasil já está em sua 54ª edição. Idealizado e realizado pelo diretor de Serviço de Imprensa da Esso, Ney Peixoto do Vale, o concurso teve, na primeira edição, em 1956, uma só premiação. Os vencedores de 1956 foram Ubiratan de Lemos e Mário de Moraes, que contaram, na Revista O Cruzeiro, "O drama dos retirantes". O primeiro prêmio de fotografia foi instituído em 1961.


Até agora, o grande vencedor do prêmio principal do Esso é o Jornal do Brasil, com dez conquistas. Seguem-se o Globo e a Folha de S.Paulo, com nove. Com oito premiações, aparece o Estado de S.Paulo. Depois vêm Veja e Correio Brazilienze, com três, Isto É, e O Cruzeiro com dois. Com uma vitória, consagraram-se Correio da Manhã, Realidade, Fatos e Fotos, Ultima Hora, Jornal da Tarde, Jornal de Brasília e Jornal Já (RS).
Entre os jornalistas, Fernando Rodrigues é o recordista de prêmios em nível nacional, com quatro conquistas. Ele ganhou o Premio Esso de Jornalismo em 1997 e mais três por Melhor Contribuição à Imprensa (2002, 2003 e 2006).
William Waack é o único a ganhar o prêmio principal, de Jornalismo, por duas vezes, em 1991, juntamente com Hélio Campos, e em 1993, sozinho. Os dois prêmios foram ganhos com reportagens realizadas quando ele estava no Estado de S.Paulo. Waack atualmente é apresentador do programa de notícias Jornal da Globo.


Se contar os Essos regionais, o grande vencedor é o repórter Carlos Wagner, de Zero Hora, que já ganhou sete vezes. Em telejornalismo, o SBT do Rio Grande do Sul ganhou em 2004, e a RBS TV venceu em 2006 e em 2007.

Prêmios do Rio Grande do Sul

Só cinco órgãos de imprensa do Estado ganharam até agora o prêmio nacional do Esso. O primeiro foi de fotografia, com João Carlos Rangel, com o trabalho Grave Acidente na Festa da Cavalaria, publicado no Correio do Povo em 1978.
O segundo, também de fotografia, foi vencido por Ronaldo Bernardi, de Zero Hora, com a foto Guerra na Praça da Matriz, na edição de 1990.
Em Telejornalismo, o SBT venceu em 2004 enquanto a RBSTV ganhou em 2006 e 2007.
O único vencedor de prêmio principal de texto, O Esso de Jornalismo, foi o jornal Já, de Porto Alegre, que ganhou no ano de 2005, com o trabalho A Tragédia de Felipe Klein, do jornalista Renê Antunes de Oliveira.

Jornalistas e empresas gaúchas competem na edição regional do prêmio, que atualmente engloba Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal. O primeiro gaúcho a ganhar o Regional do Esso, foi Rui Pratini, pelo Diário de Notícias de Porto Alegre, com o trabalho O Drama das Populações Marginais, em 1969.
Em 1960, Kleber Borges de Assis, ganhou o prêmio regional com Polígono dos Contrastes, publicado no Correio do Povo.


Zero Hora voltaria a ganhar também em 1992 com Contrabando de Lã, publicado em Zero Hora por Ricardo Stefanelli e Jones Lopes da Silva.
Em 1993, Nilson Mariano foi agraciado com o prêmio pelo trabalho O Extermínio de Menores no Rio Grande do Sul, em Zero Hora.
No ano seguinte, Solano Nascimento foi o ganhador com a reportagem Xenofobia na América, publicada em Zero Hora.
Em 1995, Carlos Wagner emplacava o seu quinto prêmio com O Brasil de Bombachas, publicado em Zero Hora.
Em 1997, Eduardo Veras e Itamar Melo, ganharam com No Limiar da Civilização, publicado em Zero Hora
Em 1998, o sexto prêmio de Wagner, desta vez acompanhado de Humberto Trezzi e Nilson Mariano, com a reportagem A Fronteira do Crime.
Em 1999, foi a vez de Eliane Brum conseguir o prêmio com a série A Vida que Ninguém Vê, publicada em Zero Hora.
Em 2002, o primeiro prêmio do Pioneiro, de Caxias do Sul, com Adolescência Prostituída, dos repórteres Letícia Duarte e Ciro Fabris Neto.
Em 2003, a sétima conquista de Carlos Wagner, desta vez com Uma Viagem ao País Bandido.
Em 2005, Renato Bertuol Barros e Júlio Cordeiro e equipe venceram com a reportagem Paixão pelo Futebol, publicada em Zero Hora.
Em 2006, Nilson Mariano ganhou seu segundo prêmio, com Carlos Etchuchury, pela reportagem O Novo Retratodo Pampa, publicado em Zero Hora.

Prêmio do Interior

O Rio Grande do Sul ganhou, em 2007, com Herculano Barreto Filho, do Correio de Gravataí, ganhou o prêmio destinado para veículos de cidades que não sejam capitais nem Distrito Federal, com a reportagem Agressão Policial e Morte do Pedreiro Vilson.
Em 2008, o prêmio Interior foi ganho por Iara Lemos, do Diário de Santa Maria, com a reportagem No Coração do Haiti.

Fotografia dos gaúchos

O prêmio para fotografia no Esso só começou a ser entregue a partir de 1961. Só João Carlos Rangel, do Correio do Povo, em 1978, e Ronaldo Bernardi, Zero Hora, em 1990, ganharam o Esso nacional da categoria. As conquistas regionais de fotógrafos atuantes em jornais gaúchos foram as seguintes.
Em 1976, José Abrahan Diaz ganhou o prêmio de fotografia com o trabalho A Queda, publicado no Correio do Povo.
Em 1977, Antônio Vargas, de Zero Hora, conquistou o Esso de Fotografia Regional, com a foto da visita do Ministro Sylvio Frota a Osório (a foto mostra um cavalo que seguiu sozinho, normalmente, no desfile após a queda do cavaleiro.

Telejornalismo

A partir de 2001, o Prêmio Esso também passou a distinguir os trabalhos de jornalismo na televisão. o primeiro ganhador foi Tim Lopes, da Rede Globo, com o trabalho Feira de Drogas. Arcanjo Antonino Lopes do Nascimento, natural de Pelotas, viria a ser morto por traficantes, no ano seguinte, quando fazia uma reportagem sobre os bailes funk e o tráfico de drogas na favela
O primeiro Prêmio Especial de Jornalismo foi conquistado em 2004 por Cristriane Finger, Milton Cougo, Karina Chaves, aline Dallago, com o trabalho Mulheres que Amam Demais, que foi ao ar pelo SBT. Em 2006, os ganhadores foram Giovani Grizzoti, Laura Nonoay, Jonas Campos e Sérgio Favanello, com A Farra dos Vereadores Turistas, que foi levada ao ar na RBSTV. No ano seguinte, novamente Grizzoti ganhou, desta vez com Fantasmas de Sapucaia, trabalho do qual fizeram parte também Christiane Pastorini e Guto Teixeira. A reportagem foi ao ar também pela RBSTV.


Em 1963, Aldir Schlee, ganhou com O Xisto Betuminoso no RS. O Seu Aproveitamento e a Sua Industrialização, publicado no Diário Popular, de Pelotas. Foi o primeiro prêmio Esso ganhou por jornal do Interior do Estado.


Em 1966, Esther Guendelman, foi a primeira gaúcha a ganhar o Esso com Porto Alegre Pesquisa, publicado na Folha da Tarde.


Pedro Maciel ganhou, em 1972, com Um Povo Condenado, publicado em Zero Hora.


Em 1973, Carlos Alberto Kolecsa foi o vencedor com Tratado de Itaipu, publicado na Folha da Manhã.


André Pereira conquistou o prêmio, com a série A Euforia da Soja, publicado em Zero Hora.


Seria também de Zero Hora, o prêmio de 1975, ganho por Delmar Marques, com a reportagem Migração e Marginalização.


Em 1978, o Correio do Povo voltaria a ganhar, com Dois Séculos de Desmatamento no Rio Grande do Sul, escrito por uma equipe.


Em 1979, a Coojornal levaria o título com os Relatórios do Exército Sobre as Guerrilhas, assinado por Elmar Bones e Osmar Trindade.


Otilia Rieth e equipe ganharam o Esso Regional em 1981, com Encruzilhada Natalino, publicado em Zero Hora.


Em 1984, André Pereira ganhava o seu segundo título, desta vez em parceria com Carlos Wagner, com a reportagem Clandestino, publicada em Zero Hora.


Wagner levaria o seu segundo Esso regional em 1985, juntamente com Irene dos Santos e Mônica Gugliano, pelo trabalho Eis a Indústria da Corrupção, publicado em Zero Hora.


Em 1986, a terceira conquista de Carlos Wagner, com Os Brasiguaios, publicado em Zero Hora.
Zero Hora viria a ganhar de novo em 1987, com O Homem Errado, de autoria de Darci Demétrio da Silva e João Carlos Rodrigues, publicado em Zero Hora.

Em 1990, o quarto título de Wagner, com O Rio Grande Castelhano, em Zero Hora.
Em 1991, Eugênio Bortolon e equipe ganharam com O Rio Grande Devastado, publicado em Zero Hora.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O DIA EM QUE TIVE DE ENFRENTAR UMA VAIA COLETIVA

Foi tudo muito engraçado. O único senão foi o fato de ter acontecido comigo. Pouco depois de eu chegar à redação, por volta de 14h, começamos a ouvir um zumbido estranho e forte. Ninguém sabia de onde era. Pensei comigo: só falta ser do meu computador. Desliguei a máquina e o barulho continuou. Deveria ser então de outro computador. Os colegas diziam que o som inconveniente vinha das proximidades da minha mesa. Na redação com cerca de 30 computadores, todo mundo se perguntava de onde estava saindo aquele ruído perturbador. Era como se fosse de um rádio ligado em uma emissora fora do ar.
Uma colega teve a idéia de pedir ajuda ao help desk, os responsáveis por manter em funcionamento os computadores. Ligou e pediu urgência, que não dava mais para aguentar aquele barulho. Quando o técnico chegou, eu estava na reunião de pauta.

Ao final da reunião, quando voltei, toda a redação me vaiava. O barulho era do meu celular que eu esquecera do lado do computador. O técnico examinou as máquinas e até subiu na mesa para olhar as lâmpadas. Até que percebeu o celular ao lado do CPU. Foi só desligar o telefone, e o barulho sumiu. Agora tenho de aguentar a gozação.

sábado, 24 de outubro de 2009

SÃO PEDRO ESTRAGOU A FESTA DOS EXCEPCIONAIS

A forte chuva que caiu hoje em Porto Alegre acabou inviabilizando a realização da 38ª edição dos Jogos Municipais dos Estudantes Excepcionais de Porto Alegre. A cerimônia começou pouco depois das 9h. O céu estava claro, e a expectativa era de que a chuva só viesse no final da tarde. Mais de 1,1mil excepcionais de escolas de Porto Alegre e mais algumas da região metropolitana e do Interior chegaram a fazer o desfile inicial e até cantaram os hinos brasileiro e rio-grandense acompanhados pela banda da Brigada Militar. Mas, antes que se pudesse assistir ao juramento dos atletas e acender a pira para o início das competições, começou a cair um toró sem trégua.
Os alunos e professores foram encaminhados para o ginásio ao lado da pista de atletismo da sede campestre para que aguardassem, na esperança de que a chuva passasse. Mas São Pedro não permitiu a continuação das festividades.
Neste ano, a prefeitura de Porto Alegre fez um convênio com a Apae colocando os Jomeex no calendário oficial das atividades esportivas da Capital. Seria interessante também que fosse encontrado um outro local para a realização dos jogos. A sede campestre do Sesc, onde vem se realizando as provas todos os anos, é inapropriada para pessoas com deficiências. Trata-se de um terreno acidentado e em declive, que certamente causa muitas dificuldades para quem tem deficiência. Para chegar ao bar, saindo das arquibancadas por exemplo, ou se atravessa a pista e o campo de futebol ou é necessário contorná-los, percorrendo mais ou menos 100m em um terreno de declive e com piso de paralelepípedos. Em um dia chuvoso como hoje, por exemplo, duplicam-se as dificuldades para os deficientes porque as pedras, além de irregulares, tornam-se escorregadias. Além disso, para ter acesso à lancheria, é preciso descer uns sete ou oito degraus.
Espero que, no ano que vem, esses problemas não se repitam e que haja um local adequado que também possibilite um plano B para o caso de uma chuva inesperada. E, finalmente, que toda a comunidade participe e apoie os excepcionais.


Jogos terão uma nova data


Os organizadores deverão marcar uma nova data para a continuação da 38ª edição dos Jomeex. Conforme o coordenador técnico dos jogos, professor Paulo Bertoletti, a realização das disputas depende de uma nova renegociação com a agenda dos eventos do Sesc. Conforme o site da Apae-RS, é preciso motilizar novamente as caravanas que participaram do evento.
- Tão logo se defina a nova data para, estaremos divulgando - assegurou Paulo Bertoletti.


segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O BARBEIRO E O PAPA

Com tanto tempo nessa lida, para mim tem sido raro encontrar uma piada nova. Por isso, fiquei agradavelmente surpreso quando meu irmão Valtuir me contou essa. Já conheço uma sequência de piadas de papa e de barbeiro, mas essa era realmente inédita. Quando ouvi, continuei rindo por um bom tempo.


O PAPA E O BARBEIRO
Tudo o que o cliente dizia, o barbeiro desfazia. Se contava que tinha comprado um carro, modelo tal, o barbeiro falava que automóvel bom era o da marca tal, que ele tinha comprado havia seis meses. Ao ouvir o cliente dizer que visitara Montevidéu, o barbeiro afirmava que era uma porcaria, que lindo mesmo era Buenos Aires, onde ele esteve no ano anterior. O cliente foi embora e voltou no mês seguinte. E nem bem sentou-se na cadeira, foi contando:
- Estive na Itália e fui conhecer o papa.
- Verdade, como é que foi?
- Eu estava lá na praça de São Pedro, e o papa na sacada, abanando e abençoando todo mundo. De repente, tive a impressão de que ele estava olhando diretamente para mim.
– Tá brincando?
- Não. Ele chamou um assessor e apontou na minha direção. Em seguida, saiu da sacada e apareceu na praça. Abriu-se um corredor no meio do povo, e o papa foi andando para onde eu estava. Ele chegou bem perto de mim, colocou as duas mãos nas minhas faces, me olhou nos olhos e perguntou solenemente:

- Meu filho, quem é que fez essa merda no teu cabelo!!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

CARLOS URBIM, PATRONO DA FEIRA DO LIVRO

Foto de Adriana Franciosi
Nunca, em anos anteriores, fiquei tão contente com a escolha do patrono da Feira do Livro de Porto Alegre como nesta 55ª edição. O escolhido deste ano é o jornalista Carlos Urbim. A minha satisfação não é pelo fato de ser um jornalista, mas pela qualidade do indicado. Trabalhei com Urbim na Folha da Manhã e depois em Zero Hora. Nesse período, tive a grata alegria de conhecer um grande jornalista e um colega irretocável. Carlos Marino Silva Urbim é um ser humano irrepreensível e um poeta talentoso.
Carlos Urbim nasceu em Santana do Livramento em 4 de fevereiro de 1948. Aos 18, mudou-se para Porto Alegre. Fez tanta coisa que eu ficaria vários dias postando aqui os seus feitos. Já passou por inúmeras redações de jornais como Diário de Notícias, Folha da Manhã e Zero Hora (onde trabalhou por 12 anos). Atualmente é editor de multimídia de História da RBS.
Entre os seus livros, destaque para a literatura infantil com O Guri Daltônico e Bolacha Maria e Saco de Brinquedos. Na área de historia, Os Farrapos e Rio Grande do Sul - Um Século de História.


Para homenagear Urbim, reproduzo a poesia Bolacha Maria.




Redondas, fininhas,
bem sequinhas quando novas.
As melhores bolachas maria são as
do armazém da Dona Sílvia,
no final da rua Conde.
Vem embaladas em papel pardo.
Custam dez por um cruzeiro.
Uma a mais é de inhapa.
E logo as onze
se desmancham na boca.



(Observação: coloquei aqui de memória. Não consegui achar no Google nem tive tempo para outras pesquisas. Se eventualmente houver algum erro, arrumarei depois).


ATUALIZAÇÃO EM 1015

Carlos Marino Urbim morreu,aos 67 anos, no dia 13 de fevereiro de 2015 em Porto Alegre, no Hospital Mãe de Deus, onde se recuperava de um aneurisma. Ele não resistiu a mais uma cirurgia.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

CURIOSIDADE: O SUDÁRIO DE TURIM É MESMO O QUE ENVOLVEU CRISTO?

Cientistas italianos garantiram neste dia 5 de outubro que conseguiram construir um manto semelhante ao Santo Sudário de Turim com materiais da idade média. Isso, segundo os cientistas, comprovaria que o lençol venerado como tendo envolvido o corpo de Cristo logo após a Sua morte seria falso. O manto teria sido recriado com a utilização de materiais e métodos que eram conhecidos no Século IX, afirmou o Comitê Italiano para Averiguações Paranormais.
O sudário mostra a figura de um homem crucificado que, segundo os católicos, seria Jesus Cristo. A imagem teria sido gravada no tecido de forma sobrenatural. Em 1988, cientistas usaram o método do Carbono 14 e determinaram que a relíquia seria do século 13 ou 14. Depois, outros especialistas disseram que o teste não era válido porque o material teria sofrido influência de dois incêndios e outros detalhes impedindo uma definição exata da época.
Daí que eu fico chateado. Não com o fato de ser ou não o manto que cobriu Jesus. Aborreço-me porque não consigo mais acreditar em nada. Se Sócrates vivesse hoje, repetiria que "só sei que nada sei". Mesmo com o avanço da ciência, das técnicas de pesquisa, nunca se chega a uma definição. Olhem o caso da chegada do homem à Lua. Depois de tanta discussão, não tenho certeza de que os americanos estiveram mesmo lá. Como São Tomé, só acreditaria se pudesse ver os restos deixados pelos astronautas no satélite natural da Terra. Se uma nova expedição à Lua mostrasse o jipe e a bandeira deixados lá, eu acreditaria. Ou não.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

UMA POESIA GENIAL DE CLARICE LISPECTOR

"Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais...

Clarice Lispector



A grande curiosidade do texto está no fato de que, ao ser lida de baixo para cima, o texto passa a ter o sentido exatamente contrário.


QUEM É A ESCRITORA


Clarice Lispector nasceu em Tchetchelnik, na Ucrânia, no dia 10 de dezembro de 1920 e recebeu o nome de Haia Lispector, terceira filha de Pinkouss e de Mania Lispector. Seu nascimento ocorreu durante a viagem de emigração da família em direção à América. Em 1922, a família chega a Maceió. Haia muda de nome para Clarice. Depois de morar em Pernambuco, Clarice, o pai e a irmã Tana, se mudam para o Rio. Teve seu primeiro conto, Triunfo, publicado em 1940. Trabalhou no jornal A Noite. Casou-se com o colega de faculdade Maury Gurgel Valente, conclui o curso de Direito. Morou em Belém do Pará, Nápolis (Itália), Paris (França), Berna (Suíça) Torquay (Inglaterra). Em 1959, separou-se. No mesmo ano, iniciou uma coluna no Jornal Correio da Manhã, no Rio.
Clarice morreu no Rio, no dia 9 de dezembro de 1977, um dia antes do seu 57° aniversário vitimada por uma súbita obstrução intestinal, de origem desconhecida que, depois, veio-se a saber, ter sido motivada por um adenocarcinoma (câncer) de ovário irreversível.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

DIA DA ÁRVORE

Li em alguns sites que Porto Alegre seria a cidade mais arborizada do Brasil. Mas também vi o mesmo em relação a outras cidades como Goiânia e João Pessoa. Mesmo que a capital gaúcha não seja mesmo a mais arborizada, é certo de que tem um número considerável de árvores e isso me deixa bastante satisfeito.
Hoje, no Dia da Árvore, lembrei de uma poesia que li um dia no pátio da Sociedade Ginástica Porto Alegre, a Sogipa. Auxiliado pelo Google, consegui recuperar o texto, que mostro a seguir:


Tu que passa e levantas contra mim teu braço,
antes de fazer-me mal,
olha-me bem.
Eu sou o calor de teu lar nas noites frias de inverno.
Eu sou a sombra amiga que te protege contra o sol.
Meus frutos saciam tua fome e acalmam tua sede.
Eu sou a viga que suporta o teto de tua casa,
a tábua de tua mesa,
a cama em que descansas,
sou cabo de tuas ferramentas,
a porta de tua casa.
Quando nasces tenho madeira para o teu berço,
quando morres,
em forma de ataúde,
ainda te acompanho ao seio da terra.
Sou pão de bondade e flor de beleza.
Se me amas como mereço,
defende-me contra os insensatos.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

PARA ENTENDER ALGUMAS PALAVRAS DITAS NO ACAMPAMENTO FARROUPILHA

                                 Acrescentado em 1º/10/2011

   Piquete - Originalmente é um pequeno pedaço de campo, próximo ao galpão, que serve para manter os cavalos que são usados na lida. No espaço reduzido de campo, fica mais fácil pegá-los para encilhá-los.
Provavelmente a palavra deriva de "campo picado", isto é, repartido em tamanho pequeno. Por extensão, piquete é um pequeno CTG. No Acampamento Farroupilha, é cada um dos lotes ocupados pelos tradicionalistas.

    Chasque - Era o tipo de correio antigo. Era o sistema de recados e entregas de cargas. Chasqueiro era o cavaleiro encarregado de levar notícias, cartas e objetos de um lugar distante para outro.

   Chaira - Ferramenta de aço para afiar facas. Algumas têm cabo de madeira e a barra de aço, que é usada para ser raspada na faca.


   Mangrulho - É um patamar de madeira tosca, bastante alto, construído para permitir uma visão mais ampla do lugar. De cima da armação, pode-se perceber quem está chegando ou circulando pela área.

   Barbela - Parte do freio do cavalo que passa por baixo do queixo do animal, por assim dizer pela barba, daí o nome.

  Xergão - Peça de pano rústico que fica entre o pelo do cavalo e a parte seguinte do arreio - a carona, que é uma peça de couro sobre a qual é colocado o lombilho ou a sela. Acima vai a cincha (espécie de correia que passa por baixo da barriga do cavalo), o pelego (couro com lã de ovelha, para dar conforto ao cavaleiro), apertado pela sobrecincha.

Tobiano - Cavalo com manchas brancas sobre o pelo escuro ou vermelho. O nome deriva do Brigadeiro Tobias de Aguiar que, em 1842 se reuniu aos partidários do revolucionário farroupilha Bento Gonçalves e presenteou um cidadão de Cruz Alta (RS) com animais de pelo desta natureza.

    Mandalete - Garoto encarregado de levar e trazer recados. Uma espécie de contínuo ou office-boy do campo. Entre outras atividades, fazia o papel do telegrama ou do telefone em tempos antigos. Antes da chegada do celular, o campo tinha o "vou mandar o moleque lá".
   Pilcha - É como o gaúcho chama a sua indumentária. O taura está bem pilchado se usa chapéu com barbicacho (tirinha trançada que prende o chapéu por baixo do queixo), camisa, lenço branco ou vermelho no pescoço atado com um nó (são vários tipos de nós), bombacha, bota de couro e, se estiver a cavalo, esporas. Se está frio, usa um poncho ou um bichará. E um cinto largo de couro chamado de guaiaca com compartimentos para moedas, balas de revólver e outros objetos miúdos.
   Calaveira - Indivíduo viciado em jogo, mais especificamente o de cartas ou do osso.
   Bochincho - Confusão causada por desentendimentos que se transforma em briga.

   Se você tem curiosidade em saber o significado de outros vocábulos ou expressões gauchescas e não conseguiu satisfazê-la pelo google ou dicionários, envie para o Vida Curiosa, que iremos atrás com muita alegria.






quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O PESSOAL CONTINUA UTILIZANDO O TERMO "VÍTIMA FATAL"

Com o surgimento da gripe Influenza A- H1 N1, o pessoal de rádio, televisão e até de jornal intensifica o erro de chamar os mortos de "vítimas fatais":

A expressão "vítima fatal" não existe. Fatal vem do latim fatale e significa "que mata", "que causa morte" e não que morre. Ao dizerem ou escreverem que há mortos em acidentes, não conseguem uma outra maneira para expressar essa ideia e, por isso, referem-se a vítimas fatais. 
Existem casos fatais, acidentes fatais, mas não vítimas fatais. Brincando, poderia se chamar de vítima fatal a uma pessoa extremamente gorda que cai de um edifício de oito andares em cima de outra pessoa.
Por falar em gripe A, alguns colegas de rádio e tevê pronunciam "influenza" quando na verdade, o som certo é "influença", já que a palavra é espanhola. Em espanhol, a letra z (zeta) tem som de dois esses ou c cedilha.

domingo, 23 de agosto de 2009

DOS ESCRITOS NAS PAREDES

Sou totalmente contra esses idiotas que riscam nas paredes. É como se o ser humano regredisse, involuísse de tal forma que repetem os atos dos homens das cavernas. O que me irrita é o fato de perderem o senso total ao riscarem as casas dos outros. Como se sentiriam se alguém riscasse as paredes de suas residências? Além disso que falei, tem ainda o fato de que não vejo qualquer criatividade ou talento nesses rabiscos que normalmente são recados para as tribos (olha os homens das cavernas aí) sem qualquer sinal de inteligência.
Uma exceção foram duas frases escritas num muro na Avenida Mauá, não naquele questionado muro da enchente, mas em um prédio no outro lado da rua, no centro de Porto Alegre. Alguém rabiscou primeiro:
- Quem come carne é assassino!


Aí outro, com outra tipo de letra e outra tinta, complementou:
E quem veste couro também!


Fiquei imaginando se o primeiro, ao rabiscar a primeira frase, usava bota ou jaqueta de couro ou cinto. Se é vegetariano ou se apenas escreveu para inticar (como se dizia lá em Bagé) com quem gosta de um bom churrasco. A discussão me pareceu interessante.

sábado, 22 de agosto de 2009

CAMINHADA EM FAVOR DOS EXCEPCIONAIS


Acabei de chegar da II Caminhada Solidária da APAE, realizada na manhã deste sábado na na Usina do Gasômetro. Cerca de 1.000 pessoas participaram do evento, vestindo as camisetas adquiridas a R$ 10,00 em benefício da entidade.
Entre os participantes estava a estrela do atletismo brasileiro Daiane dos Santos. Vi também, e não podia deixar de ver já que tem mais de dois metros de altura, o vice-prefeito de Porto Alegre, José Fortunati.
No meio do percurso, de aproximadamente dois quilômetros, ida e volta da usina até a rotatória da Avenida Augusto de Carvalho, foram distribuídos copos de água para os participantes. Assim que a água ia sendo consumida, jovens voluntárias recolhiam os copos em sacos de lixo. O trajeto da caminhada terminou limpinho como estava no início, diferentemente das outras manifestações que vemos pela cidade em que os caminhos ficam abarrotados de embalagens de copos e de bebidas. Uma ambulância também se postou nas proximidades para o caso de alguma eventualidade. Além do apoio de colaboradores, a organização do evento foi exemplo para outras atividades.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

PARA QUEM GOSTA DE POESIAS

Quem gosta de fazer poesias e gostaria de ser lido sem preconceito por milhares de pessoas pode se inscrever no Projeto No Onibus e no Trem, da Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre. As inscrições para a 18ª edição do projeto estão abertas até o próximo dia 24 de agosto, inclusive pela Internet. Quem quiser, poderá entregar sua obra diretamente no Centro Municipal de Cultura, na Avenida Erico Verissimo, 307 ou mandar pelo correio. O edital do concurso está disponível no siste http://www.portoalegre.rs.gov.br/smc. Mais informações poderão ser obtidas pelo telefone (051) 3289-8074 e ainda pelo e-mail poemasonibus@smc.prefpoa.com.br


Tenho acompanhado as publicações. Uma grande parte não me chamou a minha atenção. Não sei se foi por incapacidade minha. Mas gostei muito de outras. Duas delas, de edições anteriores, publiquei aqui no vidacuriosa. Da edição que está circulando nos ônibus e no metrô, gostei muito da poesia que reproduzo abaixo, de autoria do professor pernambucano Carlos Alberto de Assis Cavalcanti.

A VIDA EM CENAS

No circo, o homem pinta a cara
e faz piruetas para o povo sorrir;
no palco, o homem, num ato cênico,
teatraliza o real para o povo se divertir;
no palanque, o homem, num ato cínico,
realiza, teatral, o seu projeto pessoal,
com a cara lisa e o bolso cheio
do real alheio;
e ao povo enganado, nem pão nem circo.

Carlos Alberto de Assis Cavalcanti

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

UM EXEMPLO DE JORNALISMO RESPONSÁVEL

Alguns dos jornalistas que conheço usam sua carreira apenas em benefício próprio. Fazem grandes matérias, emitem opiniões controvertidas com o único objetivo de ganharem fama. Não cumprem sua missão de ajudar a melhorar o mundo, combater as injustiças, restabelecer a verdade e impedir que a mentira e a corrupção prevaleça. Mas há, também, jornalistas que se preocupam mesmo com a verdade, que desejam modificar o que está errado e que não têm medo de contrariar os corruptos, os egoístas, os fanfarrões, os oportunistas e todos aqueles que utilizam o poder em benefício próprio e exclusivo.
Um desses grandes jornalistas é meu colega Antônio Carlos Macedo, que apresenta o programa Chamada Geral, na Rádio Gaúcha e mantém uma coluna diária - Chamada das Ruas - no Diário Gaúcho. Seu trabalho dignifica a categoria, e tenho grande orgulho de ser seu colega. Um exemplo do trabalho dele está na coluna de hoje (14 de agosto) no Diário Gaúcho, que tenho o prazer de compartilhar:




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Dedo na moleira
O brasileiro fura fila, passa o sinal fechado, dirige após beber e joga lixo na rua, rios e arroios. Faz gato de luz, água e televisão a cabo. Revende o vale-transporte e o vale-refeição. Mente que está doente para ganhar atestado médico e faltar ao serviço. Compra recibo para abater na declaração de renda.
Dispensa nota fiscal em troca de desconto. Adultera o hodômetro do carro para valorizá-lo na revenda. Nas viagens de trabalho, pede nota fiscal acima do gasto para embolsar a diária. Leva material de escritório da empresa para a família usar em casa. Estaciona nas vagas reservadas a deficientes físicos e gestantes. Compra produtos piratas e pede cadeia para o traficante, mas financia o tráfico como consumidor de drogas
.

Fila de corruptos
Faz tudo isso e muito mais. E ainda se escandaliza com a maracutaia patrocinada pelos políticos, como se estes fossem filhos de chocadeiras e não representantes de uma sociedade cheia de mazelas.
O puxão de orelhas, de autor desconhecido, circula na internet, pondo o dedo na moleira de todos que, hipocritamente, cobram dos outros a honestidade que dispensam no seu cotidiano. O alerta não serve de alvará para os escândalos patrocinados dos políticos. Mas mostra que a mudança que exigimos deles deve começar por nós. Pois de nada adianta substituir um corrupto por outro igualmente sequioso para meter a mão no dinheiro público.
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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

DIFERENÇAS NA LINGUAGEM ENTRE BRASIL E PORTUGAL

                                                        Acrescentado em 26/10/2016

Há pessoas que são providas de caráter e comportamento tão elogiáveis que, ao saírem da área de convivência da gente, deixam um vazio difícil de preencher. A jornalista Janaína Kalsing, 26 anos, é assim. Seu sorriso, seu alto astral e sua inteligência se destacam em qualquer lugar que esteja. Atualmente ela está a morar em Portugal há cinco meses, cursando o segundo semestre do Mestrado em Ciências da Comunicação - Estudos dos Media e Jornalismo, da Universidade Nova de Lisboa.
Na semana passada, mandei um email pra ela me contar como estava e aproveitei para explorá-la um pouquinho. Sempre tive curiosidade sobre as diferenças de significado de palavras entre o português do Brasil e o de Portugal e Além-Mar. Solícita, como sempre, ela me enviou uma lista, que passo a apresentar. Quem pretende conhecer Portugal, pode aproveitar essa dica para evitar alguma mancada na terra de Camões.


Em 2013, fiz o mesmo pedido ao meu ex-colega de Redação Luís Fernando Assunção, que está fazendo estágio de doutorado em Covilhã, interior de Portugal. Acrescentei na lista abaixo, alguns nomes que ele me enviou. No final do texto, comentário de Luís Fernando sobre o assunto:

No Brasil                                Em Portugal


Açougue............................... .Casa de Talho
Aeromoça...............................Hospedeira
Gari.......................................Almeida
Banheiro................................ Casa de Banho (Banheiro é salva-vidas)
Bobo......................................Parvo
Bonito....................................Giro

Breque (parada).......................Travão (Breque em Portugal é peido)
Bunda..(Influência africana).......Cu ou rabo
Café da manhã........................Pequeno-almoço
Cafezinho...............................Bica
Calcinha.................................Cueca
Camisa...................................Camisola
Camisinha (preservativo)..........Durex
Canudinho...............................Palhinha
Carpete...................................Alcatifa
Casa.......................................Vivenda
Cueca.....................................Boxer

Camiseta................................T-Shirt
Celular....................................Telemóvel 
Chiclé.....................................Pastilha
Chope.....................................Imperial

Encanador ...............................Canalizador
Esparadrapo............................ Adesivo
Estação Rodoviária...................Central de Camionagem
Fila...................................... ..Bicha
Fone de ouvido....................... Auriculares
Fofocar...................................Coscuvilhar
Garçom...................................Empregado de mesa Grampeador............................Agrafador
Injeção...................................Pica
Homem..................................Gajo
Legal......................................Fixe
Muito legal............................. Bué fixe
Gramado............................... Relvado
Guarda-chuva.........................Chapéu-de-chuva ou chapéu
Guri.......................................Puto
Marcha a ré ........................... Marcha atrás.

Milho Verde............................Milho doce
Ônibus.................................. Autocarro
Pãozinho................................Carcaça

Papai Noel..............................Pai Natal
Ponto (parada) de ônibus.........Paragem
Menino pequeno (antes da a

adolescência...........................Miúdo
Guris ou meninos maiores........Puto
Puto (chulo para homossexual).Paneleiro
Propinas................................Impostos
Salva-vidas............................Nadador salvador, banheiro ou banheira
Sorvete.................................Gelado
Suco.....................................Sumo
Tapete (solto)........................Carpete

Tela (de tevê)........................Ecrã
Terno (casaco,calça e gravata) Fato

Time.....................................Equipa
Torrada.................................Tosta
Torcedores............................Adeptos
Time.....................................Equipa
Transplante...........................Transplantação
Trem ................................... Comboio

Vestiário............................... Balneário
Xícara...................................Chávena

Outro dia vi, no blog Afro-Ibero-Pindorama, se não me falha o google, uma frase contendo algumas das expressões que não consegui relatar acima:"Ó pá, manda um canalizador para reparar o autoclisma da retrete."
Traduzindo para o português do Brasil, mais especialmente do gaúcho:
'Tchê, me manda um encanador para consertar a descarga do banheiro."

Comentário de Luís Fernando Assunção (2013):
 "Conforme o seu pedido, seguem alguns termos colhidos nas minhas primeiras semanas em Portugal. Lembrando que estou no interior do país (Covilhã), e muitas gírias, como o fixe, por exemplo, servem apenas para a capital, Lisboa. Notei também o "abrasileiramento" de termos nativos, muito em função das novelas brasileiras que fazem sucesso por aqui. Então muitas palavras brasileiras já estão sendo incorporadas ao dia a dia do português. Um exemplo: fila. Antigamente, eles falavam bicha, mas já incorporaram em seu linguajar a palavra fila. Outro exemplo é o próprio guarda-chuva, que antes só era conhecido como chapéu por aqui. Abraços.

Curiosidade do Cinema: Em Portugal, a dupla Gordo e o Magro se chama Bucha e Estica. E os Três Patetas são Os Três Estarolas.





DIFERENÇAS NA LINGUAGEM ENTRE BRASIL E PORTUGAL

                                                        Acrescentado em 27/7/2013

Há pessoas que são providas de caráter e comportamento tão elogiáveis que, ao saírem da área de convivência da gente, deixam um vazio difícil de preencher. A jornalista Janaína Kalsing, 26 anos, é assim. Seu sorriso, seu alto astral e sua inteligência se destacam em qualquer lugar que esteja. Atualmente ela está a morar em Portugal há cinco meses, cursando o segundo semestre do Mestrado em Ciências da Comunicação - Estudos dos Media e Jornalismo, da Universidade Nova de Lisboa.
Na semana passada, mandei um email pra ela me contar como estava e aproveitei para explorá-la um pouquinho. Sempre tive curiosidade sobre as diferenças de significado de palavras entre o português do Brasil e o de Portugal e Além-Mar. Solícita, como sempre, ela me enviou uma lista, que passo a apresentar. Quem pretende conhecer Portugal, pode aproveitar essa dica para evitar alguma mancada na terra de Camões.


Em 2013, fiz o mesmo pedido ao meu ex-colega de Redação Luís Fernando Assunção, que está fazendo estágio de doutorado em Covilhã, interior de Portugal. Acrescentei na lista abaixo, alguns nomes que ele me enviou. No final do texto, comentário de Luís Fernando sobre o assunto:

No Brasil                                Em Portugal


Açougue............................... .Casa de Talho
Aeromoça...............................Hospedeira
Gari.......................................Almeida
Banheiro................................ Casa de Banho (Banheiro é salva-vidas)
Bobo......................................Parvo
Bonito....................................Giro

Breque (parada).......................Travão (Breque em Portugal é peido)
Bunda..(Influência africana).......Cu ou rabo
Café da manhã........................Pequeno-almoço
Cafezinho...............................Bica
Calcinha.................................Cueca
Camisa...................................Camisola
Camisinha (preservativo)..........Durex
Canudinho...............................Palhinha
Carpete...................................Alcatifa
Casa.......................................Vivenda
Cueca.....................................Boxer

Camiseta................................T-Shirt
Celular....................................Telemóvel 
Chiclé.....................................Pastilha
Chope.....................................Imperial

Encanador ...............................Canalizador
Esparadrapo............................ Adesivo
Estação Rodoviária...................Central de Camionagem
Fila...................................... ..Bicha
Fone de ouvido....................... Auriculares
Fofocar...................................Coscuvilhar
Garçom...................................Empregado de mesa Grampeador............................Agrafador
Injeção...................................Pica
Homem..................................Gajo
Legal......................................Fixe
Muito legal............................. Bué fixe
Gramado............................... Relvado
Guarda-chuva.........................Chapéu-de-chuva ou chapéu
Guri.......................................Puto
Marcha a ré ........................... Marcha atrás.

Milho Verde............................Milho doce
Ônibus.................................. Autocarro
Pãozinho................................Carcaça

Papai Noel..............................Pai Natal
Ponto (parada) de ônibus.........Paragem
Menino pequeno (antes da a

adolescência...........................Miúdo
Guris ou meninos maiores........Puto
Puto (chulo para homossexual).Paneleiro
Propinas................................Impostos
Salva-vidas............................Nadador salvador, banheiro ou banheira
Sorvete.................................Gelado
Suco.....................................Sumo
Tapete (solto)........................Carpete

Tela (de tevê)........................Ecrã
Terno (casaco,calça e gravata) Fato

Time.....................................Equipa
Torrada.................................Tosta
Torcedores............................Adeptos
Time.....................................Equipa
Transplante...........................Transplantação
Trem ................................... Comboio

Vestiário............................... Balneário
Xícara...................................Chávena

Outro dia vi, no blog Afro-Ibero-Pindorama, se não me falha o google, uma frase contendo algumas das expressões que não consegui relatar acima:"Ó pá, manda um canalizador para reparar o autoclisma da retrete."
Traduzindo para o português do Brasil, mais especialmente do gaúcho:
'Tchê, me manda um encanador para consertar a descarga do banheiro."

Comentário de Luís Fernando Assunção (2013):
 "Conforme o seu pedido, seguem alguns termos colhidos nas minhas primeiras semanas em Portugal. Lembrando que estou no interior do país (Covilhã), e muitas gírias, como o fixe, por exemplo, servem apenas para a capital, Lisboa. Notei também o "abrasileiramento" de termos nativos, muito em função das novelas brasileiras que fazem sucesso por aqui. Então muitas palavras brasileiras já estão sendo incorporadas ao dia a dia do português. Um exemplo: fila. Antigamente, eles falavam bicha, mas já incorporaram em seu linguajar a palavra fila. Outro exemplo é o próprio guarda-chuva, que antes só era conhecido como chapéu por aqui. Abraços.

Curiosidade do Cinema: Em Portugal, a dupla Gordo e o Magro se chama Bucha & Estica. E os Três Patetas são